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authorSilvio Rhatto <rhatto@riseup.net>2015-11-06 13:18:52 -0200
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Events section
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+++ b/events/2013/aic.mdwn
@@ -0,0 +1,128 @@
+[[!meta title="Desafios da democratização hoje"]]
+
+Seminário Comunicação e Democracia: experiências e desafios no Brasil contemporâneo
+20 anos da Associação Imagem Comunitária - AIC
+
+AIC: *"Nosso trabalho está ancorado no entendimento de que
+ a inserção dos grupos marginalizados no espaço midiático é fundamental
+ para o fortalecimento democrático e da cidadania."*
+
+Bio
+---
+
+ Silvio Rhatto contribuiu com o Rizoma das Rádios Livres e com o Centro de
+ Mídia Independente. Atualmente participa do Grupo Saravá. Autodidata em
+ computação e diletante em ciências sociais.
+
+Resumo
+------
+
+Abordarei a questão da infraestrutura de comunicação: como os grupos e
+movimentos ainda tem muito o que fazer para controlar efetivamente os meios,
+pará além das reformas legislativas e regulamentações necessárias (marco civil
+da internet, proteção de dados pessoais, plano nacional da banda larga, nova
+lei das rádios comunitárias, lei dos meios de comunicação, definição do padrão
+de rádio digital, etc).
+
+A simples criação de marcos regulatórios é insuficiente para atacar o problema
+da comunicação, sendo importantíssimo também a criação de modelos de
+financiamento e a apropriação da tecnologia.
+
+O finaciamento determinará não só o grau de independência de cada veículo de
+comunicação como também sua ingerência por órgãos de controle (pauta, proteção
+de dados, censura prévia e retirada de conteúdo).
+
+Já o domínio da tecnologia é o mais fundamental dos pontos e incrivelmente o
+mais negligenciado do debate. A sociedade precisa ter capacidade de escolha dos
+padrões e das tecnologias de comunicação.
+
+Assim, não podemos restringir o escopo do debate apenas aos meios tradicionais
+(mídia impressa, rádio analógico e televisão) mas devemos incluir os novos
+meios (internet, rádio digital) levando em conta a convergência e a função
+social de cada um deles.
+
+Pretendo mostrar como o Brasil se encontra num contexto úbico para encaminhar
+essas questões.
+
+Pressupostos
+------------
+
+- Comunicação como requisito para a participação política.
+
+- Política, do ponto de vista da comunicação, é a disputa pela audiência e luta
+ pelo convencimentos sobre pontos de vista que determinam o rumo da sociedade.
+
+- Como a computação está se transformando na base da comunicação contemporânea, tratar de
+ participação política implica em falar sobre **soberania computacional**
+
+- Soberania não do ponto de vista nacional, mas pessoal e popular.
+
+- Democratização da comunicação: estamos falando de democratizar **meios** para
+ atingir participação política plena.
+
+- Curiosamente, ao se falar de *meios* a infraestrutura tipicamente fica de lado.
+ Esta é uma fala tecnopolítica sobre infraestrutura e soberania popular.
+
+Control freaks
+--------------
+
+Governos e empresas se unindo para manter os recursos computacionais e canais
+de comunicação limitados, consequentemente limitando a possibilidade de
+participação política:
+
+- Legislação como barreira para a comunicação comunitária.
+
+- Tendência ao favorecimento econômico dos oligopólios.
+
+- Censura e desproporcionalidade de audiência.
+
+- Arquiteturas de comunicação cada vez mais fechadas: protocolos mais estritos, quebra de neutralidade
+ das redes, espectro radioelétrico sendo leiloado, portais cativos com interações pré-determinadas,
+ guerra psicológica, etc.
+
+Elementos
+---------
+
+- [As máquinas brechtianas](https://wiki.sarava.org/Estudos/MaquinasBrechtianas).
+- [As máquinas brechtianas e o Marco Civil da Internet](https://anotador.sarava.org/p/marco-civil-autonomo).
+
+Tecnologia
+----------
+
+- O aspecto tecnológico principal para a democratização das comunicações
+ desde já é o domínio da computação e das redes de dados.
+
+- Não estamos falando apenas de desktops e da internet como também de dispositivos
+ móveis e redes de dados sem fio.
+
+- Não se trata apenas da capacidade de transmissão e recepção em banda larga, mas também
+ em preservação da **memória**
+
+- Não podemos deixar nas mão de terceiros a construção da arquitetura dos sistemas, pois
+ os interesses deles nem sempre serão os nossos.
+
+A agenda
+--------
+
+- A agenda de democratização das comunicações é global, porém apenas recentemente
+ descobrimos que podemos nos coordenar globalmente.
