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authorSilvio Rhatto <rhatto@riseup.net>2022-12-10 13:27:08 -0300
committerSilvio Rhatto <rhatto@riseup.net>2022-12-10 13:27:08 -0300
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-rw-r--r--social/coletivo/basico.md17
-rw-r--r--social/coletivo/coletivo.md99
-rw-r--r--social/coletivo/comunicacao.md9
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-rw-r--r--social/coletivo/comunicacao/archive.md24
-rw-r--r--social/coletivo/comunicacao/backup.md31
-rw-r--r--social/coletivo/comunicacao/chat.md51
-rw-r--r--social/coletivo/comunicacao/infosec.md100
-rw-r--r--social/coletivo/comunicacao/license.md150
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-rw-r--r--social/coletivo/responsabilizacao.md15
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-rw-r--r--social/muamba.md87
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32 files changed, 0 insertions, 2868 deletions
diff --git a/social/coletivo.md b/social/coletivo.md
deleted file mode 100644
index 75b3eec..0000000
--- a/social/coletivo.md
+++ /dev/null
@@ -1,17 +0,0 @@
-# Coletivo
-
-```eval_rst
-.. toctree::
- :maxdepth: 1
- :glob:
-
- coletivo/basico
- coletivo/coletivo
- coletivo/organizacao
- coletivo/interpretacoes
- coletivo/comunicacao
- coletivo/contabilidade
- coletivo/participacao
- coletivo/responsabilizacao
- coletivo/misc
-```
diff --git a/social/coletivo/basico.md b/social/coletivo/basico.md
deleted file mode 100644
index f10a998..0000000
--- a/social/coletivo/basico.md
+++ /dev/null
@@ -1,17 +0,0 @@
-# Checklist Básico
-
-O que um grupo precisa em geral para funcionar:
-
-* Plataforma de comunicação.
-* Sistema de acompanhamento de tarefas.
-* [Protocolos](https://protocolos.fluxo.info) de operação!
-
-Fluxo de trabalho:
-
-* Reuniões periódicas de trabalho coletivo: pesquisa, desenvolvimento, implementação, manutenção e auditoria.
-
-Opcional:
-
-* Site e canais de contato públicos.
-* Licença de distribuição de conteúdo.
-* Termos de serviço e política de privacidade.
diff --git a/social/coletivo/coletivo.md b/social/coletivo/coletivo.md
deleted file mode 100644
index d3b8219..0000000
--- a/social/coletivo/coletivo.md
+++ /dev/null
@@ -1,99 +0,0 @@
-# Protocolo de Ação do Coletivo
-
- * Versão: 1.0.
- * Licença: LIMICS[1].
-
-O Coletivo `$coletivo` adota a versão 0.1 do "Protocolo de Ação Coletiva"[2],
-de modo que se tome por "Coletivo `$coletivo`" toda ocorrência da palavra
-"Coletivo" no referido texto.
-
-Instâncias de Comunicação
--------------------------
-
-Conforme a atual configuração tecnológica do Coletivo $coletivo, as principais
-instâncias de comunicação utilizadas são:
-
-* Wiki/sistema de tickets fechado: `https://admin.$dominio`.
-* Lista de discussão: `$lista_de_discussao`.
-* Demais meios de comunicação que satisfaçam requisitos de privacidade e segurança.
-
-Processos e tickets
--------------------
-
-A manifestação que os registros de processos assumem no Coletivo `$coletivo`
-são chamados de tickets ou requisições. Todos os processos devem ser tickets.
-Processos informais não precisam necessariamente ser tickets antes da sua
-realização, mas para que posteriormente possam ser considerados como processos
-precisam virar tickets (isto é, precisam de um mínimo de documentação).
-
-Formalidade e informalidade de instâncias
------------------------------------------
-
-Com relação à formalidade e informalidade das instãncias de comunicação, temos que:
-
-* Todas as instâncias de comunicação são informais ''a priori'' (isto é, se
- nada mais for dito a respeito da forma de cada uma delas).
-* As instâncias formalizadoras (isto é, as instâncias onde deve ser informada
- da proposição e aprovação de um processo para que o mesmo tenha validade
- formal) são o sistema de tickets e a lista de discussão.
-
-Recomendação sobre jardinagem de discussões
--------------------------------------------
-
-Levando em consideração que
-
-* É interessante manter um fluxo de emails baixo com mensagens pequenas para
- que a lista de discussão possa ser bem usada especialmente em urgências.
-* Wiki e sistema de tickets são muito úteis para lidar com grandes quantidades
- de informação, apesar de não serem muito bons para a obtenção de feedback
- rápido.
-* No caso de pendências e tarefas, o sistema de tickets é mais confortável para
- o acompanhamento de atividades.
-
-Recomenda-se que
-
-* Se possível, as discussões sejam originadas nos meios que lhes forem mais
- propícios (alguma emergências se iniciam melhor com o envio de um email, onde
- obtém melhor resposta).
-* Caso um meio se torne inadequado para a manutenção da discussão, que a mesma
- seja transferida para um meio mais adequado mas que tal transferência seja
- acompanhada pelo referenciamento mútuo em ambas as instâncias (na instância
- onde ela deixar de ocorrer envia-se uma mensagem indicando para onde a
- discussão está sendo encaminhada e nesta última se adiciona uma indicação
- sobre onde a discussão veio.
-* Discussões que adquiram vulto sejam transformadas em processos informais (com
- a criação de um ticket com respectivo link, se aplicável, para o local onde a
- discussão está sendo realizada).
-
-Procedimento para Processos Formais
------------------------------------
-
-Além de obedecer ao fluxograma de processos formais detalhado no texto
-"Protocolo de Ação Coletiva", a proposição e a decisão de propostas formais
-devem ser realizadas da seguinte forma para serem válidas:
-
-* Para enviar uma proposta formal, primeiramente crie um ticket.
-* Em seguida, envie um email para a lista de discussão informando da proposta e
- incluindo, pelo menos, o link do ticket.
-* A discussão e alteração da proposta pode ser feita apenas pelo ticket, pela
- lista de discussão ou mesmo em instâncias informais, mas recomenda-se que se
- utilize o ticket como agregador do maior número possível de informações
- discutidas a respeito da proposta.
-* Discussões realizadas em instâncias informais não tem valor formal se não
- forem documentadas e apresentadas como tal na lista de discussão, no ticket
- ou eventual página wiki, observando a recomendação sobre jardinagem de
- discussões.
-* Ao passar o prazo de decisão da proposta, é necessário enviar um email de
- comunicação à lista de discussão para que a decisão seja formalizada.
-
-Conforme o processo formal em questão for passando pelas etapas formais, o
-estado do ticket deve ser alterado pelas pessoas que se interessarem por
-fazê-lo. Se necessário, a proposta também pode ter ao menos uma página no wiki
-fechado, sendo possível usar o wiki para acompanhar diferentes versões de uma
-proposta, por exemplo.
-
-Referências
------------
-
- * [1] [Licença de Manipulação de Informações do Coletivo $coletivo](/organizacao/comunicacao/license).
- * [2] [Protocolo de Ação Coletiva](/organizacao/coletiva.
diff --git a/social/coletivo/comunicacao.md b/social/coletivo/comunicacao.md
deleted file mode 100644
index a68e36c..0000000
--- a/social/coletivo/comunicacao.md
+++ /dev/null
@@ -1,9 +0,0 @@
-# Comunicação
-
-```eval_rst
-.. toctree::
- :maxdepth: 1
- :glob:
-
- comunicacao/*
-```
diff --git a/social/coletivo/comunicacao/acl.md b/social/coletivo/comunicacao/acl.md
deleted file mode 100644
index e4a3490..0000000
--- a/social/coletivo/comunicacao/acl.md
+++ /dev/null
@@ -1,60 +0,0 @@
-# Lista de acesso à participação
-
-O presente processo estabelece uma série de camdas de acesso e participação
-sobre fluxos informacionais realizadas em instâncias de comunicação mantidas
-pelo Coletivo com o objetivo de fortalecer relações de abertura e fechamento do
-Coletivo que garantam o máximo de modos de que pessoas de fora possam colaboram
-conosco (outsourcing) ao mesmo tempo em que garanta a proteção de informações
-sensíveis.
-
-Para isso, este processo se inspira no princípio de que quanto mais forem
-públicas as informações, atividades e participações desempenhadas pelo
-Coletivo, não só as chances de sustentabilidade aumentam como também as
-relações com o campo social se fortalecem. Por outro lado, não se pode ignorar
-a vigilância e o controle de massa que ameaçam a integridade e as atividades
-dos grupos e movimentos sociais.
-
-Uma forma de segmentar as atividades levando em conta a tensão entre a
-tendência de tornar tudo público com o cuidado de manter a integridade das
-atividades é dividi-las em grupos referentes à sua possibilidade de
-publicização e participação:
-
-1. Quais delas podem ser externalizadas pelo Coletivo, isto é, tornadas públicas com
- a. Feedback de qualquer pessoa ou grupo.
- b. Feedback apenas de pessoas conhecidas.
- c. Feedback apenas de pessoas de dentro do Coletivo.
-2. Quais delas não podem ser tornadas públicas mas que podem ser compartilhadas
- com pessoas e grupos próximos com
- a. Feedback apenas de pessoas conhecidas.
- b. Feedback apenas de pessoas de dentro do Coletivo.
-3. Quais delas precisam ser mantidas em sigilo dentro do Coletivo.
-
-Por feedback se entede por poder de leitura e escrita direta, sem necessidade
-de mediação do Coletivo. Obviamente que em atividades públicas podem ter
-contribuições de terceiros/as, mas tal contribuição pode ser direta (com
-feedback ativado) ou indireta, isto é, mediada pelo Coletivo.
-
-Assim, o Coletivo define a seguinte Lista de Camadas de Acesso à Informação ou
-Lista de Controle de Acesso (LCA ou ACL):
-
-1. Atividades públicas
- a. Feedback de qualquer pessoa ou grupo.
- b. Feedback apenas de pessoas conhecidas.
- c. Feedback apenas de pessoas de dentro do Coletivo.
-2. Atividades vizinhantes
- a. Feedback apenas de pessoas conhecidas e confiáveis.
- b. Feedback apenas de pessoas de dentro do Coletivo.
-3. Atividades privadas: nossos processos internos.
-
-Em outras palavras, o Coletivo adota um modelo de três camadas que funciona
-como uma lista de controle de acesso (ACL) para diversas atividades que possam
-ser compartimentalizadas:
-
-* É uma lista de acesso definida por instância de comunicação, dizendo quem e
- como se dá a participação numa dada instância.
-* Cada instância ocupa apenas um nível nessa lista. Como exemplo, uma dada
- instância pode ter ACL ''1.c'', ou seja, ser uma instância de realização de
- atividade pública mas apenas com feedback de pessoas do Coletivo.
-* Cabe aos processos que definem cada instância de comunicação atribuir um nível de acesso.
-
-Recomenda-se que as atividades sejam bem compartimentalizadas (no caso de utilizarem mais de uma instância) para que se consiga maximizar a publicização de atividades e proteger apenas os pontos sensíveis.
diff --git a/social/coletivo/comunicacao/archive.md b/social/coletivo/comunicacao/archive.md
deleted file mode 100644
index 2daa7f9..0000000
--- a/social/coletivo/comunicacao/archive.md
+++ /dev/null
@@ -1,24 +0,0 @@
-# Armazenamento de documentos
-
-O armazenamento de documentos consiste no depósito organizado e seguro de
-documentos físicos (isto é, impressos) do Coletivo, consistindo nas seguintes
-tarefas:
-
-1. Manter os documentos do Coletivo (notas fiscas, contratos, acordos, etc)
- armazenados em local protegido (de umidade, desgaste, mofo, incêndio, roubo,
- etc) e observando a política de segurança da informação do Coletivo.
-
-2. Fornecer os documentos (ou cópias dos mesmos) ao Coletivo conforme
- solicitação e zelando para que os mesmos retornem ao depósito ou se mantenham
- em condições compatíveis de armazenamento. Os documentos devem ser fornecidos
- num prazo de até '''uma semana''' (incluindo finais de semana e feriados) após
- a solicitação.
-
-3. Manter cópias digitais (escaneadas ou fotografadas) dos documentos em
- instância de comunicação fechada do Coletivo.
-
-Responsabilização
------------------
-
-Cada pessoa responsabilizada pelo armazenamento de documentos é denominada de
-''fiel depositária dos documentos do Coletivo''.
diff --git a/social/coletivo/comunicacao/backup.md b/social/coletivo/comunicacao/backup.md
deleted file mode 100644
index 89863e8..0000000
--- a/social/coletivo/comunicacao/backup.md
+++ /dev/null
@@ -1,31 +0,0 @@
-# Instâncias de comunicação de backup
-
-Este processo estabelece procedimentos para comunicação de backup para
-
-* Lista de email.
-* Bate-papo.
-
-Responsabilização
------------------
-
-O Grupo de Trabalho responsável por este processo deve manter uma lista de
-email e uma sala de bate-papo de [ACL](/coletivo/comunicacao/acl.html)
-nível 3 para participação -- isto é, canal de acesso apenas para pessoas
-do Coletivo -- para serem utilizados quando alguma das instâncias padrões
-estiverem com problemas.
-
-Os critérios de funcionamento dessas instâncias de backup são os mesmos para
-as instãncias usuais equivalentes.
-
-Recomenda-se também que, se possível, as pessoas do Coletivo possuam emails
-adicionais que satisfação a
-[Politica Política de segurança da informação](/coletivo/comunicacao/infosec.html)
-e que possam ser utilizados como backup.
-
-Dependências
-------------
-
-A realização deste processo depende da realização dos seguintes processos:
-
-* [Política de segurança da informação](/coletivo/comunicacao/infosec.html).
-* [ACL Lista de acesso à participação (ACL)](/coletivo/comunicacao/acl.html).
diff --git a/social/coletivo/comunicacao/chat.md b/social/coletivo/comunicacao/chat.md
deleted file mode 100644
index 7a96ef2..0000000
--- a/social/coletivo/comunicacao/chat.md
+++ /dev/null
@@ -1,51 +0,0 @@
-# Bate-papo
-
-Este processo estabelece as linhas gerais para a administração dos sistemas de
-bate-papo utilizados pelo Coletivo. Tais sistemas permitem a comunicação
-praticamente em tempo real. Se utilizadas com critérios de segurança e
-privacidade, as salas de bate-papo podem desempenhar um ótimo papel para a
-comunicação rápida no Coletivo.
-
-Canais
-------
-
-Os seguintes canais são definidos como instâncias de comunicação informais do Coletivo:
-
-* `#$canal_aberto`: [ACL](/coletivo/comunicacao/acl.html) nível 1.a ou superior para
- participação, ou seja, um canal de acesso público onde não se deve discutir
- ou divulgar assuntos internos do Coletivo.
-
-* `#$canal_fechado`: [ACL](/coletivo/comunicacao/acl.html) nível 3 para participação,
- isto é, canal de acesso apenas para pessoas do Coletivo, sem restrição de assuntos.
-
-* temporários, para o caso de pessoas do Coletivo precisarem conversar com terceiros/as
- de modo privativo, com [ACL](/coletivo/comunicacao/acl.html) nível 2.a ou superior.
-
-Modos de configuração
----------------------
-
-Os seguintes modos de configuração são requeridos para canais privativos:
-
-* Entrada restrita a membros do Coletivo.
-* Sem exibição na listagem de canais do servidor (no caso do IRC, modo +s e/ou +p).
-* Acesso via SSL ou outro métodos de criptografia assimétrica (IRC, SILC, etc).
-
-Responsabilização
------------------
-
-Cabe ao Grupo de Trabalho formado pelas pessoas responsáveis pelo presente
-processo manter o registro, a manutenção, a operação e a documentação
-relacionada aos canais de bate-papo do Coletivo, levando em consideração:
-
-* [Os critérios de segurança e privacidade](/coletivo/comunicacao/infosec.html).
-* O nível de acesso de cada um dos canais, não permitindo pessoas que não
- tenham o devido acesso a participarem de determinados canais.
-* Que muito de ausência dos/as operadores do canal pode levar à perda do seu registro.
