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authorSilvio Rhatto <rhatto@riseup.net>2018-08-07 10:05:58 -0300
committerSilvio Rhatto <rhatto@riseup.net>2018-08-07 10:05:58 -0300
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+++ /dev/null
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-[[!meta title="Enamoramento e Amor"]]
-
-* Autor: Franceso Alberoni.
-* Editora: Rocco.
-* Ano: 1988.
-* [Versão inglesa](http://www.fallinginlovecenter.it/falling_inlove_center_download.asp).
-
-## Trechos
-
- Em todos os períodos históricos que antecedem um movimento social,
- em todas as histórias pessoais que antecedem um enamoramento, há
- sempre uma grande preparação em consequência de uma mutação, de uma
- deterioração nas relações com as coisas amadas. Nesses períodos, os
- velhos mecanismos, o de depressão e o de perseguição, continuam
- funcionando. Protegemos com toda a força o nosso ideal, escondendo
- o problema. A consequência é que o movimento coletivo (o enamoramento)
- golpeia sempre de improviso. Era uma pessoa tão gentil e afetuosa, diz
- o marido (ou a mulher) abandonado. Era tão feliz comigo, pensa. Na
- realidade, ela já estava procurando uma alternativa, só que a rejeitava
- obsessivamente.
-
- -- págs. 16-17
-
- As pessoas enamoradas (e muitas vezes ambas conjuntamente) revêem o passado
- e se dão conta de que o que aconteceu foi assim porque, naquele momento,
- fizeram opções, que elas quiseram e agora não querem mais. O passado
- não é negado nem oculto, é privado de valor. É verdade que amei e odiei meu marido,
- mas não o odeio mais; enganei-me, mas posso mudar. Então o passado se configura
- como pré-história, e a verdadeira história começa agora. Desse modo terminam
- o ressentimento, o rancor e o desejo de vingança. [...] Seu passado adquiriu
- outro significado à luz de seu novo amor. No fundo, pode até continuar gostando
- do marido ou da mulher justamente por estar apaixonada. A alegria desse amor a torna
- dócil, meiga, boa. É geralmente a outra pessoa enamorada que não aceita esse
- fato, que não acredita nele.
-
- -- pág. 19
-
- Por exemplo, ele diz que me ama, mas não me leva com ele na sua vida,
- coloca-me à parte do seu trabalho; quando ele viaja, não viaja comigo;
- quer confinar-me à figura da amante que se encontra que se encontra de
- vez em quando, da amante silenciosa que ama à sombra. Ele continua a ser
- o mesmo, não pôe em risco suas relações, mantendo-as todas. Eu tenho de
- ser somente seu refúgio secreto, devo reduzir minha vida a um esperar
- que venha quando bem quiser, de acordo com as regras que se atribui.
- Não, não posso aceitar isso; para mim, isso é um não-viver. Para outra
- mulher, poderia ser, teria sido também para mim no passado, mas agora não.
- Agora quero uma vida plena. Agora peço-lhe coisas: ''Posso ir com você?''
- Minha pergunta é uma prova. Se responde que não, quer dizer que me afasta
- para onde eu não posso existir.
-
- -- pág. 61
-
- No início, vai procurar lutar, conquistá-lo com o fascínio, com todos os
- cuidados e dedicação, mudando sua própria maneira de ser, mas quando
- compreender que o ser amado não o ama mais, não lhe resta mais nada a
- fazer senão empunhar a espada da separação. A força que lhe resta permite-lhe
- cortar as mãos que se estendem até esse ser querido, cegar os olhos que o
- procuram por toda a parte. Pouco a pouco, para não mais desejar a quem amou,
- deverá encontrar nele razões para se desenamorar; deverá procurar refazer
- o que viveu, cobrindo de ódio tudo aquilo que foi. O ódio será sua tentativa de
- destruir o passado, mas é um ódio impotente
-
- -- pág. 67