+
+- Precisamos agora descobrir *como* fazer isso.
+
+- Envolve um planejamento *prático* definido com prioridades e prazos para a criação
+ de *plataformas abertas*
+
+- Lida com várias camadas e segmentos da cadeia de comunicação, das mais simples e imediatas
+ às mais sonhadoras e complexas. Exemplos: sistemas de transmissão e recepção de curto, médio e longo
+ alcance; sistemas de servidores de dados; plataformas de redes sociais e compartilhamento
+ de mídias; sistemas coletivos de gestão financeira e laboral.
+
+Modelos de financiamento
+------------------------
+
+- Polêmica: quem paga a conta? Qual é a agenda de quem paga a conta?
+
+- Como possibilitar o autofinanciamento?
+
+- Soberania econômia anda junto com a soberania computacional: as liberdades dos cypherpunks
+ (mobilidade, comunicação e interação econômica).
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index 0000000..1bb9ec7
--- /dev/null
+++ b/events/2013/cypherpunks.mdwn
@@ -0,0 +1,209 @@
+[[!meta title="Cypherpunks: Liberdade, privacidade e o futuro da internet"]]
+
+- São Paulo, 17/09/2013
+- https://calendario.cc/pt-br/evento/liberdade-privacidade-e-o-futuro-da-internet
+
+Roteiro
+-------
+
+Esta é uma fala sobre tecnologia e política e foi muito difícil escolher o que _não_ falar!
+
+- O que está acontecendo?
+- Do que se trata e como acontece?
+- PRISM e os SpyFiles.
+- Como chegamos a este ponto?
+- Monitoramento e espionagem no Brasil.
+- Impactos na sociedade.
+- Alternativas HOJE.
+- Alternativas futuras.
+- Referências e contato.
+
+O que está acontecendo?
+-----------------------
+
+- É como se os jornais tivessem se transformado em e-zines hackers dos anos 80 e 90!
+ Como se voltássemos às cryptowars dos anos 90 ou se estivéssemos num revival da guerra fria.
+
+- Incrível que no Brasil o debate ainda não tenha se ampliado, já que envolve não apenas
+ soberania mas principalmente direitos civis, liberdade política e dependência
+ econômica. Temos uma cultura muito permissiva à espionagem?
+
+ Problema: pouco material traduzido para o português.
+
+- O que a comunidade de segurança sabia ser _possível_ foi revelado como sendo _real_ .
+
+Do que se trata e como acontece?
+--------------------------------
+
+- A falta de segurança é inerente às tecnologias de comunicação amplamente utilizadas.
+
+- Comunicação digital ubíqua barateia a vigilância de massa, que torna economicamente viável
+ o armazenamento _a priori_ de conteúdo e/ou metadados de comunicação para eventual análise
+ posterior.
+
+Teoria da comunicação hacker
+----------------------------
+
+ grampo ativo ou passivo
+ |
+ |
+ Emissor/a ---meio----------meio-------------meio------ Emissor/a
+ Receptor/a -----mensagem-1------> Receptor/a
+ 1 <----mensagem-2------- 2
+
+Nas redes digitais, o próprio meio é um conjunto enorme de emissores/receptores,
+cada qual passível de grampo.
+
+Anatomia da mensagem
+--------------------
+
+ ___________
+ | |
+ | metadados | -> quem fala com quem, quando, etc: diz ao meio como enviar a mensagem.
+ |-----------|
+ | |
+ | dados | -> o que é dito
+ |___________|
+
+
+- A coleta dos dados permite a catalogação do que é dito, porém os dados podem se protegidos
+ através de criptografia se aplicada corretamente.
+
+- A coleta dos metadados permite a criação do "grafo" social, que é o desenho da rede
+ de relacionamento entre as partes envolvidas na comunicação e é tão valiosa quanto a
+ coleta dos dados. Os metadados podem ser criptografados, oferecendo um certo nível de
+ anonimato à comunicação (por exemplo usando o Tor).
+
+Tipos de ataques
+----------------
+
+- Man-in-the-middle, físico (fibra óptica, grampo telefônico tradicional) ou
+ lógico (interceptação telefônica digital, escuta de tráfego de rede).
+
+- Backdoors ("portas dos fundos") plantados nos softwares (mesmo nos livres e
+ abertos!) ou até mesmo nas especificações dos protocolos!
+
+O nível do ataque depende da capacidade do ator envolvido, o que tem relação
+direta com o poderio econômico.
+
+Que tal US$52.6 bi apenas em 2013?