-
-Dependências
-------------
-
-A realização deste processo depende da realização dos seguintes processos:
-
-* [Política de segurança da informação](/coletivo/comunicacao/infosec.html).
-* [Lista de acesso à participação (ACL)](/coletivo/comunicacao/acl.html).
diff --git a/social/coletivo/comunicacao/infosec.md b/social/coletivo/comunicacao/infosec.md
deleted file mode 100644
index ce06d8e..0000000
--- a/social/coletivo/comunicacao/infosec.md
+++ /dev/null
@@ -1,100 +0,0 @@
-# Política de segurança da informação
-
-O presente processo estabelece uma série de definições e recomendações
-relacionadas à segurança da informação circulada por instâncias mantidas pelo
-Coletivo.
-
-Política de senhas e chaves
----------------------------
-
-Recomenda-se que as pessoas participantes de instâncias de informação mantidas
-pelo Coletivo assumam uma política de senhas como a seguinte:
-
-1. Não utilizar a mesma senha para sistemas sensíveis.
-2. Não utilizar senhas frágeis.
-
-Recomenda-se ainda, que sejam utilizadas aplicações como as seguintes:
-
-* [http://web.monkeysphere.info Monkeysphere] para auxiliar na autenticação de sistemas remotos.
-* [http://point-at-infinity.org/ssss ssss], para o compartilhamento de senhas em sistemas sensíveis.
-* Programas como o [http://www.adel.nursat.kz/apg apg] para a geração de senhas fortes.
-* Programas como o [http://oss.codepoet.no/revelation/wiki/Home Revelation] ou
- o [http://kedpm.sourceforge.net kedpm] para o armazenamento seguro de senhas.
-
-Emails suficientemente seguros
-------------------------------
-
-Define-se como uma conta de email suficientemente segura aquela que utiliza:
-
-1. [http://en.wikipedia.org/wiki/STARTTLS STARTTLS] nas transmissões para
- outras contas de email suficientemente seguros.
-2. É acessada apenas através de conexão SSL, seja HTTPS, IMAPS, POPS ou SMTPS.
-3. Criptografia de disco para armazenamento de mensagens no servidor.
-
-A participação em instâncias de comunicação mantidas pelo Coletivo e que não
-são totalmente públicas requerem o uso de contas de email suficientemente
-seguros.
-
-Criptografia
-------------
-
-Recomenda-se que as pessoas participantes de instâncias de informação mantidas
-pelo Coletivo:
-
-1. Armazenem informações internas relacionadas ao mesmo apenas em volumes
- criptografados. Se não tiverem condições de assim procederem com suas máquinas
- pessoais, recomenda-se que armazenem tais informações apenas em instâncias de
- comunicação do Coletivo que possuam transmissão e armazenamento criptografado
- de dados.
-
-2. Utilizem o sistema OpenPGP de criptografia assimétrica para proteção,
- integridade e verificação de procedência de dados sensíveis.
-
-3. Utilizem canais de comunicação criptografados sempre que possível e que não
- utilizem canais não-criptografados para tratar remotamente de questões internas
- ao Coletivo.
-
-Lista de recomendações e práticas sugeridas
--------------------------------------------
-
-Por se tratar de uma questão complexa e sensível mas por contar com
-documentação dispersa, listas adicionais de recomendações e práticas sugeridas
-sobre segurança da informação podem ser anexadas ao presente processo.
-
-Eventualmente, recomenda-se que este processo seja atualizado para contemplar
-progressos neste campo.
-
-Criação de contas
------------------
-
-A criação de contas em sistemas mantidos pelo Coletivo deve obedecer o seguinte procedimento:
-
-1. Priorizar a escolha de senha pelo titular da conta sem que outra pessoa
- precise conhecê-la, desde que possível.
-2. Enviar para o/a usuário:
- a. Pedido de mudança de senha logo que consiga se autenticar nos sistemas em
- questão, caso isso seja possível.
- b. Fornecer fingerprints de chaves de criptografia utilizadas para o acesso da conta.
- c. Se possível, as informações da conta utilizando criptografia e para uma
- conta de email suficientemente seguro do/a usuário.
- d. Uma cópia da lista de recomendações e boas práticas.
-
-Persistência de dados
----------------------
-
-Informações armazenados num determinado nível de acesso ou segurança (exemplo,
-disco criptografado) devem, por padrão, permanecer nesse mesmo nível ou serem
-transferidas para um nível mais seguro, exceto quando constitui informação
-desclassificada e permitida para descer de nível.
-
-Telefone e outros meios de comunicação privada que não possuam segurança
-suficiente do conteúdo, da origem e do destinatário da informação devem ser
-considerados, para todos os efeitos, como meios de comunicação públicos e
-portanto não serem utilizados para veicular informações sensíveis.
-
-Dependências
-------------
-
-A realização deste processo depende da realização dos seguintes processos:
-
-* [ACL Lista de acesso à participação (ACL)](/organizacao/comunicacao/acl.html).
diff --git a/social/coletivo/comunicacao/license.md b/social/coletivo/comunicacao/license.md
deleted file mode 100644
index a008e35..0000000
--- a/social/coletivo/comunicacao/license.md
+++ /dev/null
@@ -1,150 +0,0 @@
-# Conjunto de Licenciamento Livre
-
-Originalmente em [Encontro: Cultura Livre e
-Capitalismo](https://encontro.fluxo.info/Principal/ConjuntoDeLicenciamentoLivre).
-
-## Seções das licenças
-
-Para contemplar inúmeros pontos de vista dos grupos e pessoas participantes
-deste espaço, a proposta de licença envolve as seguintes partes:
-
-1. Liberdades atribuídas ao/à licenciado/a
-2. Obrigações do/a licenciado
-3. Liberdades e obrigações atribuídas ao/à licenciante
-
-## Liberdades atribuídas ao/à licenciado/a
-
-Atribui ao detentor/a da informação as seguintes liberdades:
-
-1. A liberdade de armazenar a informação.
-2. A liberdade de manipular a informação.
-3. A liberdade de distribuir a informação, modificada ou não.
-
-## Obrigações do/a licenciado
-
-### Restrição obrigatória: "viralidade"
-
-Desde que esta licença acompanhe a informação.
-Restrição ética ou mercantil
-
-### As seguintes opções mutuamente exclusivas são possíveis para a montagem de uma licença:
-
-1. Contanto que o detentor da informação pactue com os princípios das mídias e grupos livres.
-2. Restrição comercial: Desde que para fins não-comerciais.
-3. Restrição de lucro: Desde que para fins não-lucrativos.
-
-### Restrição de autoria e fonte
-
-As seguintes opções não-exclusivas são possíveis para a montagem de uma licença:
-
-1. Desde que o autor seja citado.
-2. Desde que a fonte seja citada.
-
-### Restrição de distribuição
-
-Essa restrição obriga que a pessoa que utilizar a informação a:
-
-1. Caso ocorra uma modificação, distribuir a informação modificada.
-2. Ou, eventualmente, distribuir a informação para qualquer um dos usos que ela estiver sujeita.
-
-Opcionalmente, uma das seguintes restrições de notificação podem ser utilizadas:
-
-1. Caso o conteúdo seja distribuído, a fonte deve ser notificada antecipadamente.
-2. Ou, caso o conteúdo seja distribuído, a fonte deve ser notificada
- antecipadamente caso existam modificações.
-
-## Liberdades e obrigações atribuídas ao/à licenciante
-
-As seguintes opções não-exclusivas são possíveis para a montagem de uma licença
-e apenas fazem sentido se a informação preserva autoria ou fonte:
-
-1. O/a autor/a pode a qualquer momento revogar o licenciamento da informação
- para uma determinada pessoa ou entidade.
-2. O/a autor/a apenas pode licenciar sua informação sob a licença se ele
- declarar que não relicenciará a informação.
-
-## Licença do Conjunto de Licenciamento Livre
-
-Atribui ao detentor/a do texto do Conjunto de Licenciamento Livre as seguintes liberdades:
-
-1. A liberdade de armazenar o texto do Conjunto.
-2. A liberdade de manipular o texto do Conjunto, inclusive para criar novas licenças.
-3. A liberdade de distribuir o texto do Conjunto, modificada ou não.
-
-### Obrigações do/a licenciado
-
-1. Desde que esta licença acompanhe a informação.
-2. Restrição de lucro: Este Conjunto de Licenciamento Livre e esta licença
- podem ser utilizados apenas para criar licenças e licenciar conteúdos com
- finalidades não lucrativas.
-
-### Licença da licença
-
-O texto desta licença está licenciado por ele mesmo.
-
-## Exemplo
-
-Estabelece o seguinte texto como a licença padrão de distribuição de conteúdo
-produzido pelo Coletivo:
-
- 1. Licença de Manipulação de Informações do Grupo $coletivo
-
- Licença baseada no Conjunto de Licenciamento Livre[1] do Encontro: Cultura
- Livre e Capitalismo[2].
-
- 2. Liberdades atribuídas ao/à licenciado/a
-
- Atribui ao detentor/a da informação as seguintes liberdades:
-
- 1. A liberdade de armazenar a informação.
- 2. A liberdade de manipular a informação.
- 3. A liberdade de distribuir a informação, modificada ou não.
-
- Desde que as condições listada na seção Obrigações do/a licenciado/a a seguir
- sejam respeitadas.
-
- 3. Obrigações do/a licenciado/a
-
- 3.1 Viralidade
-
- Desde que esta licença acompanhe a informação.
-
- 3.2 Restrição mercantil
-
- * Desde que para fins não-comerciais.
-
- 3.3 Restrição de citação
-
- * Desde que a fonte seja citada.
-
- 3.4 Restrição de distribuição
-
- * Caso o conteúdo seja distribuído por você, o Grupo $coletivo deve ser
- notificado antecipadamente.
- * Caso ocorra uma modificação, distribuir a
- informação modificada e notificar antecipadamente o Grupo $coletivo.
-
- 4. Liberdades e obrigações atribuídas ao/à licenciante
-
- * O Grupo $coletivo pode a qualquer momento revogar o licenciamento da
- informação para uma determinada pessoa ou entidade.
-
- [1] https://protocolos.fluxo.info/organizacao/comunicacao/license/
- [2] http://encontro.fluxo.info
-
-Não é obrigatória nem compulsória a utilização desta licença, mas conteúdo
-veiculado pelo ou em nome do Coletivo a utiliza por padrão caso não haja menção
-formal em contrário.
-
-### Responsabilização
-
-A(s) pessoa(s) responsável(is) pelo processo ficam encarregadas de manter o
-texto da licença em um local público acessível via web para que possa ser
-referenciado por outros textos do Coletivo, além de adicionar a seguinte nota
-antes do texto da licença:
-
-`
-Desde que não mencionado em contrário, todo o conteúdo produzido pelo Grupo
-$coletivo é distribuído de acordo com a Licença de Manipulação de Informações do
-Grupo $coletivo.
-`
diff --git a/social/coletivo/comunicacao/list.md b/social/coletivo/comunicacao/list.md
deleted file mode 100644
index 9926c00..0000000
--- a/social/coletivo/comunicacao/list.md
+++ /dev/null
@@ -1,75 +0,0 @@
-# Administração da Lista do Coletivo
-
-Este processo estabelece as linhas gerais para a administração da Lista de
-Discussão do Coletivo, estabelecida com o [Protocolo de Ação do $coletivo](/coletivo/coletivo/).
-
-Critérios de participação
--------------------------
-
-1. Para participar da lista do Coletivo, uma pessoa precisa satisfazer o nível
- ''3'' de [ACL](/coletivo/comunicacao/acl.html), isto é, fazer parte do Coletivo.
-2. Apenas [emails suficientemente seguros](/coletivo/comunicacao/infosec.html)
- podem ser adicionados à lista.
-
-Responsabilização
------------------
-
-Para que seja possível manter tal lista, é necessário que as instâncias de
-comunicação por ela utilizadas estejam operantes. Assim, o Grupo de Trabalho
-formado pelas pessoas responsáveis por esse processo deve:
-
-* Garantir, na medida do possível, a existência da Lista do Coletivo e
- mantendo a documentação correspondente.
-* Administrar e moderar a Lista do Coletivo.
-* Inscrever e desinscrever pessoas na Lista do Coletivo.
-
-Dependências
-------------
-
-A realização deste processo depende da realização dos seguintes processos:
-
-* [Organização do Coletivo](/coletivo/coletivo).
-* [Lista de acesso à participação (acl.html)](/coletivo/comunicacao/acl.html).
-* [Política de segurança da informação](/coletivo/comunicacao/infosec/).
-
-Administração da Lista de Mensagens de Sistema
-----------------------------------------------
-
-Este processo estabelece as linhas gerais para a administração da Lista de
-Mensagens de Sistema, utilizada para receber mensagens de sistema das diversas
-camadas do Coletivo.
-
-Critérios de participação
--------------------------
-
-1. Para participar da lista do Coletivo, uma pessoa precisa satisfazer o nível
- ''3'' de [ACL](/coletivo/comunicacao/acl.html), isto é, fazer parte do Coletivo.
-
-2. Apenas [emails suficientemente seguros](/coletivo/comunicacao/infosec/) podem ser
- adicionados à lista.
-
-Responsabilização
------------------
-
-Para que seja possível manter tal lista, é necessário que as instâncias de
-comunicação por ela utilizadas estejam operantes. Assim, o Grupo de Trabalho
-formado pelas pessoas responsáveis por esse processo deve:
-
-* Garantir, na medida do possível, a existência da Lista de Mensagens de
- Sistema e manter a documentação correspondente.
-
-* Administrar e moderar a Lista de Mensagens de Sistema.
-
-* Inscrever e desinscrever pessoas e emails administrativos na Lista de
- Mensagens de Sistema.
-
-Observação: emails administrativos (isto é, emails de sistema) devem ser
-cadastrados com a recepção de mensagens desabilitadas, a não ser em casos
-especiais em que isso se fizer necessário.
-
-Dependências
-------------
-
-A realização deste processo depende da realização dos seguintes processos:
-
-* [ACL Lista de acesso à participação (acl.html)](/organizacao/comunicacao/acl.html).
diff --git a/social/coletivo/comunicacao/transparency.md b/social/coletivo/comunicacao/transparency.md
deleted file mode 100644
index 9b17ea9..0000000
--- a/social/coletivo/comunicacao/transparency.md
+++ /dev/null
@@ -1,55 +0,0 @@
-# Transparência e compartilhamento de informações e protocolos
-
-O presente processo estabelece critérios de transparência e compartilhamento de
-informações e protocolos desenvolvidos dentro e fora do Coletivo.
-
-## Protocolos
-
-No âmbito do presente processo, entende-se por "protocolos" o conteúdo textual
-de templates, protocolos ou propostas de processo e não especificidades de
-determinadas instâncias processuais ou mesmo informações de responsabilização e
-realização das mesmas.
-
-## Compartilhamento
-
-Protocolos que podem ser publicizados por padrão em nível [ACL](/coletivo/comunicacao/acl.html)
-''1.a'' ou superior são todos aqueles que
-
-1. Não mencionam explicitamente o Coletivo, grupos ou pessoas E QUE
-2. Não contenham informações sensíveis, privadas ou particulares.
-
-Protocolos que podem ser publicizados por padrão em nível [ACL](/coletivo/comunicacao/acl.html)
-''2.a'' ou superior são todos aqueles que
-
-1. Afetem as atividades vizinhantes e dos grupos hospedados E QUE
-2. Não mencionam explicitamente grupos ou pessoas E QUE
-3. Não contenham informações sensíveis, privadas ou particulares.
-
-Cada processo formal pode alterar seu estado de transparência protocolar.
-
-## Instâncias de compartilhamento protocolar
-
-Muitos dos protocolos e processos desenvolvidos dentro do Coletivo podem ser
-úteis para outros grupos. Da mesma forma, desenvolvimentos similares que
-ocorram fora do Coletivo podem servir de inspiração para processos internos.
-
-Assim, o Coletivo permite por padrão que os protocolos que possam ser
-compartilhados em nível [ACL](/coletivo/comunicacao/acl.html) ''1.a'' detalhados na seção
-anterior sejam compartilhados ou integrados à linha de desenvolvimento nos
-seguintes locais:
-
-* Sítio "Protocolos do Coletivo", que deve existir em
- `http://protocolos.$dominio` e que pode conter também análises dos protocolos.