+
+O escândalo do PRISM e afins
+----------------------------
+
+- Timeline: http://virostatiq.com/interactive-timeline-of-the-prism-scandal/
+- Atinge a comunicação em todos os níveis (MITM físico e lógico, backdoors e descriptografia).
+- Colaboracionismo com provedores de conteúdo.
+- Infiltração no desenvolvimento de softwares e protocolos.
+- Influência incluse em parâmetros criptográficos!
+- FISA: Trata-se de uma corte secreta, com normas secretas!
+- Impulsionado com a Doutrina Rumsfeld e o Patriot Act.
+
+Os SpyFiles
+-----------
+
+- http://www.wikileaks.org/spyfiles
+- Brochuras e releases de fabricantes de equipamentos de vigilância de massa.
+- Evidencia a mútua independência entre empresas e governos na espionagem.
+
+Como chegamos a este ponto?
+---------------------------
+
+- Os "Five Eyes" e as agências de três letras ocidentais remontam ao final da segunda guerra mundial.
+
+- Softpower: influenciar e espionar mentes e corações como estratégia da Pax Americana.
+
+- Faz parte do plano pelo Novo Século Americano o expansionismo das empresas de
+ comunicação da web 2.0 e sua cooperação com os aparatos de vigilância.
+
+- "Transcript of secret meeting between Julian Assange and Google CEO Eric Schmidt"
+
+- "The Banality of ‘Don’t Be Evil’"
+
+Monitoramento brasileiro
+------------------------
+
+Também temos know how brasileiro de espionagem!
+
+- O caso Serasa / Receita Federal: https://manual.fluxo.info/casos/serasa/
+- Dígitro.
+- SpyFiles: Telesoft, HackingTeam, Gamma Group.
+- Redes sociais, grandes eventos.
+- Vale do Rio Doce, Abin e movimentos sociais...
+
+Impactos na sociedade
+---------------------
+
+- A espionagem está se tornando um padrão comportamental?
+- Todos/as somos/as hackers.
+- Cypherpunks: quem são eles/as?
+
+Alternativas HOJE
+-----------------
+
+Para serviços de comunicação "gratuitos", vale o verso de Augusto dos Anjos:
+
+ A mão que afaga é a mesma que apedreja.
+
+Em qualquer situação:
+
+ - É importante ter um conhecimento básico sobre o funcionamento dos sistemas
+ de comunicação e sua relação entre usabilidade, segurança e vulnerabilidade.
+
+ - Escolha aplicativos e procedimentos compatíveis com sua rotina e seu modelo
+ de ameaças.
+
+ - Nossas escolhas atuais terão impacto futuro!
+
+ - Esforço em andamento: https://manual.fluxo.info / https://questionario.fluxo.info
+
+Nível pessoal
+-------------
+
+- Parar de fornecer seus dados gratuitamente para empresas: skype, facebook, microsoft, google, etc.
+- Evitar o uso de telefones móveis se hover preocupação com um dispositivo que monitora _por design_ .
+- Snowden: "criptografia ponto a ponto, se feita com cuidado", ainda oferece segurança.
+- Panopticlick.
+- Tor Browser Bundle, Tails e VPN.
+- Firefox: HTTPS Everywhere, Certificate Patrol, Convergence.
+- Use software livre!
+
+Nível coletivo ou institucional
+-------------------------------
+
+- Provedores radicais inspiradores: https://we.riseup.net/yellowpages
+- Seu próprio provedor! :)
+- https://rhatto.fluxo.info/services/
+
+Nível nacional
+--------------
+
+- Fomento governamental: custo da banda e desenvolvimento de software.
+- Marco Civil, Proteção de Dados Pessoais e outros marcos regulatórios.
+- Legislação: seguir o exemplo da Islândia?
+
+Nível internacional
+-------------------
+
+- Pressão!
+- Necessário e proporcional: https://pt.necessaryandproportionate.org/text
+
+Alternativas futuras
+--------------------
+
+Possibilidades como o https://leap.se, que tentam atacar os sete grandes problemas da comunicação segura:
+
+1. Autenticidade.
+2. Proteção de metadados.
+3. Comunicação assíncrona e _forward secrecy_ .
+4. Comunicação criptografada entre um grupo.
+5. Problema do recurso: como compartilhar um recurso de forma segura?
+6. Disponibilidade: como sincronizar conteúdo entre dispositivos de modo seguro?
+7. Problema da atualização: como realizar atualizações de software com segurança?
+
+Referências e contato
+---------------------
+
+- https://oblivia.vc/pt-br/clipping
+- https://links.fluxo.info
+- rhatto@riseup.net
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index 0000000..b025a92
--- /dev/null
+++ b/events/2013/esc.mdwn
@@ -0,0 +1,191 @@
+[[!meta title="Regulamentação, uso e compartilhamento do espectro"]]
+
+ESC 2 - Espectro, Sociedade e Comunicação 2: O Rádio Digital no Contexto Brasileiro
+
+Contexto
+--------
+
+Necessidade de se democratizar o acesso aos meios de comunicação, da realocação
+de canais de Rádio, TV e telefonia móvel, possibilidade do uso de 20kHz para os
+canais digitais na faixa do AM e 100kHz para VHF, quais são os pontos críticos
+de uma política que permita uma nova canalização e compartilhamento do
+espectro.
+
+Pressupostos
+------------
+
+- Comunicação como requisito para a participação política.
+
+- Política, do ponto de vista da comunicação, é a disputa pela audiência e luta
+ pelo convencimentos sobre pontos de vista que determinam o rumo da sociedade.
+
+- Como a computação está se transformando na base da comunicação contemporânea, tratar de
+ participação política implica em falar sobre **soberania computacional**
+
+- Rádio digital: comunicação eletromagnética definida por software!
+
+Control freaks
+--------------
+
+Governos e empresas se unindo para manter os recursos computacionais e canais
+de comunicação limitados, consequentemente limitando a possibilidade de
+participação política:
+
+- Legislação como barreira para a comunicação comunitária.
+- Tendência ao favorecimento econômico dos oligopólios.
+- Censura e desproporcionalidade de audiência.
+
+Regulamentação
+--------------
+
+[Lei 9472/97 - Lei Geral das Telecomunicações](http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9472.htm).
+
+ Art. 127. A disciplina da exploração dos serviços no regime privado terá
+ por objetivo viabilizar o cumprimento das leis, em especial das
+ relativas às telecomunicações, à ordem econômica e aos direitos
+ dos consumidores, destinando-se a garantir:
+
+ VII - o uso eficiente do espectro de radiofreqüências;
+
+ VIII - o cumprimento da função social do serviço de interesse coletivo, bem
+ como dos encargos dela decorrentes;
+
+ IX - o desenvolvimento tecnológico e industrial do setor;
+
+ [...]
+
+ Art. 157. O espectro de radiofreqüências é um recurso limitado, constituindo-se
+ em bem público, administrado pela Agência.
+
+ [...]
+
+ Art. 159. Na destinação de faixas de radiofreqüência serão considerados o emprego
+ racional e econômico do espectro, bem como as atribuições, distribuições e consignações
+ existentes, objetivando evitar interferências prejudiciais.
+
+ [...]
+
+ Art. 160. A Agência regulará a utilização eficiente e adequada do espectro, podendo
+ restringir o emprego de determinadas radiofreqüências ou faixas, considerado o interesse público.
+
+Ou seja:
+
+1. Leis.
+2. **Ordem econômica**.
+3. Direitos dos consumidores.
+4. Uso eficiente do espectro.
+
+SBRD
+----
+
+[Portaria nº 290, de 30 março de 2010 - Ministério das Comunicações - Institui o Sistema Brasileiro de Rádio Digital – SBRD](http://www.mc.gov.br/acoes-e-programas/redes-digitais-da-cidadania/273-lex/portarias/25477-portaria-n-290-de-marco-de-2010):
+
+ Art. 2o Para o serviço de radiodifusão sonora em Onda Média (OM) e em
+ Frequência Modulada (FM) deve ser adotado padrão que, além de contemplar os
+ objetivos de que trata o art. 3o, possibilite a operação eficiente em ambas as
+ modalidades do serviço.
+
+ Art. 3o O SBRD tem por finalidade alcançar, entre outros, alcançar os seguintes
+ objetivos:
+
+ I - promover a inclusão social, a diversidade cultural do País e a língua
+ pátria por meio do acesso à tecnologia digital, visando à democratização da
+ informação;
+
+ II - propiciar a expansão do setor, possibilitando o desenvolvimento de
+ serviços decorrentes da tecnologia digital como forma de estimular a evolução
+ das atuais exploradoras do serviço;
+
+ III - possibilitar o desenvolvimento de novos modelos de negócio adequados à
+ realidade do País;
+
+ IV - propiciar a transferência de tecnologia para a indústria brasileira de
+ transmissores e receptores, garantida, onde couber, a isenção de royalties;
+
+ V - possibilitar a participação de instituições brasileiras de ensino e
+ pesquisa no ajuste e melhoria do sistema de acordo com a necessidade do País;
+
+ VI - incentivar a indústria regional e local na produção de instrumentos e
+ serviços digitais;
+
+ VII - propiciar a criação de rede de educação à distância;
+
+ VIII - proporcionar a utilização eficiente do espectro de radiofreqüências;
+
+ IX - possibilitar a emissão de simulcasting, com boa qualidade de áudio e com
+ mínimas interferências em outras estações;
+
+ X - possibilitar a cobertura do sinal digital em áreas igual ou maior do que as
+ atuais, com menor potência de transmissão;
+
+ XI - propiciar vários modos de configuração considerando as particularidades de
+ propagação do sinal em cada região brasileira;
+
+ XII - permitir a transmissão de dados auxiliares;
+
+ XIII - viabilizar soluções para transmissões em baixa potência, com custos
+ reduzidos; e
+
+ XIV - propiciar a arquitetura de sistema de forma a possibilitar, ao mercado
+ brasileiro, as evoluções necessárias.