-* Eventualmente em Resource Sharing Protocol (`http://rsp.$dominio`), caso aplicável.
-* Em outros locais, mediante pedido formal ao Coletivo.
-
-## Responsabilização
-
-As pessoas responsabilizadas pelo presente processo ficam encarregadas de
-manter o sítio "Protocolos do Coletivo".
-
-## Dependências
-
-A realização deste processo depende da realização dos seguintes processos:
-
-* [Lista de acesso à participação (acl.html)](/organizacao/comunicacao/acl.html).
diff --git a/social/coletivo/comunicacao/vizinhanca.md b/social/coletivo/comunicacao/vizinhanca.md
deleted file mode 100644
index c538c85..0000000
--- a/social/coletivo/comunicacao/vizinhanca.md
+++ /dev/null
@@ -1,65 +0,0 @@
-# Lista da Vizinhança
-
-Este processo estabelece as linhas gerais para o funcionamento da vizinhança do
-`$coletivo`, definida como o espaço de intercâmbio para o Coletivo, pessoas e
-grupos hospedados, amigos e/ou simpáticos.
-
-Os espaços da vizinhança são todos aqueles que se fazem parte do nível 2. da
-[Lista de acesso](/coletivo/comunicacao/acl.html), em especial uma lista de discussão por
-email denominada de Lista da Vizinhança do $coletivo com nível ALC ''2.a''.
-
-## Critérios de participação
-
-Será considerado satisfeito o critério ACL ''2.a'' para participação na
-vizinhança as pessoas ou grupos que:
-
-1. Já estiverem sendo hospedadas pelo Coletivo. Caso o grupo hospedado seja
- muito aberto e muito amplo, em princípio apenas as pessoas relacionadas
- diretamente com a hospedagem OU
-
-2. Mediante processo formal para decidir se tal pessoa ou grupo é confiável o
- suficiente para participar de tal nível de acesso.
-
-Apenas [emails suficientemente seguros](/organizacao/comunicacao/infosec.html) podem
-ser adicionados à lista.
-
-## Procedimento de participação
-
-Pessoas que satisfazem os critérios de participação podem pedir inscrição ou
-serem convidadas a participar da vizinhança. No ato da inscrição, a seguinte
-mensagem de boas vindas com pedido de apresentação e recomendações de
-participação deve ser enviada:
-
- Seja bem vindo/a à lista da vizinhança do $coletivo :)))
-
- Esta é uma lista composta por pessoas e grupos hospedados ou que são
- considerados/as confiáveis pelo Coletivo. Este é um espaço de intercâmbio, trocas
- e livre associação entre os/as participantes.
-
- Pedimos por gentileza para que você
-
- - Se apresente e aproveite para, caso queira, compartilhar sua história,
- objetivos e anseios.
-
- - Não repasse informações veiculadas nessa lista a terceiros/as sem pedir antes.
-
- - Evite enviar muitas mensagens, principalmente se relacionadas a divulgações,
- mas sinta-se à vontade para fazer isso quando julgar necessário.
-
-## Responsabilização
-
-Para que seja possível manter a vizinhança, é necessário que as instâncias de
-comunicação por ela utilizadas estejam operantes. Assim, o Grupo de Trabalho
-formado pelas pessoas responsáveis por esse processo deve:
-
-* Configurar a descrição da lista para "Vizinhança ao Grupo $coletivo".
-* Administrar e moderar a Lista da Vizinhança.
-* Inscrever e desinscrever pessoas na Lista da Vizinhança, enviando mensagem de
- boas-vindas, termo de aceitação e pedido de apresentação.
-
-## Dependências
-
-A realização deste processo depende da realização dos seguintes processos:
-
-* [Lista de acesso à participação (acl.html)](/organizacao/comunicacao/acl.html).
-* [Política de segurança da informação](/organizacao/comunicacao/infosec.html).
diff --git a/social/coletivo/contabilidade.md b/social/coletivo/contabilidade.md
deleted file mode 100644
index 58bd1d3..0000000
--- a/social/coletivo/contabilidade.md
+++ /dev/null
@@ -1,49 +0,0 @@
-# Contabilidade
-
-```eval_rst
-.. toctree::
- :maxdepth: 1
- :glob:
-
- contabilidade/*
-```
-
-A [Contabilidade](/coletivo/contabilidade), por possibilitar a manipulação de
-recursos do coletivo que podem ser usados para a aquisição, manutenção e
-proteção de outros recursos, representa um ganho em autonomia.
-
-A contabilidade consiste nas seguintes tarefas:
-
-1. Efetuar os depósitos, saques e transferências em uma conta bancária (gestão
- financeira), observando os [critérios](/coletivo/contabilidade/criterios)
- sobre:
- a. Doação (de e para o Coletivo).
- b. Arrecadação.
- c. Gastos.
-2. Transparência
- a. Manter um balanço atualizado em local de acesso restrito ao Coletivo.
- b. Fornecer os dados contábeis de acordo com os [critérios de
- transparência](/coletivo/contabilidade/criterios) estabelecido pelo Coletivo.
-
-## Situações emergenciais e não-emergenciais
-
-O grupo de trabalho formado pelas pessoas responsáveis por este processo se compromete a:
-
-1. Em casos não-emergenciais, atender requisições (depósitos, saques, etc e
- cujo uso estiver aprovado) em até '''2 semanas''', isto é, '''14 dias incluindo
- finais de semana e feriados'''.
-2. Em casos de emergência, disponibilizar recursos (cujo estiver aprovado) em
- até '''48 horas''', mantendo o Coletivo informado nas situações em que tal
- prazo não puder ser atendido (por exemplo no caso férias, viagens, etc).
-
-## Responsabilização
-
-As pessoas responsáveis ficam encarregadas, além das tarefas contábeis
-mencionadas anteriormente, de:
-
-1. Fornecer ao menos conta bancária que possa ser utilizada para o
- armazenamento de dinheiro do Coletivo e manter tal informação atualizada em
- local de acesso restrito ao Coletivo.
-2. Antes de deixarem de ser responsáveis pelo processo (i.e, antes de saírem
- dele), de transferirem os recursos financeiros do Coletivo que estejam de posse
- para os/as responsáveis remanescentes.
diff --git a/social/coletivo/contabilidade/criterios.md b/social/coletivo/contabilidade/criterios.md
deleted file mode 100644
index bf05fc2..0000000
--- a/social/coletivo/contabilidade/criterios.md
+++ /dev/null
@@ -1,153 +0,0 @@
-# Critérios financeiros
-
-Este processo estabelece os critérios financeiros sobre
-
-1. Doação (de e para o Coletivo).
-2. Arrecadação.
-3. Gastos.
-4. Transparência.
-5. Remuneração.
-6. Ajuda de custos.
-7. Lucro e contas bancárias.
-
-## Doação
-
-Com relação à doações é adotado o seguinte critério (oriundo dos
-[http://encontro.fluxo.org/Principal/ConjuntoDePrincipiosEticos Princípios das
-mídias e grupos livres]):
-
- 10. Sobre doações: Se recebem dinheiro, o fazem apenas como doação, ou seja:
- qualquer apoiador deve saber que seus recursos não serão empregados senão para
- os fins estritos de criação de espaços comunicativos livres, sendo vedadas as
- práticas de mercantismo cultural, social ou político. Tais doações são aceitas
- apenas se anônimas (isto é, não publicizadas). Dinheiro governamental ou
- empresarial não é aceito.
-
-Ou seja, o Coletivo apenas recebe doações que satisfaçam o critério acima. No
-caso de doações que o Coletivo pode efetuar, as mesmas devem ser de acordo com
-o critério de gastos.
-
-## Arrecadação
-
-Com relação à arrecadação de recursos, é adotado o seguinte critério (oriundo
-dos [http://encontro.fluxo.org/Principal/ConjuntoDePrincipiosEticos Princípios
-das mídias e grupos livres]):
-
- 11. Sobre auto-sustentabilidade: As mídias e grupos livres estimulam a geração de
- mecanismos de autosustentabilidade (ou "autodependência") local e comunitária.
- Exemplos: venda de camisetas, comidas, rifas, organização de festas, mostra de
- vídeos, etc. Tratam-se de atividades criadas e organizadas para estimular a
- vivência em coletivo e a escapar das práticas capitalistas. É recomendável que,
- dentro dos grupos e entre eles, exista uma socialização dos recursos e que os
- individuos também adotem essa prática, compartilhando recursos pessoais com o
- coletivo, para criar ambientes de solidariedade comunitária, onde ninguém seja
- excluído por falta de recursos.
-
-## Gastos
-
-Os gastos (reembolso, doações, aquisições, etc) são efetuados através de
-procedimento formal.
-
-## Transparência
-
-Com relação à transparência da contabilidade, é adotado o seguinte critério
-(oriundo dos [http://encontro.fluxo.org/Principal/ConjuntoDePrincipiosEticos
-Princípios das mídias e grupos livres]):
-
- 12. Sobre a gestão financeira: Para garantir essas condições de financiamento,
- toda a gestão financeira das mídias e grupos livres é publica: tanto as
- informações contábeis quanto a participação nas decisões são acessíveis às
- pessoas concernidas nas ações desta organização.
-
-Portanto, o Coletivo adota o critério de fornecer/publicar:
-
-1. Seus critérios financeiros.
-2. [wiki:Contabilidade/Planejamento Seu planejamento financeiro].
-3. [wiki:Contabilidade/Balanco Seu balanço financeiro].
-
-às pessoas afetadas pela organização do Coletivo (por exemplo, grupos
-hospedados e parcerios) levando em conta as restrições de privacidade e
-segurança, isto é, a publicação/disponibilização do balanço é restrita aos
-grupos e pessoas próximas.
-
-## Remuneração
-
-Sobre à remuneração pelo trabalho realizado dentro do Coletivo, é adotado o
-seguinte critério (oriundo dos
-[http://encontro.fluxo.org/Principal/ConjuntoDePrincipiosEticos Princípios das
-mídias e grupos livres]):
-
- 21. Sobre a remuneração pelo trabalho: As mídias e os grupos livres funcionam
- exclusivamente a partir de trabalho voluntário.
-
-Em outras palavras, o Coletivo não remunera pelo trabalho nele e por ele
-realizado. A remuneração, contudo, não pode ser confundida com a ajuda de
-custos.
-
-## Ajuda de custos
-
-A ajuda de custos é um recurso utilizado para criar um ambiente de igualdade de
-participação no Coletivo, por exemplo nos casos de custeio de ida à reuniões
-para pessoas que no momento não estejam em condições de fazê-lo, etc. Assim,
-integrantes do Coletivo que não possam participar de alguma atividade do
-Coletivo por não disporem de recursos materiais para fazê-lo podem solicitar
-ajuda de custos para o Coletivo.
-
-## Lucro e contas bancárias
-
-O Coletivo não possui fins lucrativos. Por isso, o Coletivo não se utiliza de
-operações financeiras com o intuito de auferir lucro, mas pode se utilizar de
-meios lícitos que lhe garantam a atualização monetária.
-
-Assim, quanto ao uso de transações e contas bancárias, o Coletivo reconhece
-que, apesar da segurança do dinheiro poder ser garantida de outras formas, a
-utilização de contas bancárias pode ser útil para
-
-* Facilitar a arrecadação financeira por dispor da rede bancária.
-* Permitir a atualização financeira.
-
-O Coletivo reconhece as contradições de utilizar o sistema financeiro e por
-isso se compromete a utilizar somente o recurso da caderneta de poupança, que
-possui as seguintes características:
-
-* Baixo risco.
-* Rendimentos baixos, uma vez que ela é basicamente apenas uma atualização
- monetária do dinheiro e por isso é praticamente o fundo de investimentos
- menos prejudicial à sociedade.
-
-## Licença
-
-Como estes critérios se utilizam de trechos oriundos dos
-[http://encontro.fluxo.org/Principal/ConjuntoDePrincipiosEticos Princípios das
-mídias e grupos livres]), segue a seguinte licença de manipulação dos mesmos
-(disponível também [http://encontro.fluxo.org/Principal/Licenca aqui]):
-
- 1. Licença de Manipulação do Conteúdo Deste Sítio
-
- Copyright (c) Encontro: Cultura Livre e Capitalismo: desde que não mencionado
- em contrário, este conteúdo é distribuído de acordo com a licença a seguir.
-
- 2. Liberdades atribuídas ao/à licenciado/a
-
- Atribui ao detentor/a da informação as seguintes liberdades:
-
- 1. A liberdade de armazenar a informação.
- 2. A liberdade de manipular a informação.
- 3. A liberdade de distribuir a informação, modificada ou não.
-
- Desde que as condições listada na seção Obrigações do/a licenciado/a a seguir
- sejam respeitadas.
-
- 3. Obrigações do/a licenciado
-
- 3.1 Viralidade
-
- * Desde que esta licença acompanhe a informação.
-
- 3.2 Restrição mercantil
-
- * Desde que para fins não-lucrativos.
-
- 3.3 Restrição de autoria e fonte
-
- * Desde que a fonte seja citada.
diff --git a/social/coletivo/contabilidade/planejamento.md b/social/coletivo/contabilidade/planejamento.md
deleted file mode 100644
index 18414df..0000000
--- a/social/coletivo/contabilidade/planejamento.md
+++ /dev/null
@@ -1,23 +0,0 @@
-# Planejamento financeiro
-
-O Coletivo adota o seguinte plano financeiro baseado numa reserva mínima e no seu excedente:
-
-1. A reserva mínima é a quantidade de dinheiro necessária para arcar com a soma (total: `R$x`) de:
- a. Gasto `a`.
- b. Gasto `b`.
- c. Gasto `c`.
-
-2. Se o Coletivo possuir recursos em caixa cuja soma é maior do que a reserva
- mínima, a diferença entre o total de dinheiro e a reserva mínima é considerado
- como excedente.
-
-3. A arrecadação deve ser constante de modo que o Coletivo tenha sempre em
- caixa uma reserva mínima ou condições de recuperar sua reserva mínima.
-
-Utilização do dinheiro
-----------------------
-
-* A reserva mínima deve ser utilizada apenas pelo Coletivo.
-* O excedente arrecadado pelo Coletivo pode ser disponibilizado para outros
- grupos, coletivos e pessoas.
-* A cada ano o valor da reserva mínima deverá ser revisado de acordo com o IGP-M.
diff --git a/social/coletivo/interpretacoes.md b/social/coletivo/interpretacoes.md
deleted file mode 100644
index 7823790..0000000
--- a/social/coletivo/interpretacoes.md
+++ /dev/null
@@ -1,893 +0,0 @@
-# Interpretações do Protocolo de Ação Coletiva
-
-Uma interpretação possível
---------------------------
-
-* Versão: 0.2.
-* Licença: LIMICS[1].
-
-Este documento contém uma interpretação possível do Protocolo de Ação
-Coletiva[2], que aqui é considerado como um processo possível de existência de
-um coletivo autônomo tendo como propriedades emergentes a robustez, a
-resiliência, a resistência a falhas e a adaptabilidade ao redor da otimização
-de atividades. Este texto considera que a adoção de tal protocolo possa servir
-a alguns grupos de afinidade desde que ele atenda aos propósitos do grupo (um
-processo deve ser útil ao grupo, não o contrário).
-
-Característica geral
---------------------
-
-Para grupos pequenos e coesos, a existência apenas de processos formais pode
-não representar um grande problema. Mas, se o grupo for grande, e/ou dispersivo
-e/ou com o foco de atuação abrangente, etc, as discussões e as tomadas de
-decisão podem se tornar muito cansativas e demoradas, além de nem sempre serem
-produtivas. Fora isso, o temor de não contemplar a todas as pessoas do coletivo
-pode fazer com que sejam aprovadas propostas que na prática não serão
-realizadas, mesmo se com a aprovação houver a responsabilidade do coletivo para
-cumpri-las.
-
-Muitos grupos possuem apenas processos formais, de modo que qualquer
-procedimento a ser realizado nesse grupo requer a pessagem pelo processo de
-tomada de decisão. Em muitas ocasiões, os processos formais acabam servindo,
-mesmo que as decisões sejam tomadas por consenso, para legitimar uma
-concentração de poder e um engessamento da estrutura dos grupos e contribuindo
-para criar grupos avessos a qualquer forma de organização definida. Surgem
-então os grupos organizados de maneira puramente informal, o que funciona muito
-bem para favorecer a espontaneidade e a auto-organização mas que também podem
-apresentar sérios problemas pela própria falta de formalidade.
-
-A características geral do Protocolo de Ação Coletiva consiste na articulação
-de uma forma possível de organização coletiva que responda tanto à problemática
-da tirania das organizações sem estrutura[3] quanto ao engessamento ocasionado
-por modos de organização estruturados de forma excessivamente rígida.
-
-O Protocolo de Ação Coletiva também pode ser entendido como uma forma de
-organização social do trabalho que possui um grande vínculo com a autonomia do
-grupo.
-
-Configuração Organizacional
----------------------------
-
-Chamaremos de Coletivo aos fluxos informacionais, energéticos e materiais de um
-dado grupo de afinidade -- isto é, um grupo de pessoas que nutrem afeto umas
-pelas outras em relação a determinadas ou indeterminadas atividades -- que
-operam ao redor de uma dada configuração de autonomia definida pelo próprio
-grupo de afinidade. Por outro lado, é esta autonomia que define o Coletivo
-enquanto um grupo de afinidade por esta delinear a sua atuação:
-
- Coletivo <-------------> Autonomia
- ^ ^
- \ /
- `------> Fluxos <------'
-
-Tudo o que ocorre no Coletivo é um processo. Os processos assumem diversas
-manifestações, mas principalmente são fluxos e registros[4]. Todo o processo é
-um registro e um fluxo. O registro armazena o estado do fluxo, estando
-acessível para qualquer pessoa do Coletivo. Já o fluxo é a produção do processo
-e aquilo que efetua a escrita no registro[5].
-
-Em resumo: tudo no Coletivo é processo/fluxo/registro, sendo essa uma
-conceituação importante para auxiliar no entendimento do que se realiza, do que
-se produz no Coletivo. A mera existência de fluxos não garante ao Coletivo sua
-existência, mudança ou permanência, já que fluxos podem ser disjuntivos,
-dispersivos, explosivos.
-
-A autonomia do Coletivo é sua capacidade de determinar os fluxos que o afetam.
-A autonomia não opera apenas nas relações internas do Coletivo pelo fato deste
-não constituir um sistema fechado/isolado: o Coletivo pode ser entendido como
-um sistema aberto dentro de um sistema aberto mais abrangente que é o próprio
-mundo. Manter sua autonomia, isto é, sua autodeterminação de mudança e
-permanência (do mundo e de Si), é estipular uma relação de abertura e
-fechamento em relação ao mundo.
-
-De modo análogo, as pessoas que fazem parte do Coletivo também tem sua própria
-autonomia de ação. Enquanto integrantes do Coletivo, contudo, as pessoas
-concordam que sua autonomia pessoal não pode ser posta em detrimento da
-autonomia do Coletivo. Enquanto pessoas atuando fora do coletivo, exercem sua
-autonomia individual. Quando atuando como partes do Coletivo, sua autonomia
-enquanto indivíduos é limitada pela autonomia do Coletivo.
-
-Um/a integrante do Coletivo atua dentro dele quando utiliza os recursos e o
-nome do Coletivo. Por outro lado, um/a integrante do Coletivo atua fora dele
-quando não utiliza os recursos ou o nome do Coletivo. Intregrantes do Coletivo
-não realizam ações (dentro ou fora do Coletivo) que, conscientemente, possam
-prejudicar a autonomia do Coletivo.
-
-A autonomia, por ser uma propriedade de autodeterminação, pressupõe, no caso de
-uma associação de pessoas, um processo de tomada de decisões que respeite
-igualmente a autonomia das pessoas enquanto integrantes do Coletivo. Em outras
-palavras, é necessário que exista um processo formal para a operação da
-autonomia do Coletivo.
-
-Além disso, mesmo atuando dentro do Coletivo, a autonomia pessoal não é
-suprimida, apenas diminuída: há uma grande margem entre a autonomia da pessoa e
-a do Coletivo, o que permite que exista, dentro do Coletivo, fluxos que não
-interfiram na autonomia do Coletivo. Em outras palavras, é possível que exista,
-dentro do Coletivo, processos sem forma necessariamente definida e que não
-operem a autonomia do Coletivo, isto é, processos informais.
-
-Os Processos Formais
---------------------
-
-Como dito anteriormente, o Coletivo possui dois tipos essenciais de
-processos/fluxos no que concerne ao uso da autonomia: os formais e os
-informais. Se nos informais não há interferência na autonomia do Coletivo, para
-os formais é preciso não apenas de um processo de tomada de decisão como uma
-garantia que as decisões tomadas sejam realizadas, do contrário a autonomia não
-pode ser exercida.
-
-No Coletivo, tal garantia é obtida pela responsabilização, que é o ato de
-chamar para Si a incumbência por um dado procedimento assim como responder pela
-sua realização total, parcial ou mesmo pela sua não-realização. É através da
-responsabilização que o Coletivo tem garantias mínimas de que o processo será
-realizado.
-
-Em resumo, os processos formais tem as seguintes características:
-
-* Forma necessariamente definida de antemão pelo coletivo E
-* Lidam com a autonomia do coletivo. PORTANTO
-* Precisam ser acompanhados pela responsabilização mínima para o processo não
- falhar por falta de iniciativa
-
-Uma forma de saber saber se um processo deve ser formal ou informal é perguntar
-se o mesmo afeta (mexe com, precida da) ou não a automonia do Coletivo.
-
-Fluxograma de tomada de decisões e responsabilização formal
------------------------------------------------------------
-
-Existem inúmeras maneiras de se estabelecer um procedimento formal. No caso do
-Protocolo de Ação Coletiva, os processos formais do Coletivo são realizados de
-acordo com o seguinte diagrama:
-
- .------------------->-----------------.
- / .----------<--------------<-------. \
- | ' \ \
- | | .------>-----. \ \
- | | | \ \ \
- Proposta -----> Discussão ->--. \ \ \
- | ^ | \ \ \ \
- | | | \ \ \ \
- | `----<-----' | \ \ \
- | | | \ \
- `------>------ Decisão --<--' | \ \
- | | | \ \
- | | | | |
- Atribuição de --<---' '---> Arquivamento --->---' ;
- Responsabilidades ----->-------' ^ \ /
- ^ | ___________/ `---<-----'
- | \ .'
- | `--> Realização -->--.
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- `----<-----' `-----<---'
-
-Todas as etapas de um processo formal apresentam ao menos uma via de entrada e
-outra de saída. Não há começo e nem fim, apenas um processo fluído de
-realização autônoma. Cada etapa é discutida nas sessões a seguir.
-
-Etapa de Proposta
------------------
-
-Esta etapa não é a primeira nem a última, mas foi escolhida como tal nesta
-explicação apenas para facilitar o entendimento dos processos formais. É na
-etapa de proposição que a idéia de um procedimento formal é lançado ao
-Coletivo. A idéia -- ou descrição -- do processo pode vir do Arquivo de
-propostas, de uma Discussão anterior, de um procedimento informal que se julga
-importante formalizar ou mesmo de uma pessoa ou grupo de pessoas de dentro ou
-de fora do Coletivo.
-
-Recomenda-se que a proposta de processo formal seja bem explicada, contenha uma
-sugestão de prazo de decisão e que sugira o ciclo de vida do processo, isto é,
-como, quando e por quanto tempo ele deve ser realizado (se aplicável), assim
-como os critérios e prazo para atribuição de responsabilidade, o seu término
-(se aplicável) e recomendações para situações emergenciais (se aplicável).
-
-Uma vez lançadas, propostas podem ser discutidas, aprovadas ou arquivadas, como
-veremos a seguir.
-
-Etapa de Discussão
-------------------
-
-Após a introdução de uma proposta, a discussão não é estritamente necessária,
-isto é, a Proposta pode seguir diretamente para a Decisão. No entanto, a
-discussão não deixa de ter importância: ela não só ajuda a arquivar as
-propostas que não foram adotadas num dado momento como efetuam as alterações
-desejadas nas propostas antes da tomada de decisão. A discussão é o momento
-para o refinamento das propostas que as pessoas do Coletivo acharem
-interessantes.
-
-Alterações em propostas fazem com que o procedimento formal em questão volte
-para a etapa de Proposta. Propostas que não seguirem para a etapa de Decisão ou
-que não forem alteradas até o prazo proposto devem ser arquivadas.
-
-Propostas que vem de fora do Coletivo e que forem discutidas e alteradas devem
-ser enviadas também para o grupo ou à pessoa de fora do Coletivo responsável
-pela sua introdução, apesar destas pessoas não participarem da discussão
-interna do Coletivo. Se tal pessoa ou grupo concordar com a proposta alterada,
-então o processo formal em questão retorna à etapa de Discussão com a nova
-proposta. Caso contrário, isto é, a pessoa ou grupo de fora do Coletivo não
-concordar com a proposta alterada, então o processo formal em questão é
-arquivado e a pessoa ou grupo devem ser informados do arquivamento (exceto se
-as partes externas apresentarem uma nova alteração à proposta ou mais
-argumentos à discussão).
-
-Etapa de Decisão
-----------------
-
-Como dito anteriormente, a autonomia, por ser uma propriedade de
-autodeterminação, pressupõe, no caso de uma associação de pessoas, um processo
-de tomada de decisões que respeite igualmente a autonomia das pessoas enquanto
-integrantes do Coletivo. No Protocolo de Ação Coletiva, a etapa de Decisão é o
-momento no qual o Coletivo decide se determinada proposta é pertinente ou não,
-isto é, se o Coletivo julga, apóia e concorda com o seu teor ou o contrário.
-
-É importante ressaltar que há uma distinção entre julgar uma proposta
-pertinente ao Coletivo, se responsabilizar por ela e finalmente realizá-la. Na
-etapa de Decisão, apenas o teor da proposta é avaliado. Se o Coletivo aprova
-uma proposta, isso significa que a sua eventual execução será feita em nome do
-Coletivo, mesmo que seu nome não seja levado a público (isto é, para fora do
-Coletivo).
-
-O Protocolo de Ação Coletiva assume o consenso como a forma de tomada de
-decisões. A participação em consenso depende do acesso às informações do
-coletivo; para participar ativamente de uma decisão, é preciso, portanto, estar
-acompanhando as informações referentes à proposta em questão. Se não há
-consenso sobre a aprovação de uma proposta, a mesma permanece bloqueada,
-podendo ter seu prazo estendido.
-
-Se manter em silêncio é considerado como concordância com a proposta em
-questão. O consenso velado, isto é, quando ninguém ou apenas poucas pessoas se
-posicionam em relação a uma proposta de processo formal, não é um problema
-desde que haja pessoas que se responsabilizem pelo andamento do processo
-aprovado; sem pessoas se responsabilizando, o processo é
-arquivado/interrompido/congelado na próxima etapa, de tal modo que o silêncio
-das pessoas não interfere no processo de tomada de decisão.
-
-Quanto aos prazos, recomenda-se que os mesmos sejam estipulados relativamente
-ao tempo que as pessoas ativas no coletivo levam para tomar conhecimento,
-discutir, propor alterações, pedirem eventuais adiamentos, etc, sendo passíveis
-de prorrogação ou antecipação através de um pedido explícito por alguma pessoa
-do Coletivo. No entanto, se não há pedido para alteração de prazo, a data
-inicial da proposta deve ser respeitada. Se não sofrerem objeção, pedidos de
-adiantamento ou adiamento de prazos são automaticamente aceitos. Na medida do
-possíve, prazos razoáveis são recomendados em detrimento de prazos
-emergenciais. É importante manter uma boa temporalidade para a etapa de decisão
-por possibilitar a participação de quem quiser e permitir a apreciação
-cuidadosa das propostas.
-
-Aprovações de propostas que vem de fora do Coletivo ou que tenham como
-participantes grupos ou pessoas de fora do coletivo são comunicadas às
-pessoas/grupos de fora do Coletivo apenas após a atribuição de
-responsabilidades, uma vez que o Coletivo terá responsabilidade sobre a
-realização de uma proposta a partir do momento que informar o ator/a externo da
-decisão da proposta.
-
-Etapa de Atribuição de Responsabilidades
-----------------------------------------
-
-Se a aprovação uma proposta requer a aceitação de todo o Coletivo, a atribuição
-de responsabilidades, por outro lado, tem um caráter distinto: não é preciso
-que todo o Coletivo assuma responsabilidades pela execução de uma proposta, mas
-apenas um determinado número de pessoas do Coletivo é necessário à execução da
-proposta em questão. A etapa de atribuição de responsabilidades é o momento em
-que um grupo de trabalho será formado com a responsabilidade pela realização da
-proposta aprovada.
-
-A atribuição de responsabilidade é uma etapa sensível porque constitui o
-momento onde a garantia de realização do procedimento será dada. Não adianta
-apenas tratar da responsabilização sem tratar da irresponsabilização: essa
-etapa cuida não só do comprometimento de pessoas do Coletivo com relação a um
-dado processo formal mas como também do caso emergencial quando pessoas do
-Coletivo tiverem comportamento irresponsável perante um processo formal. Em
-outras palavras, a etapa de Atribuição de Responsabilidades também deve ser a
-etapa de planejamento de falhas.
-
-A primeira medida para evitar a não-realização do processo formal é a
-minimização dos possíveis pontos de falha, principalmente dos pontos de falha
-singular. Um ponto de falha singular é todo aquele que por si só pode acarretar
-na não realização do processo formal. Um ponto de falha é um ponto de falha
-singular se for o único apoio existente para a realização do processo formal:
-se for removido, o processo não se realiza. Já pontos de falha não-singulares
-são os apoios que, mesmo se removidos, não comprometem a realização do
-processo.
-
-É evidente que se deseja evitar os pontos de falha singulares. Assim, para que
-seja possivel sair da etapa de responsabilizacao para a de realizacão, é
-importante que se estipule o número mínimo de pessoas necessário para que o
-processo seja considerado realizável. Isso depende da tarefa em questão e sua
-especificação é importante para evitar pontos de falha. Assim, por
-responsabilização suficiente se entende o número mínimo de pessoas se
-responsabilizando pelo processo formal para o mesmo ser considerado realizável.
-
-Outra forma de evitar a falha se encontra no detalhamento a respeito da
-responsabilização: a responsabilização não é apenas o comprometimento pelo
-andamento de um dado processo, mas também a responsabilidade de informar com
-antecedência quando não puder mais realizá-lo, assim como auxiliar no processo
-de transição da responsabilidade para outras pessoas, se for o caso.
-
-O não-cumprimento de uma responsabilidade compromete a atribuição de outras
-responsabilidades. Além disso, a atribuição de uma responsabilidade é
-voluntária e deve ser registrada para fins de documentação e para evitar
-mal-entendidos e problemas de comunicação.
-
-A pessoa que se responsabilizar por algum processo formal deve declarar no
-registro do processo formal que:
-
-* Tem conhecimento sobre o procedimento em questão.
-* Irá realizá-lo dentro do prazo estipulado e que manterá o Coletivo informado
- sobre a sua realização.
-* Caso não possa mais arcar com a responsabilidade, avisará o Coletivo com
- antecedência suficiente para que o mesmo possa, dependendo do caso, manter a
- realização do processo, atribuir novas responsabilidades a ele ou então
- simplesmente encerrá-lo e arquivá-lo.
-
-Processos formais que forem aprovados mas que, findo o prazo para a
-responsabilização, não tiverem responsabilização suficiente atribuída, devem
-seguir para o arquivamento, sendo que o desarquivamento de propostas
-anteriormente aprovadas não pode seguir diretamente para a atribuição de
-responsabilidade, mas sim seguir para a etapa de proposição.
-
-Chamaremos aqui de de grupo de trabalho o conjunto/grupo de pessoas envolvidas
-num mesmo processo (formal ou informal). Lembramos, também, que não é um
-requisito para se estar num grupo de trabalho formal a responsabilização pelo
-processo formal em questão: pode-se estar num grupo de trabalho (formal ou
-informal) de modo informal, isto é, sem ter responsabilidade sobre isso
-(bastando para isso participar das discussões ou acompanhar as respectivas
-informações).