+
+Extinção do AM
+--------------
+
+[Decreto nº 8139 - Dispõe sobre as condições para extinção do serviço de radiodifusão sonora em ondas médias de caráter local, sobre a adaptação das outorgas vigentes para execução deste serviço e dá outras providências](http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D8139.htm).
+
+Como deveria ser
+----------------
+
+- Os fatos sociais precedem a regulamentação.
+
+- Quando ocorre o contrário, barreiras emancipatórias são estabelecidas.
+
+- Quando o fato social existe, regulamentações no sentido de limitá-lo enfrentam mais resistência,
+ já que a sociedade será avessa à perda de liberdades.
+
+- Assim, devemos nos apropriar da tecnologia de comunicação e criar os fatos
+ sociais antes que eles sejam regulados para que o status quo de escassez seja
+ mantido.
+
+Poder
+-----
+
+* Rede Globo: poder político: [Marco Civil da Internet muda para atender demanda da Rede Globo](http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-11-06/marco-civil-da-internet-muda-para-atender-demanda-da-rede-globo.html).
+* Teles e empresas .com: poder financeiro.
+
+Uso eficiente da escassez
+-------------------------
+
+* Decreto de migração (ou extinção?) do AM.
+* [Uso de frequências radioelétricas para ampliação da banda larga](http://nupef.org.br/?q=node/104).
+* Redes mesh.
+
+O Brasil e a oportunidade única
+-------------------------------
+
+O Brasil, por ser emergente e ter adotado tardiamente muitas tecnologias, está curiosamente numa posição singular para influir nos marcos regulatórios internacionais:
+
+- Na ITU.
+- Na ICANN.
+- Na legislação internacional.
+
+Grupo de Trabalho: Implementações abertas de rádio digital
+----------------------------------------------------------
+
+Incluindo: rádio digital nas distintas bandas de radiodifusão (OM, OT, OC e
+VHF), canal de retorno e o rádio como meio de difusão de conteúdo digital.
+
+Conclusão
+---------
+
+- Os fatos sociais precedem a regulamentação.
+
+- Quando ocorre o contrário, barreiras emancipatórias são estabelecidas.
+
+- Quando o fato social existe, regulamentações no sentido de limitá-lo enfrentam mais resistência,
+ já que a sociedade será avessa à perda de liberdades.
+
+- Assim, devemos nos apropriar da tecnologia de comunicação e criar os fatos
+ sociais antes que eles sejam regulados para que o status quo de escassez seja
+ mantido.
diff --git a/events/2013/espectrolive.md b/events/2013/espectrolive.md
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--- /dev/null
+++ b/events/2013/espectrolive.md
@@ -0,0 +1,30 @@
+[[!meta title="Criptografia e anti-vigilância | Semana de Mídias Livres"]]
+
+- Link: https://espectrolivre.milharal.org/criptografia-e-anti-vigilancia/
+
+Discussão de caráter técnico e político sobre o aparato existente de
+espionagem e monitoramento, com uma introdução sobre os conceitos básicos
+em segurança da informação.
+
+Mais do que recomendar práticas e ferramentas seguras, esta oficina pretende
+introduzir o "mindset" de segurança, para que as próprias pessoas ganhem
+condições de avaliar suas salvaguardas.
+
+Conceitos que serão abordados de modo relâmpago:
+
+- O uso e a qualidade de senhas.
+- Dados, metadados, anonimato e proteção da informação.
+- Criptografia básica: chaves, impressões digitais e assinaturas.
+- O uso e os perigos das redes sociais.
+- Conexões e armazenamento criptografado.
+- Segurança e software livre.
+
+Prática
+-------
+
+- Verificando conexões criptografadas e outras melhorias de navegação
+ com plugins para o Mozilla Firefox.
+
+- Usando o Tor com o Tails ou o Tor Browser Bundle.
+
+- Introdução ao OTR e ao OpenPGP.