-
-A permanência de pessoas no coletivo que não se voluntariam para se
-responsabilizar por algo não é problema, muito pelo contrário: permite que
-pessoas afins permaneçam no coletivo mesmo se não puderem ajudar em processos
-formais, já que há uma diferença entre não-responsabilidade e
-irresponsabilidade. Assim, as pessoas podem permanecer no Coletivo e serem
-ativas de várias maneiras sem precisarem necessariamente se responsabilizar por
-algo.
-
-No caso de propostas que vem de fora do Coletivo ou que tenham como
-participantes grupos ou pessoas de fora do coletivo são comunicadas às
-pessoas/grupos de fora do Coletivo sobre seu estado de !Aprovação/Realização
-apenas após a atribuição de responsabilidade, isto é, ao final desta etapa.
-
-Etapa de Realização
--------------------
-
-Apenas processos formais cuja responsabilização foi atribuída podem partir para
-a etapa de realização. Processos que forem realizados e que não tiverem
-prosseguimento definido são arquivados.
-
-Processos formais que, não tendo sido realizados no prazo comprometido pelo
-grupo das pessoas que se responsabilizado por ele, devem retornar à etapa de
-Atribuição de Responsabilidades. De modo análogo, processos em realização mas
-cujos/as responsáveis não puderem mais realizá-los devem retornar à etapa de
-Atribuição de Responsabilidades caso o número de pessoas responsáveis
-remanescentes não for suficiente para a sua realização.
-
-Etapa de Arquivamento
----------------------
-
-O arquivo, ou banco de propostas, é o local onde ficam armazenadas todas as
-propostas que:
-
-* Não foram aprovadas OU
-* Foram aprovadas mas não foram adotadas responsavelmente OU
-* Foram realizadas e encerradas OU
-* Estavam em realização mas não tem mais o número de pessoas responsáveis
- suficiente, por exemplo: quando ninguém ou apenas um número insuficiente de
- pessoas estiverem cuidando de um dado recurso.
-
-Um processo formal é dito em arquivamento quando uma das condições acima for
-verdadeira para ele. No caso de um processo que estava sendo realizado e
-precisar ser arquivado por falta de pessoas responsáveis por ele, as últimas
-pessoas responsáveis por ele devem realizar o procedimento de encerramento e
-arquivamento.
-
-No caso de propostas que vem de fora do Coletivo ou que tenham como
-participantes grupos ou pessoas de fora do coletivo são comunicadas às
-pessoas/grupos de fora do Coletivo sobre seu estado Recusa/Arquivamento apenas
-nesta etapa.
-
-Observações sobre Processos Formais
------------------------------------
-
-Em resumo, o processo formal necessita que haja proposta, decisão e
-responsabilização antes da realização de uma atividade.
-
-É importante ressaltar que o objetivo destes princípios é favorecer o trabalho
-coletivo e otimizar a busca dos compromissos que o grupo de afinidade pode
-adquirir coletivamente. Pelo fluxograma de procedimentos formais, vemos que
-qualquer processo formal que não estiver na responsabilidade de alguém (ou de
-um grupo de trabalho) será automaticamente arquivado/congelado.
-
-Esta é provavelmente a propriedade emergente mais importante desse sistema: a
-etapa de responsabilização atua como um filtro de propostas aprovadas de tal
-forma que apenas o que passar por ela pode ser realizado. A etapa de
-responsabilização introduz uma limitação necessária no processo, o que se
-compatibiliza com a limitação real de atuação do grupo. O processo como um todo
-atua no sentido de encontrar com eficiência as atividades que o Coletivo pode e
-quer realizar.
-
-Um caso degenerado seria um grupo que adote este processo mas que, composto por
-pessoas verborrágicas porém preguiçosas, decidisse fazer tudo mas não se
-responsabilizar por nada, de modo que o processo formal opera como um detector
-de índole e proporciona ao grupo encontrar o que realmente quer fazer: apenas
-discutir.
-
-Indo pela situação oposta, outro grupo que adote este processo mas que, por não
-discutir nada também não decide nada e, consequentemente, não precisa se
-responsabilizar por nada e também não realiza nada. Neste caso o processo
-também auxiliou o grupo a realizar as atividades a que estiver inclinado.
-
-Mesmo em grupos que estão entre esses pólos de atuação, o processo formal
-favorece a triagem das propostas que podem serem postas em prática. Muitas
-vezes as propostas partem de pessoas (ou grupos dentro do Coletivo) que já
-estão predispostas a realizá-las. Noutras, porém, a proposta surge de pessoas
-que não estão inclinadas a realizá-la mas julgam a realização, por parte do
-Coletivo, muito pertinente. Em ambos os casos, se a tomada de decisão avalia se
-a proposta é pertinente e aparentemente viável, a etapa de responsabilização
-dirá se o coletivo possui meios de arcar com sua realização.
-
-Sob o aspecto do registro, cada processo formal pode ser entendido como uma
-instância de uma máquina de estado finito. Seu fluxograma apresenta
-características interessantes: o barramento de arquivamento é full-duplex e que
-existe uma configuração rotacional ao redor da discussão e da realização. Já o
-arquivamento possui basicamente convergências e divergências.
-
-O processo formal é uma maquinação, um processo de desenvolvimento de um
-software social. Ele não impõe regras sobre o teor das propostas (que inclusive
-podem propor a mudança ou abolição do fluxograma), mas apenas regras mínimas
-sobre o próprio andamento do coletivo. No entanto, os próprios princípios de
-organização coletiva compõem um processo formal cuja responsabilidade é de todo
-o coletivo. Consequentemente, ele mesmo passa pelos procedimentos de
-aprovação/execução/responsabilização previstos nele mesmo (bootstrapping e
-recursividade).
-
-Os Processos Informais
-----------------------
-
-Os processos informais do Coletivo são os fluxos que não interferem na sua
-autonomia. Eles apresentam propriedades notáveis para a emergência de padrões,
-para a experimentação, para a auto-organização e para o combate à apatia e ao
-gerenciamento centralizado.
-
-Nos coletivos onde se reconhece apenas a existência de processos formais, está
-subentendido que toda a ação coletiva deve passar pela instância de tomada de
-decisões. Nesse tipo de coletivo, nada se realiza explicitamente sem uma
-decisão central, mantendo-se assim uma cultura de gerenciamento onde a
-iniciativa pessoal ou de um pequeno grupo apenas tem espaço no processo de
-tomada de decisão oficial. Mesmo através do conhecimento empírico é possível
-mostrar que tal modelo muitas vezes afasta a participação e a iniciativa
-pessoal, além de gerar ruído desnecessário na instância formal de decisão por
-ter de decidir a respeito de todos os assuntos e ações pertinentes ao grupo.
-
-Por exemplo: muitas vezes constitui um esforço desnecessário para submeter à
-decisão do Coletivo qual é a melhor data para se realizar uma reunião onde nada
-será decidido pelo Coletivo. Pode ser até mais complicado logisticamente de se
-discutir esse tipo de coisa na instância formal de decisão quando um processo
-informal pode endereçar isso facilmente.
-
-Por isso que, em fluxos que sejam possíveis de serem realizados sem interferir
-na autonomia do Coletivo que o Protocolo de Ação Coletiva incentiva que estes
-sejam processos informais. Como processos formais, pela própria definição, não
-tem forma definida de antemão pelo processo de decisão do Coletivo, eles não
-precisam ser propostos e nem decididos, mas podem ser simplesmente realizados
-desde se constituam como processos, isto é, sejam fluxos e registros (conforme
-nossa definição inicial de um processo). Sendo também registros, os processos
-informais em planejamento ou realização tem sua informação disponibilizada para
-todas as pessoas do Coletivo, sendo então sua existência um convite à
-participação. Por exemplo, procedimentos informais podem começar com um
-informe, convite ou como uma proposta (mas não confundir com uma proposta
-formal).
-
-Em resumo, os processos informais tem as seguintes características:
-
-* Forma não necessariamente definida de antemão E
-* Não afetam a autonomia do coletivo. PORTANTO
-* Não precisam necessariamente estar atrelados à responsabilidade de alguém
- (isto é, a não-realização de um processo informal não afeta a autonomia do
- Coletivo).
-
-Trocando em miúdos, os processos informais não necessariamente tem um protocolo
-previamente definido, ou seja, negociado de antemão: sua negociação pode ser
-dar também durante sua realização. Por outro lado, devido à não necessidade de
-responsabilização, os processos informais não tem garantias formais de
-execução.
-
-Cabe ressaltar que processos informais, mesmo não tendo forma previamente
-definida, ainda são processos. Atividades sem informação disponibilizada no
-Coletivo não pode ser considerada como processos (formais ou informais) do
-Coletivo porque não dispõem de igualdade de acesso à informação, requisito para
-a possibilidade de participação (isonomia informacional). A falta de forma
-previamente definida não deve ser confundida com falta de forma (aformalidade):
-nos processos informais, a forma está contida no próprio processo informal (in
-forma) e não em princípios de organização externos (como no caso dos processos
-formais, onde sua forma geral é definida de antemão e externamente ao
-processo).
-
-Certamente há uma vasta gama (talvez a maior parte) das atividades realizadas
-que fogem dessa conceituação de processo, isto é, podem até serem processos
-físicos, mentais, etc, mas pela falta delas figurarem no fluxo de informação do
-Coletivo elas não podem ser consideradas como processos protocolares no sentido
-dado pelo Protocolo de Ação Coletiva, mas apenas processos aformais. Para
-ganhar em termos de organização, o Protocolo de Organização Coletiva restringe
-a denomiação de processo apenas às atividades que integram o fluxo
-informacional do Coletivo (processos do Coletivo são aqueles que foram
-coletivizados).
-
-Formalização e informalização
------------------------------
-
-Processos formais e informais são diferenciações que nos ajudam a agir conforme
-a necessidade. Se é preciso voar, experimentar, atuar favorecendo-se com as
-relações sociais e culturais que são naturais sem interferir na autonomia do
-Coletivo, os processos informais permitem que se proceda sem regras dadas de
-antemão. Caso precisemos agir com coesão, com firmeza e favorecendo uma
-coletividade forte (isto é, usando a autonomia do Coletivo), o Protocolo de
-Ação Coletiva encoraja o uso de processos formais.
-
-Os processos formais possuem um andamento mais rígido quando é preciso um
-acordo comum para pessoas agirem conjuntamente sem que precisem abrir mão das
-suas diversidades, das suas diferenças, das suas particularidades, das suas
-culturas. Da mesma forma, as pessoas do Coletivo podem precisar dos processos
-informais se acreditarem ser importante uma ação coletiva que utilize
-exatamente dessas diversidades e diferenças.
-
-Modos formais e informais permanecem distintos em princípio mas, com o tempo,
-também é possível formalizar um processo informal (via consenso e atribuindo
-responsabilidade ao mesmo) ou, por outro lado, transformar um processo formal
-em informal (via consenso e retirando responsabilidade, mas retirando
-igualmente a dependência do coletivo a esse procedimento, isto é, a autonomia
-do coletivo deve se tornar independente do processo que estiver se
-informalizando).
-
-Se o processo formal de tomada de decisões pode ser entendido como um protocolo
-que mantém a coesão do coletivo ao redor de sua autonomia (espaço comum,
-central), os procedimentos informais podem ser entendidos como protocolos
-distribuídos, maleáveis, que se reordenam durante sua existência com uma
-flexibilidade maior do que os processos formais. Alguns processos informais
-podem até ter o caráter experimentalista de descobrir próximas ações que, de
-tão importantes que podem se tornar, se transformem em processos formais.
-
-Fluxo informacional
--------------------
-
-Estes princípios apenas funcionam se há acesso disponível às informações por
-todas as pessoas que fazem parte do Coletivo (acesso não significa obrigação
-por acompanhar todas as informações que trafegam pelo Coletivo, mas sim
-possibilidade de acompanhamento arbitrário das mesmas). Sendo assim, é
-importante que existam instâncias de tráfego informacional (instâncias
-processuais) que facilitem o acompanhamento dos processos coletivos (tanto
-formais quanto informais) e que satisfaçam requisitos de privacidade e
-segurança que garantam a autonomia do Coletivo.
-
-Convém distinguir três possíveis instâncias informacionais:
-
-* Instâncias informais, que são aquelas utilizadas para o fluxo informacional
- de processos informais.
-* Instâncias formalizadoras, que são as instâncias utilizadas para formalizar
- procedimentos.
-* Instâncias maleáveis, que podem ser utilizadas para agregar informações de
- processos formais e informais.
-
-Notar que essas distinções não são estritamente excludentes: uma instância pode
-ser utilizada simultaneamente para comunicação informal, para formalizações e
-para agregar informações diversas. Por exemplo, um modo mais simples de lidar
-com as instâncias seja considerar todas as instâncias de comunicação como
-informais ''a priori'' (isto é, se nada mais for dito a respeito da forma de
-cada uma delas) e estabelecer alguns critérios pelos quais determinadas
-instâncias assumem o papel de formalizadoras e/ou maleáveis.
-
-Alem disso, requisições e comunicações ao coletivo (internas ou externas) devem
-ser feitas ao coletivo e não individualmente (isto é, fora da base pessoal),
-tanto para não sobrecarregar pessoas quanto para:
-
-* Manter a informação disponível ao coletivo.
-* Incentivar uma interação coletiva.
-
-Autonomia do Coletivo
----------------------
-
-O Protocolo de Ação Coletiva define uma autonomia básica para o Coletivo. A
-autonomia básica do Coletivo, isto é, a autonomia mínima que garante a sua
-existência de acordo com estes princípios, é a posse de canais de comunicação
-privados e seguros que permitam a existência dos registros de processos
-coletivos (formais ou informais). Sem esses canais, a autonomia básica do
-Coletivo é seriamente abalada, assim como a aplicação destes princípios. Toda
-autonomia adicional do Coletivo (isto é, que não for a autonomia básica) deve
-ser definida através de processos formais.
-
-Todo o processo formal em realização requer uma autonomia (um poder) em geral
-além da autonomia básica (por exemplo, um recurso necessário para a realização
-do processo). Por isso, ao realizar um processo formal, o grupo de trabalho em
-questão é responsável por manter a autonomia requerida. Portanto, os aumentos e
-diminuições da autonomia do Coletivo apenas ocorrem através de processos
-formais.
-
-O Protocolo de Ação Coletiva reconhece, também, que mesmo um coletivo autônomo
-também possui relações de dependência e trocas com o ambiente externo e que
-esse é um fator importante de interferência na autonomia do Coletivo. O
-Coletivo não produz tudo o que necessita para Si: certos fluxos são
-externalizados (outsourcing, terceirização) de e para o ambiente.
-
-Tal visão de autonomia, inclusive, é compatível e satisfaz os seguintes
-Princípios das mídias e grupos livres do Encontro: Cultura Livre e
-Capitalismo[6], uma vez que a autonomia do Coletivo emana de si enquanto
-organização dinâmica:
-
- 0. Sobre a mobilidade dos princípios: Todos os princípios podem ser a qualquer
- momento modificados ou abandonados desde que não sejam mais a expressão
- imanente das relações que se constituem através das ações coletivas.
-
- 1. Sobre a autonomia: grupos e mídias livres renunciam e se recusam a recorrer a
- qualquer entidade política que não a si próprias para constituir sua legalidade
- e sua normatividade, por acreditar que a sua única fonte legítima é sua
- emergencia a partir dos laços de confiança e solidarieade entre participantes e
- de cada participante com os coletivos por eles constituídos.
-
- 6. Sobre a gestão: As mídias e os grupos livres usam e desenvolvem
- sistematicamente mecanismos de gestão anti-hierárquicos e baseados na geração
- de consensos a partir da argumentação pública; ou seja, rejeitam (ou evitam ao
- máximo), como práticas de organização: a representação política e a votação
- plebiscitária. A divisão funcional é adotada com ponderação, sob avaliação
- coletiva e de maneira ocasional.
-
-Atividade Coletiva Complexa
----------------------------
-
-O Protocolo de Ação Coletiva serve para facilitar as atividades do Coletivo,
-combatem a apatia e o espetáculo (no sentido das pessoas se portarem como
-espectadoras, pessoas gerenciadas que permanecem em estado de espera, letárgico
-e apático), o ruído existente nas instâncias de tomada de decisão, a
-dificuldade de acompanhamento dos processos no coletivo e a preenchem a
-necessidade por processos realmente coletivos em andamento (e não apenas as
-iniciativas pessoais).
-
-Os processos formais encorajam um trabalho coletivo firme enquanto que os
-informais encorajam comportamentos pessoais protagonistas que realizem
-discussões e também encontros descompromissados. O Processo de Ação Coletiva
-também ressalta a importância de se utilizar os recursos de comunicação
-coletiva de modo a minimizar o ruído pois isso facilita o acompanhamento dos
-processos.
-
-Quanto ao seu funcionamento, uma analogia interessante pode ser feita com um
-sistema operacional multi-usuário/a, uma vez que o Protocolo de Ação Coletiva
-utiliza o conceito de processo e permite que muitos processos existam
-paralelamente, os quais podem serem até organizados em árvores, de acordo com
-suas semelhanças e/ou dependências.
-
-Memética da auto-organização
-----------------------------
-
-O Protocolo de Ação Coletiva é um fruto da cultura e do choque cultural do
-grupo de afinidade no qual ele se originou. Quando esses princípios de
-organização adentram o plano da cultura das pessoas do Coletivo, isto é, são
-praticados com naturalidade e desenvoltura, então temos uma mudança profunda no
-modo de agir coletivamente. Tal dinâmica pode se suceder indefinidamente
-conforme os princípios antigos se tornam obsoletos.
-
-Como exemplo, deixamos um modelo comportamental possível dentro dos Protocolo
-de Ação Coletiva. Nesse esquema mental, qualquer pessoa do Coletivo pode
-participar nas suas três instâncias informacionais:
-
-* Nas reuniões informais, participando de discussões, bate-papo
- descompromissado, elaboração de propostas de decisão e ação.
-* Na instância maleável, com a elaboração de relatos, propostas e documentação diversa.
-* Na instância formalizadora, participando das tomadas de decisão.
-
-Ou seja:
-
-* Instância informal: reuniões presenciais ou remotas de caráter mais
- descomprometido e facilitador da troca de idéia.
-* Instância formalizadora: utilização prioritariamente para os ritos de
- formalização de processos ou em casos emergenciais.
-* Meio de campo: instância maleável, diminuidora de ruído, podendo ser usada ao
- máximo para economizar a largura de banda da instância formalizadora.
-
-Esse esquema mental, aliado à distinção entre processos formais e informais,
-sugere um modelo pessoal de entendimento e participação no processo coletivo,
-onde a pessoa pode determinar a melhor maneira de se comunicar e submeter
-propostas, idéias e relatos sem que suas mensagens façam parte de um ruído
-(isto é, excesso de mensagens enviadas aos canais de comunicação) ou caiam num
-processo de formalização muito burocrático sem necessidade.
-
-Com relação às reuniões informais, não há problema de autonomia se as pessoas
-combinarem previamente, avisarem ao Coletivo e depois acrescentarem relatos nos
-canais de comunicação coletivos, já que numa reunião informal nada pode ser
-decidido pelo Coletivo. Inclusive, as reuniões informais, se feitas dessa
-forma, evitam o problema de gastarmos semanas tentando encaixar na agenda de
-todo mundo uma reunião onde no fim das contas aparecem poucas pessoas. Desse
-modo, quando alguém quiser ou sentir que uma reunião é necessária, basta
-combinar com outras pessoas interessadas, comunicar ao Coletivo lista e pronto
-:)
-
-Tal modelo de comportamento, desde que respeite a presente carta de princípios,
-nem precisa ser aprovado pelo coletivo, pois é um modelo de entendimento e
-relacionamento pessoal de como as coisas podem fluir e como processos
-interessantes podem emergir, lembrando que emergência pode ser entendida como
-pequenas regras (ou modelos, esquemas) de comportamento que cada pessoa mantém
-e aplica.
-
-Por fim, a questão da apatia versus o protagonismo. Tal modelo de
-relacionamento proposto só funciona de modo saudável se todas as pessoas forem
-protagonistas, deixando sua apatia e sua preguiça de lado. Caso contrário, ela
-levará a um gerenciamento centralizado nas poucas pessoas que forem ativas.
-Sentiu que uma troca de idéias deve ser feita? Vá, faça, se possível informe a
-lista com antecedência e depois adicione o conteúdo nos canais de comunicação
-coletivos.
-
-Quem não tem iniciativa está destinado/a a ser gerenciado/a e governado/a.
-
-Limitações
-----------
-
-Mesmo que estes princípios sejam úteis e desejáveis para o Coletivo, convém
-reconhecermos suas limitações. Tais princípios assumem que o Coletivo é um
-grupo de afinidade e por isso ele pode enfrentar problemas e necessitar
-modificações se for adotado por grupos onde não haja afinidade, principalmente
-porque sua capacidade de resolução de disputas e conflitos é limitada. O
-circuito de um processo formal também pode ser usado para criar loops e os
-princípios não prevêem em si regras para lidar com o ruído. Talvez eles também
-precisem de adaptações para funcionarem como desejado em grupos muito grandes,
-principalmente porque processos que demandem um fluxo de informação muito
-intenso (por exemplo, propostas grandes) tendem a demandar mais tempo para
-discussão, decisão, etc.
-
-O Protocolo de Ação Coletiva também não dá (e talvez nem devesse mesmo)
-fundamento para lidar com desconexões (saída de pessoas do grupo de afinidade)
-ou rachaduras no grupo. O grande obstáculo para lidar com rachaduras de forma
-transparente é a questão do nome e da aparência pública do Coletivo, o que
-talvez só possa ser resolvido num coletivo com espaço de nomes múltiplo. Como,
-no entanto, o Protocolo de Ação Coletiva não foi criado para lidar exatamente
-com desconexões e rachaduras, esses fluxos disjuntivos foram deixados de lado,
-ao menos temporariamente.
-
-Algo mais deve ser lembrado: estes princípios não definem os objetivos do
-Coletivo e nem garantem que atividades sejam realizadas. Esta declaração de
-princípios apenas diz como a energia pode ser gasta no Coletivo, isto é, dado
-um potencial, um desejo de agir, como a energia pode fluir dentro do Coletivo.
-O propósito, a vontade e o potencial de agir são sempre externos aos princípios
-de organização coletiva e ao Protocolo de Ação Coletiva.
-
-Em direção a muitos protocolos de rede
---------------------------------------
-
-A organização parece uma necessidade, algo crucial[7], ao passo que parece
-inesgotável a quantidade de formas de organização possíveis. Em outras
-palavras, se a organização é importante, os modos de se obtê-la podem não ser
-tão óbvios.
-
-A questão mais geral de como um grupo de pessoas pode se organizar melhor para
-atender seus objetivos e lidar com os problemas que surgem pela própria
-organização pode nos levar inclusive a uma análise um pouco mais profunda da
-natureza não apenas do Protocolo de Ação Coletiva apresentado como de todo um
-conjunto de protocolos que satisfaçam uma dada coletividade.
-
-Historicamente, dentre as formas de organização igualitárias e de democracia
-direta, destacam-se as federações, inventadas pelos movimentos sociais nos
-últimos séculos e redes abertas, formas recentes criadas nos últimos anos com o
-adventos das modernas técnicas de comunicação e com novos desafios para
-organização encontrados pelos movimentos.
-
-Muitas vezes federações e redes abertas são colocadas em polos opostos dadas
-suas diferenças muitas vezes irreconciliáveis. Se é difícil dar um nome à
-relação entre essas duas formas de organização, por outro lado elas não parecem
-ser exatamente opostas, mas dialógicas. Algo que talvez possa generalizar tal
-relação seja a noção de protocolo. Protocolos não apenas lidam com o fluxo de
-informação, matéria e energia entre nós/grupos de uma rede, mas também podem
-lidar com o processo de conexão e desconexão.
-
-O modelo federativo auxilia muito no processo de decisão e responsabilização,
-enquanto que o modelo das redes abertas impulsiona a emergência de padrões
-complexos. Enquanto é mais difícil observar emergências em federações do que em
-redes abertas, o oposto ocorre quando se tenta tomar uma decisão. Uma rede
-aberta dificilmente realiza uma decisão que não faça parte do seu protocolo.
-
-Portanto, federações tendem a ser uma melhor opção nos momentos em que
-seus/suas participantes precisam decidir sobre o uso e o acesso a um bem ou
-recurso rival, isto é, quando há uma necessidade de dirigir um bem
-rival/excludente a um dado uso. Por outro lado, redes abertas existem
-usualmente em locais onde pessoas e grupos lidam basicamente com bens
-não-rivais (principalmente informação).
-
-Consideremos, ao invés dos conceitos de federação e redes abertas, conceitos
-como formalidade, informalidade e protocol. Um procotolo seria um conjunto de
-regras (definidas ou indefinidas) usadas para dar topologia (forma) a uma rede,
-lidando com suas conexões, desconexões, fluxo informacional, tomada de decisão,
-etc.
-
-A formalidade e a informalidade concernem ao conjunto de regras predefinidas
-num dado protocolo: no caso de uma rede aberta, regras usualmente não existem a
-priori e emergem as poucos num modo informal conforme o protocolo é atualizado
-dinamicamente, enquanto que federações tipicamente começam com um conjunto de
-regras acordadas de antemão.
-
-Como regras acordadas antes da instanciação de uma regra representam um
-entendimento comum das possibilidades e autonomia de casa uma das partes
-envolvidas no acordo, elas são mais propícias para lidarem com ben/recursos
-rivais/exclusionários. Mas, por precederam a atual experiência da rede, elas
-podem carecer de características necessárias para lidam com padrões emergentes
-de organização, especialmente à manipulação de bens não-rivais, algo muito bem
-obtido com processos informais.
-
-Muitos grupos são complexos o suficiente para lidaram tanto com bens e recursos
-rivais quanto não-rivais mas também com questões importantes como segurança,
-privacidade e confiança. Por isso, provavelmente muitos grupos precisarão de
-protocolos híbridos que lidem ao mesmo tempo com a formalidade e a
-informalidade.
-
-Ter um processo não significa ter um monte de regras desnecessárias, mas sim um
-pequeno conjunto de regras (um protocolo) para lidar com um processo de tomada
-de decisão acerca de bens e recursos rivais, com a segurança e a privacidade,
-podendo deixar os bens não-rivais se formarem de acordo com a experiência.
-
-Para criar protocolos sociais, portanto, as seguintes perguntas podem ser de
-grande valia:
-
-1. Quais são os bens e recursos rivais a serem compartilhados pelo grupo?
-2. Quais são os requisitos de segurança, privacidade e confiança no grupo?
-3. Quais são os requisitos de administração da informação (canais de
- comunicação e documentação)?
-
-Respostas práticas a essas questões permitem o esboço de um protocolo (ou
-conjunto de protocolos):
-
-1. Para a questão 1, o protocolo pode se dirigir ao processo de tomada de
- decisões.
-2. Para a questão 2, o protocolo pode estabelecer um esquema de controle de
- acesso à informação.
-3. Para a questão 3, o protocolo pode sugerir um fluxo informacional padrão que
- auxilie na comunicação, na documentação (memória) e eventualmente até nos
- critérios de distribuição de informação para entidades externas (licenciamento
- de conteúdo).
-
-Protocolos híbridos, além de serem compatíveis simultaneamente com processos
-formais e informais, são também propícios para se fazer um bom uso de recursos
-limitados (trabalho, energia, matéria, etc. Bons protocolos híbridos fazem um
-balanço entre formalidade (um conjunto excessivo de regras tende a ser
-burocrático) e informalidade e auxiliam aos grupos acumularem mais excedente
-com menos trabalho.
-
-Além disso, pode ser conveniente balizar a criação de protocolos levando em
-conta o princípio do não-preconcebimento, que afirma que ''nada que foi
-explicitamente informado ou acordado deve ser considerado ou assumido''. Por
-exemplo se alguém não informou que está realizando uma dada atividade, então
-não há condições suficientes para se considerar que essa pessoa a está
-realizando.
-
-Ou seja, a iniciativa só deve ser considerada se houver disponibilidade de
-informação. Até pode acontecer que alguém que não informou que esteja
-trabalhando na verdade esteja, mas pela inexistência dessa informação não
-podemos nos arriscar a considerá-lo.
-
-A urgência e a emergência da organização
-----------------------------------------
-
-Um dado "nível" de organização/acumulação permite inclusive tornar situações
-antes emergenciais em procedimentos bem estabelecidos. Por isso, um grupo que
-se dedica à sua organização terá um ganho futuro de lidar melhor com situações
-que hoje são urgentes. Se o grupo apenas se dedicar a apagar o fogo, a resolver
-emergências/urgências, não terá tempo para mudar e melhorar sua organização.
-Certamente o mundo apresenta uma série de situações emergenciais. A urgência
-permeia a existência.
-
-Não é possível não se omitir em todas as lutas, em todas as frentes, em todas
-as tarefas. Há uma rivalidade de atuação porque os grupos não são ilimitados. A
-energia das sociedades humanas não escala indefinidamente, ao menos atualmente,
-apesar de ser possível para um grupo ao menos apoiar -- nem que seja uma
-declaração de apoio -- múltiplas causas, mas escolhas precisam ser feitas.
-
-Por isso, é importante para um grupo dividir bem sua dedicação, seu tempo e seu
-esforço não apenas para todas as emergências, mas também para a sua
-organização. Às vezes é preciso dar um basta à resolução de emergências e
-dedicar um pouco do tempo à organização. Ao se organizar mais, a resolução de
-algumas emergências podem se tornar tarefas mais fácil.
-
-Referências
------------
-
-* [1] Licença de Manipulação de Informações do Grupo Saravá: http://wiki.sarava.org/Main/Licenca
-* [2] Protocolo de Ação Coletiva, http://protocolos.sarava.org/trac/wiki/Organizacao
-* [3] A tirania das organizações sem estrutura: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2001/07/3257.shtml
-* [4] O registro também pode ser entendido tanto como memória coletiva como superfície de inscrição do corpo coletivo. O registro é a memória da autogestão coletiva.
-* [5] Existiriam paralelos ou mesmo identidades com os conceitos de máquinas desejantes, fluxo de produção, superfície de inscrição e corpo sem órgãos? Estaria então o desarranjo também inserido nesse princípio de funcionamento? Deixamos estas questões em aberto.
-* [6] Os princípios das mídias e grupos livres - http://encontro.sarava.org/Principal/ConjuntoDePrincipiosEticos.
-* [7] Veja, por exemplo, o texto A Organização II - Errico Malatesta - 11 de julho de 1897, http://nucleos-fasp.blogspot.com/2008/08/organizao-ii-errico-malatesta-11-de.html
diff --git a/social/coletivo/misc.md b/social/coletivo/misc.md
deleted file mode 100644
index 7a2264c..0000000
--- a/social/coletivo/misc.md
+++ /dev/null
@@ -1,9 +0,0 @@
-# Misc
-
-```eval_rst
-.. toctree::
- :maxdepth: 1
- :glob:
-
- misc/*
-```
diff --git a/social/coletivo/misc/ata.md b/social/coletivo/misc/ata.md
deleted file mode 100644
index 667a34f..0000000
--- a/social/coletivo/misc/ata.md
+++ /dev/null
@@ -1,22 +0,0 @@
-# Ata de reunião
-
-# Reunião de ../../....
-
- * Horário: ..:..
- * Local: ... (Cidade).
- * Caráter: ...
- * Presentes: ...
-
-# Ata
-
-## Informes
-
-...
-
-## Próximas reuniões
-
-...
-
-## Outras questões
-
-...
diff --git a/social/coletivo/misc/atualizacao.md b/social/coletivo/misc/atualizacao.md
deleted file mode 100644
index 78a3463..0000000
--- a/social/coletivo/misc/atualizacao.md
+++ /dev/null
@@ -1,32 +0,0 @@
-# Atualização de processo
-
-O presente processo efetua a atualização do seguinte processo:
-
- * `$processo`
-
-O novo texto para o processo é o seguinte:
-
- $novo_texto
-
-Condições de atualização
-------------------------
-
-* O processo só pode ser atualizado se as pessoas responsabilizadas pelo mesmo
- concordarem explicitamente com isso. Caso elas não concordem este processo
- deve ser arquivado.
-* No ticket do processo deve haver uma menção à atualização efetuada e com
- referência ao processo que o alterou.
-
-Responsabilização
------------------
-
-As pessoas responsáveis pelo presente processo devem efetivar a atualização do
-processo de acordo com as condições mencionadas anteriormente.
-
-Sobre este texto
-----------------
-
-O texto deste processo foi redigido utilizando o [Template para Atualização de
-Processo](/organizacao/misc/atualizacao). No caso de alterações que não dizem
-respeito apenas ao Grupo e que possam enriquecer tal template, favor
-submetê-las também upstream, isto é, ao texto do template.
diff --git a/social/coletivo/misc/autorizacao.md b/social/coletivo/misc/autorizacao.md
deleted file mode 100644
index 33cf236..0000000
--- a/social/coletivo/misc/autorizacao.md
+++ /dev/null
@@ -1,34 +0,0 @@
-# Template para Autorização de Uso de Conteúdo
-
-Por este processo, `$entidade` fica autorizada a utilizar os seguintes conteúdos do Coletivo:
-
-1. `$conteudo`
-
-Com as seguintes permissões:
-
-1. Distribuição do conteúdo nos seguintes meios:
- a. Digital.
- b. Impresso.
- c. Audiovisual.
-2. Alteração do conteúdo mediante inclusão de nota descrevendo as mudanças efetuadas.
-3. Vigente para versões anteriores e futuras do conteúdo.
-
-Com as seguintes restrições:
-
-1. Impedido o uso comercial ou fins lucrativos.
-2. A preservação da licença original do conteúdo.
-3. Uso restrito apenas para a publicação intitulada `$publicacao`.
-4. A validade desta permissão é de `$validade`, podendo ou não ser renovada.
-
-# Dependências
-
-A realização deste processo depende da realização dos seguintes processos:
-
-* [Licenciamento de informações](/organizacao/license).
-
-# Sobre este texto
-
-O texto deste processo foi redigido utilizando o [Template para Autorização de
-Uso de Conteúdo/organizacao/misc/autorizacao]. No caso de alterações que não
-dizem respeito apenas ao Grupo e que possam enriquecer tal template, favor
-submetê-las também upstream, isto é, ao texto do template.
diff --git a/social/coletivo/misc/debate.md b/social/coletivo/misc/debate.md
deleted file mode 100644
index 59f414c..0000000
--- a/social/coletivo/misc/debate.md
+++ /dev/null
@@ -1,33 +0,0 @@
-# Debate
-
-Realização de um debate no `$local` ou em outro lugar conveniente (mas não pago
-e nem corporativo), eventualmente em parceria com o `$grupo`, de um debate
-sobre `$tema`. O evento seria oficialmente organizado pelo Coletivo e talvez
-pelo `$grupo` (caso topem) e portanto se trata de um processo formal.
-
-Tal evento é politicamente interessante ao Coletivo ao marcar presença no
-`$local`, além de preencher uma lacuna pela falta de debates sobre o assunto.
-
-As tarefas envolvidas são:
-
-* Marcar uma boa data.
-* Reservar o `$local` ou local apropriado, juntamente equipamento necessário.
-* Convidar palestrantes que entendam do assunto e possuam visão crítica.
-* Fazer, imprimir e afixar cartazes em locais chaves.
-* Divulgação pela internet e eventualmente pelo Portal do Coletivo.
-* Realizar o debate, fazendo a mediação se necessário.
-
-Observações:
-
-* O debate não terá o apoio de organizações corporativas ou estatais e não
- contará com financiamento.
-* As pessoas do Coletivo que estiverem presentes na mesa não falarão em nome do
- Coletivo.
-
-Sobre este texto
-----------------
-
-O texto deste processo foi redigido utilizando o [Template para
-Debate](/organizacao/misc/debate). No caso de alterações que não dizem respeito
-apenas ao Grupo e que possam enriquecer tal template, favor submetê-las também
-upstream, isto é, ao texto do template.
diff --git a/social/coletivo/misc/grupos.md b/social/coletivo/misc/grupos.md
deleted file mode 100644
index 6546851..0000000
--- a/social/coletivo/misc/grupos.md
+++ /dev/null
@@ -1,92 +0,0 @@
-# Participação no $grupo
-
-Este processo estabelece a participação do Coletivo no $grupo, doravante
-mencionado neste texto tanto como $grupo ou simplesmente como '''Grupo'''.
-
-# Descrição do Grupo
-
-A descrever.
-
-# Informações de contato e comunicação
-
-A descrever.
-
-# Critérios de privacidade e segurança do Grupo
-
-A descrever.
-
-# Descrição das tarefas relacionadas
-
-Considerando que:
-
-1. Não se pode assumir que todas as pessoas do Coletivo estejam participando
- ativamente do Grupo e que
-2. O Coletivo precisa discutir, propor e emitir posições acerca de questões relativas ao Grupo.
-
-As tarefas para a participação no Grupo consistem em:
-
-1. Levar do Grupo para o Coletivo as questões a serem discutidas, decididas
- e/ou que sejam de interesse do Coletivo ou de pessoas do Coletivo, documentando
- na medida do possível os processos relacionados nas instâncias e seções
- correpondentes do Coletivo usadas para tais fins.
-
-2. Levar do Coletivo para o Grupo as propostas, discussões, sugestões e
- posicionamentos que partirem do Coletivo e cujo envio estiver aprovado,
- documentando na medida do possível os processos relacionados nas instâncias e
- seções correpondentes do Grupo usadas para tais fins.
-
-3. Providenciar ao Coletivo ou à pessoas do Coletivo informações disponíveis no
- Grupo mediante requisição da parte interessada.
-
-# Responsabilização
-
-Em todos os casos, as pessoas responsabilizadas:
-
-1. Se comunicarão do Grupo para o Coletivo (e vice-versa) observando os
- critérios de privacidade segurança do Coletivo e do Grupo.
-
-2. Informarão explicitamente, caso estejam repassando informações que o
- Coletivo envia para o Grupo, que tais informações representam uma comunicação
- oficial e formal do Coletivo. Nos demais casos, recomenda-se que as pessoas
- responsáveis informem explicitamente que estão se comunicando informalmente
- e/ou que a comunicação não representa a posição do Coletivo.
-
-3. Realizarão, na medida do possível, a tradução de comunicação de e para o
- português, nos casos em que a mesma precise ser realizada noutro idioma.
-
-Cabe ainda observar que:
-
-1. As pessoas responsáveis por tal comunicação entre o Coletivo e o Grupo são
- denominadas de ''[http://en.wikipedia.org/wiki/Liaison liaisons]'' entre o
- Coletivo e o Grupo, podendo atuar também como
- ''[http://en.wikipedia.org/wiki/Proxy proxies]'' para pessoas do Coletivo, isto
- é, enviar informações para o Grupo oriundas de pessoas do Coletivo que não
- queiram se identificar.
-
-2. Cabe aos/às ''liaisons'' dividirem entre si se organizarem para dividir as
- tarefas relativas ao acompanhamento e repasse de informações do Coletivo para o
- Grupo e vice-versa.
-
-3. Oas/as '''liasons''' respeitarão e observarão os critérios, regras e
- sugestões de conduta, comunicação e etiqueta tanto do Grupo quando do Coletivo.
-
-# Compartilhamento de informações
-
-Caso o Grupo mantenha comunicações em outros idiomas que não o português, é
-possível ainda compartilhar informações sobre o Grupo que não sejam
-específicas/internas do Coletivo entre outros grupos lusófonos/brasileiros que
-também estão no Grupo, desde que isso seja feito atendendo os critérios de
-segurança e privacidade do Grupo e do Coletivo.
-
-Além disso, tal repasse de informações:
-
-1. Não é de responsabilidade dos/as ''liaisons''.
-2. Precisa de autorização do Coletivo.
-
-# Sobre este texto
-
-O texto deste processo foi redigido utilizando o
-[wiki:PageTemplates/ParticipacaoEmGruposExternos Template para Participação em
-Grupos Externos]. No caso de alterações que não dizem respeito apenas ao Grupo
-e que possam enriquecer tal template, favor submetê-las também ''upstream'',
-isto é, ao texto do template.
diff --git a/social/coletivo/misc/rollcall.md b/social/coletivo/misc/rollcall.md
deleted file mode 100644
index 209d775..0000000
--- a/social/coletivo/misc/rollcall.md
+++ /dev/null
@@ -1,25 +0,0 @@
-# Rodada de Chamadas
-
-A Rodada de Chamadas, também conhecida como
-[http://en.wikipedia.org/wiki/Roll_call roll call], é um procedimento utilizado
-para saber quem ainda participa de um grupo. Em cada rodada, das pessoas
-ausentes nas atividades do Coletivo, apenas aquelas que responderem permanecem
-no grupo conforme o [Processo de participação no
-Coletivo](/organizacao/coletiva/participacao).
-
-# Chamado
-
-As pessoas envolvidas no Coletivo que estiverem ausentes das atividades do
-Coletivo tem o período entre o início e o término da realização do processo
-para se pronunciarem a respeito da sua permanência no Coletivo, caso contrário
-estarão passíveis de retirada do Coletivo.
-
-Esta também pode ser considerada como uma oportunidade para as pessoas
-apresentarem suas atividades e seus anseios. :)
-
-# Sobre este texto
-
-O texto deste processo foi redigido utilizando o [Template para Rodada de
-Chamadas](/organizacao/misc/rollcall). No caso de alterações que não dizem
-respeito apenas ao Grupo e que possam enriquecer tal template, favor
-submetê-las também upstream, isto é, ao texto do template.
diff --git a/social/coletivo/organizacao.md b/social/coletivo/organizacao.md
deleted file mode 100644
index 5efaf54..0000000
--- a/social/coletivo/organizacao.md
+++ /dev/null
@@ -1,198 +0,0 @@
-# Protocolo de Ação Coletiva
-
-Possíveis interpretações sobre o significado e o efeito deste protocolo se
-encontram [aqui](/organizacao/coletiva/interpretacoes).
-
-* Versão: 1.0.
-* Licença: LIMICS[1].
-* Protocolos apresentados neste projeto podem ser aplicados através do esquema
- de "processos formais" definidos neste documento, o que inclui até mesmo o
- presente protocolo.
-
-Processos e autonomia
----------------------
-
-Tudo o que ocorre no Coletivo é um processo. Os processos assumem diversas
-manifestações, mas principalmente são fluxos e registros desses fluxos
-(memória/informação).
-
-Existem dois tipos de processos:
-
-* Processos formais
- * Forma necessariamente definida de antemão via consenso do coletivo E
- * Lidam com a autonomia do coletivo. PORTANTO
- * Precisam ser acompanhados pela responsabilização mínima para o processo não
- falhar por falta de iniciativa
-
-* Processos informais
- * Forma não necessariamente definida de antemão E
- * Não afetam a autonomia do coletivo. PORTANTO
- * Não precisam necessariamente estar atrelados à responsabilidade de alguém
- (isto é, a não-realização de um processo informal não afeta a autonomia do
- Coletivo)
-
-Atividades sem informação disponibilizada no Coletivo não podem ser
-consideradas como processos (formais ou informais) do Coletivo porque não
-dispõem de igualdade de acesso à informação, requisito para a possibilidade de
-participação (isonomia informacional).
-
-A autonomia básica do Coletivo, isto é, a autonomia mínima que garante a sua
-existência de acordo com este protocolo, é a posse de canais (instâncias) de
-comunicação privados e seguros que permitam a existência dos registros de
-processos coletivos (formais ou informais). Sem esses canais, a autonomia
-básica do Coletivo é seriamente abalada, assim como a aplicação deste
-protocolo. Toda autonomia adicional do Coletivo (isto é, que não for a
-autonomia básica) deve ser definida através de processos formais.
-
-Um/a integrante do Coletivo atua dentro dele quando utiliza os recursos e o
-nome do Coletivo. Por outro lado, um/a integrante do Coletivo atua fora dele
-quando não utiliza os recursos ou o nome do Coletivo. Intregrantes do Coletivo
-não realizam ações (dentro ou fora do Coletivo) que, conscientemente, possam
-prejudicar a autonomia do Coletivo.
-
-Processos Formais
------------------
-
-Os processos formais possuem as etapas e os andamentos de acordo com o
-fluxograma a seguir:
-
- .------------------->-----------------.
- / .----------<--------------<-------. \
- | ' \ \
- | | .------>-----. \ \
- | | | \ \ \
- Proposta -----> Discussão ->--. \ \ \
- | ^ | \ \ \ \
- | | | \ \ \ \
- | `----<-----' | \ \ \
- | | | \ \
- `------>------ Decisão --<--' | \ \
- | | | \ \
- | | | | |
- Atribuição de --<---' '---> Arquivamento --->---' ;
- Responsabilidades ----->-------' ^ \ /
- ^ | ___________/ `---<-----'
- | \ .'
- | `--> Realização -->--.
- | | | \
- | | | /
- `----<-----' `-----<---'
-
-* Proposta: etapa na qual a idéia de um procedimento formal é lançado ao
- Coletivo. A idéia -- ou descrição -- do processo pode vir do Arquivo de
- propostas, de uma Discussão anterior, de um procedimento informal que se
- julga importante formalizar ou mesmo de uma pessoa ou grupo de pessoas de
- dentro ou de fora do Coletivo. Recomenda-se que ela seja bem explicada e
- contenha: sugestão de prazo de decisão, ciclo de vida do processo, critérios
- e prazo para atribuição de responsabilidade assim como recomendações para
- situações emergenciais (quando aplicável).
-
-* Discussão:
- * Não é uma etapa estritamente necessária, mas não deixa de ter importância.
- * Alterações em propostas fazem com que o procedimento formal em questão
- volte para a etapa de Proposta. Propostas que não seguirem para a etapa de
- Decisão ou que não forem alteradas até o prazo proposto devem ser
- arquivadas.
- * Propostas que vem de fora do Coletivo ou que tenham como participantes
- grupos ou pessoas de fora do coletivo e que forem discutidas e alteradas
- devem ser enviadas também para o grupo ou à pessoa de fora do Coletivo
- responsável pela sua introdução, apesar destas pessoas não participarem
- da discussão interna do Coletivo. Se tal pessoa ou grupo concordar com a
- proposta alterada, então o processo formal em questão retorna à etapa de
- Discussão com a nova proposta. Caso contrário, isto é, a pessoa ou grupo
- de fora do Coletivo não concordar com a proposta alterada, então o
- processo formal em questão é arquivado (exceto se as partes externas
- apresentarem uma nova alteração à proposta ou mais argumentos à
- discussão).
-
-* Decisão:
- * Via consenso e a participação ativa depende do acompanhamento das
- informações do Coletivo requeridas pela proposta em questão.
- * Se não há consenso sobre a aprovação de uma proposta, a mesma permanece
- bloqueada, podendo ter seu prazo estendido.
- * São considerados dois caminhos possíveis para a tomada de decisão caso
- haja silêncio. Cada uma delas tem vantagens e desvantagens e pode depender
- do contexto do Coletivo. Recomenda-se que a opção escolhida seja pactuada
- explicitamente por todas e todos participantes logo na adoção deste Protocolo:
- * Opção 1: "quem cala não consente", isto é, aprovação somente com
- consenso explícito não-silencioso; neste caso, é considerado por
- padrão que ninguém topa participar ou concorda com a proposta.
- * Opção 2: manter-se em silêncio é considerado como concordância com a
- proposta em questão.
- * Prazo: recomenda-se que os mesmos sejam estipulados relativamente ao
- tempo que as pessoas ativas no coletivo tomarem conhecimento, discutir,
- propor alterações, pedirem eventuais adiamentos, etc, sendo passíveis de
- prorrogação ou antecipação através de um pedido explícito por alguma
- pessoa do Coletivo. No entanto, se não há pedido para alteração de prazo,
- a data inicial da proposta deve ser respeitada.
- * Aprovações de propostas que vem de fora do Coletivo ou que tenham como
- participantes grupos ou pessoas de fora do coletivo são comunicadas às
- pessoas/grupos de fora do Coletivo apenas após a atribuição de
- responsabilidades.
-
-* Atribuição de Responsabilidades:
- * Minimização de pontos de falha.
- * Responsabilização voluntária, mas que exige envio de termo de
- comprometimento/responsabilização afirmando que:
- * Tem conhecimento sobre o procedimento em questão.
- * Irá realizá-lo dentro do prazo estipulado, que manterá o Coletivo
- informado sobre a sua realização.
- * Caso não possa mais arcar com a responsabilidade, avisará o Coletivo
- com antecedência suficiente para que o mesmo possa, dependendo do
- caso, manter a realização do processo, atribuir novas
- responsabilidades a ele ou então simplesmente encerrá-lo e
- arquivá-lo.
- * O não-cumprimento de uma responsabilidade compromete a atribuição de
- outras responsabilidades. Além disso, a atribuição de uma
- responsabilidade é voluntária e deve ser feita por escrito para fins de
- documentação e para evitar mal-entendidos e problemas de comunicação.
- * Processos formais que forem aprovados mas que, findo o prazo para a
- responsabilização, não tiverem responsabilização suficiente atribuída,
- devem seguir para o arquivamento, sendo que o desarquivamento de
- propostas anteriormente aprovadas não pode seguir diretamente para a
- atribuição de responsabilidade, mas sim seguir para a etapa de
- proposição.
- * No caso de propostas que vem de fora do Coletivo ou que tenham como
- participantes grupos ou pessoas de fora do coletivo são comunicadas às
- pessoas/grupos de fora do Coletivo sobre seu estado de
- Aprovação/Realização apenas após a atribuição de responsabilidade, isto
- é, ao final desta etapa.
-
-* Realização:
- * Apenas processos formais cuja responsabilização foi atribuída podem partir
- para a etapa de realização. Processos que forem realizados e que não
- tiverem prosseguimento definido são arquivados.
- * Processos formais que, não tendo sido realizados no prazo comprometido pelo
- grupo das pessoas que se responsabilizaram por ele, devem retornar à etapa
- de Atribuição de Responsabilidades. De modo análogo, processos em
- realização mas cujos/as responsáveis não puderem mais realizá-los devem
- retornar à etapa de Atribuição de Responsabilidades caso o número de
- pessoas responsáveis remanescentes não for suficiente para a sua
- realização.
-
-* Arquivamento:
- * Propostas que:
- * Foram aprovadas mas não foram adotadas responsavelmente OU
- * Foram realizadas e encerradas OU
- * Estavam em realização mas não tem mais o número de pessoas
- responsáveis suficiente, por exemplo: quando ninguém ou apenas um
- número insuficiente de pessoas estiverem cuidando de um dado recurso.
- * No caso de um processo que estava sendo realizado e precisar ser
- arquivado por falta de pessoas responsáveis por ele, as últimas pessoas
- responsáveis por ele devem realizar o procedimento de encerramento e
- arquivamento.
- * No caso de propostas que vem de fora do Coletivo ou que tenham como
- participantes grupos ou pessoas de fora do coletivo são comunicadas às
- pessoas/grupos de fora do Coletivo sobre seu estado Recusa/Arquivamento
- apenas nesta etapa.
-
-## Dependências entre processos
-
-1. Processos formais que explícita ou implicitamente dependam de outros
- processos formais podem ter vínculo de dependência estabelecido.
-2. Processos formais em realização cujas dependências se encontrarem arquivadas
- são passíveis de arquivamento.
-
-## Referências
-
-* [1] Licença de Manipulação de Informações do Grupo Saravá - http://sarava.fluxo.info/Main/Licenca
diff --git a/social/coletivo/participacao.md b/social/coletivo/participacao.md
deleted file mode 100644
index b4846a2..0000000
--- a/social/coletivo/participacao.md
+++ /dev/null
@@ -1,105 +0,0 @@
-# Participação de pessoas no Coletivo
-
-O presente processo trata da Entrada e saída de pessoas no Coletivo,
-estabelecendo assim a participação de pessoas no Coletivo no nível 3 de
-[ACL](/coletivo/comunicacao/acl).
-
-Participação de pessoas
------------------------
-
-A participação de cada pessoa no nível 3 de ACL deve ser dar através de um processo formal, onde:
-
-1. Nas etapas de proposta e discussão da participação deve ocorrer a
- aproximação da pessoa com o Coletivo.
-2. A etapa de realização do processo está dividida nas seguintes fases:
- a. Entrada tipo "trainee".
- b. Participação efetiva.
- c. Saída/afastamento, quando o processo de participação da pessoa no nível
- ACL 3 é arquivado, podendo ser desarquivado no futuro.
-
-Aproximação com o Coletivo
---------------------------
-
-Nesta etapa, a pessoa e o Coletivo procuram se aproximar e se conhecer e ambos
-avaliam a vontade de prosseguir com a participação.
-
-Entrada de treinamento
-----------------------
-
-Caso haja prosseguimento do processo, a pessoa passa por um período de
-experiência e treinamento, onde:
-
-1. Toma conhecimento do funcionamento e das atividades do Coletivo.
-2. É auxiliada por alguma pessoa do Coletivo que se voluntaria de guia.
-3. Aprende a utilizar os instrumentos técnológicos básicos do Coletivo.
-
-Mas que:
-
-1. Não tem acesso a chaves, senhas ou contas em camadas do Coletivo.
-
-Antes de entrar no período de participação, a pessoa precisa concordar
-explicitamente que respeitará:
-
-1. Os processos do Coletivo.
-2. O sigilo e a privacidade do Coletivo, mesmo no caso de deixar de participar
- do mesmo.
-
-A fase de treinamento se encerra quando a pessoa sentir que já pode participar
-efetivamente do Coletivo.
-
-Participação efetiva
---------------------
-
-Após passar pelo período de treinamento, a pessoa se integrará efetivamente no
-Coletivo, podendo assumir responsabilidades e ter acesso a todas as camadas e
-interfaces do Coletivo.
-
-Para que continue com tal participação, um mínimo de comprometimento é
-necessário
-
-1. Ter ciência do que aconteceu nos últimos tempos dentro do Coletivo.
-2. Participar de alguma forma nas discussões do Coletivo.
-3. Caso não possa arcar com 1 ou 2, deve ao menos responder nos processos de
- [roll call](/organizacao/misc/rollcall).
-
-Critérios de segurança
-----------------------
-
-Levando em conta que o Coletivo abriga informações de muita gente, é importante
-que exista um nível de segurança mais alto do que a média):
-
-1. Ter a pasta pessoal e área de troca (swap) criptografadas.
-2. Utilizar senhas seguras.
-3. Utilizar criptografia GPG.
-4. Verificar fingerprints em servidores, etc.
-5. Demais [recomendações](/organizacao/comunicacao/infosec).
-
-Privacidade
------------
-
-É uma escolha de cada participante se manter como membro privado ou mencionar
-que faz parte do Coletivo, seja publicamente ou em círculos restritos.
-
-Congelamento e término de participação
---------------------------------------
-
-Nos casos de problemas pessoais, o Coletivo pode, mediante processo formal,
-congelar temporariamente a participação de alguma pessoa no Coletivo.
-
-No caso de congelamento ou término de participação, a pessoa perde os acessos
-às camadas e interface de ACL 3 do Coletivo.
-
-Responsabilização
------------------
-
-O Grupo de Trabalho formado pelas pessoas responsáveis pelo presente processo
-fica encarregado de zelar pela aplicabilidade do presente processo e de
-certificar que os acessos às interfaces e camadas das pessoas que se desligarem
-ou se afastarem do Coletivo sejam removidos.
-
-Retroatividade
---------------
-
-O presente processo é retroativo, isto é, mesmo quem já participa do Coletivo
-antes da vigência do processo precisa passar por ele, por uma questão de
-isonomia.
diff --git a/social/coletivo/responsabilizacao.md b/social/coletivo/responsabilizacao.md
deleted file mode 100644
index 168b9b5..0000000
--- a/social/coletivo/responsabilizacao.md
+++ /dev/null
@@ -1,15 +0,0 @@
-# Termo de responsabilização
-
- Me compromento a me responsabilizar pela realização da tarefa/processo X
- de acordo com os termos indicados na descrição da tarefa/processo e
- mantendo o coletivo informado do seu andamento.
-
- Caso não possa mais manter minha responsabilização, me comprometo a
- informar o coletivo com antecedência.
-
- No caso do encerramento da minha responsabilização acarretar numa
- responsabilidade mínima menor do que aquela especificada pela tarefa/processo,
- me comprometo também e a passá-la para frente ou, na ausência de pessoas
- que componham a responsabilidade mínima, me comprometo a arquivar a
- tarefa/processo, levando em conta os procedimentos específicos para
- o caso.
diff --git a/social/etica.md b/social/etica.md
deleted file mode 100644
index 79b1759..0000000
--- a/social/etica.md
+++ /dev/null
@@ -1,155 +0,0 @@
-# Conjunto de Princípios Éticos
-
-Baseado nos [princípios das mídias e grupos livres](https://encontro.fluxo.info/Principal/ConjuntoDePrincipiosEticos).
-
-0. Sobre a mobilidade dos princípios: Todos os princípios podem ser a qualquer
-momento modificados ou abandonados desde que não sejam mais a expressão
-imanente das relações que se constituem através das ações coletivas.
-
-1. Sobre a autonomia: grupos e mídias livres renunciam e se recusam a recorrer
-a qualquer entidade política que não a si próprias para constituir sua
-legalidade e sua normatividade, por acreditar que a sua única fonte legítima é
-sua emergencia a partir dos laços de confiança e solidarieade entre
-participantes e de cada participante com os coletivos por eles constituídos.
-
-2. Sobre a apropriação pública: As mídias e os grupos livres defendem e
-promovem a apropriação pública dos meios de produção (rejeita a sua apropriação
-privada) e, em específico dos meios de produção de bens simbólicos e culturais
-e aos produtos do trabalho intelectual e imaterial.
-
-3. Sobre o licenciamento: As mídias e os grupos livres usam licenciamento
-livre, apoiam explicitamente os novos direitos autorais e consideram
-especialmente inaceitável a apropriação privada do trabalho intelectual /
-imaterial. aqui, bem que podia aparecer alguma vinculação das licenças com
-propostas de escambo, economia solidária, moeadas locais, permacultura,
-comércio justo... tipo: inventar uma licença que permitisse a circulação em
-sistemas de mercado não-capitalistas. Talvez, exigindo para isso o
-consentimento (tácito?) dos envolvidos
-
-4. Sobre o acesso público: As mídias e os grupos livres criam plataformas de
-comunicação mediática e espaços simbólicos de acesso público em que se rejeita
-absolutamente a monopolização vertical da produção mediática; embora
-estabeleçam princípios éticos e políticos para o acesso aos suportes, não há
-controle sobre a produção de "conteúdo", permitindo que uma pluralidade de
-organizações possam se utilizar dos mesmos canais de comunicação.
-
-5. Sobre a diversidade: As mídias e os grupos livres visam aumentar a
-diversidade dos pontos de vista e estimular o debate argumentativo, recusa
-apoiar práticas da política institucional e veda o proselitismo religioso,
-político-institucional e/ou propaganda comercial.
-
-6. Sobre a gestão: As mídias e os grupos livres usam e desenvolvem
-sistematicamente mecanismos de gestão anti-hierárquicos e baseados na geração
-de consensos a partir da argumentação pública; ou seja, rejeitam (ou evitam ao
-máximo), como práticas de organização: a representação política e a votação
-plebiscitária. A divisão funcional é adotada com ponderação, sob avaliação
-coletiva e de maneira ocasional.
-
-7. Sobre as invenções: As mídias e os grupos livres propiciam e estimulam a
-invenção estética, tecnológica e política, na medida em que tomam a organização
-social, a cultura e o corpo como realidades dignas de serem transformados e
-aperfeiçoados. Nesse sentido, as mídias e os grupos livres defendem a liberdade
-de conhecimento e de acesso a ele; para contribuir com a concretização destas
-liberdades, as mídias e os grupos livres incentivam o uso de softwares livres e
-a publicação em formatos livres (.ogg para áudio, .png para imagens, etc.) e
-em, caso isso não seja possível, em formatos proprietários mas que sejam
-públicos (.rtf e .pdf para textos, .mpg para vídeos, etc.). As mídias e os
-grupos livres não incentivam o uso de formatos proprietários (.doc para texto,
-.ppt para apresentação de slides, etc.).
-
-8. Sobre as pesquisas e as metodologias: As mídias e os grupos livres promovem
-a pesquisa, o desenvolvimento e pratica de metodologias para a apropriação dos
-recursos de comunicação pelos públicos, através do que buscam transformar em
-práticas cotidianas dos cidadãos a produção de comunicação mediática e o seu
-uso público político.
-
-9. Sobre a expansão e a organização em redes: A lógica de expansão das mídias e
-grupos livres segue a de formação dos rizomas (e não da árvores): formam novas
-organizações quando o contingente de participantes aumenta, adensam as
-interconexões (comunicação lateral) entre as organizações e evitam que
-indivíduos e grupos de influência se coloquem no lugar de intermediários
-políticos.
-
-10. Sobre doações: Se recebem dinheiro, o fazem apenas como doação, ou seja:
-qualquer apoiador deve saber que seus recursos não serão empregados senão para
-os fins estritos de criação de espaços comunicativos livres, sendo vedadas as
-práticas de mercantismo cultural, social ou político. Tais doações são aceitas
-apenas se anônimas (isto é, não publicizadas). Dinheiro governamental ou
-empresarial não é aceito.
-
-11. Sobre auto-sustentabilidade: As mídias e grupos livres estimulam a geraçãoo
-de mecanismos de autosustentabilidade (ou "autodependência") local e
-comunitária. Exemplos: venda de camisetas, comidas, rifas, organização de
-festas, mostra de videos, etc. Tratam-se de atividades criadas e organizadas
-para estimular a vivência em coletivo e a escapar das práticas capitalistas. É
-recomendável que, dentro dos grupos e entre eles, exista uma socialização dos
-recursos e que os individuos também adotem essa prática, compartilhando
-recursos pessoais com o coletivo, para criar ambientes de solidariedade
-comunitária, onde ninguém seja excluído por falta de recursos.
-
-12. Sobre a gestão financeira: Para garantir essas condições de financiamento,
-toda a gestão financeira das mídias e grupos livres é publica: tanto as
-informações contábeis quanto a participação nas decisões são acessíveis às
-pessoas concernidas nas ações desta organização.
-
-13. Sobre a privacidade: As mídias e os grupos livres defendem a
-inviolabilidade da intimidade e a privacidade do indivíduo, especialmente
-contra sua exploração capitalista, por meio de dispositivos de identificação de
-padrões comportamentais. No caso da implementação de sistemas emergentes de
-identificação de padrões de uso nas plataformas das mídias e grupos livres,
-todos os concernidos têm pleno acesso ao seu funcionamento e os podem alterar
-sempre que desejarem (através de processos de formação argumentativa de
-consensos, vide acima).
-
-14. Sobre a espetacularização: As mídias e os grupos livres não se utilizam da
-espetacularização ou maravilhização. Quer dizer, realmente estamos precisados
-de conceituar e expressar verbalmente o que estamos tomando sob
-"espetacularização" e "maravilhização": quase a totalidade dos grupos de hoje
-trabalham demais com a espetacularização: as ações que escolhem são as mais
-espetacularizadas possíveis (tanto é que não vemos os grupos trabalharem com a
-mesma intensidade em coisas de base ou em estrutura), eles tem uma preocupação
-imensa em mostrar o que estão fazendo, em trabalhar com mídia, etc. Isso deve
-ser uma herança da dita mídia tática e de mais um monte de coisa e acho que
-deveriam ser analisados, tem que ter uma crítica. Porque às vezes os logotipos
-parecem surgir antes mesmo das ações.
-
-15. Sobre uma sociedade livre: As mídias e os grupos livres comprometem-se com
-o projeto de construção de uma sociedade livre, igualitária e com respeito ao
-meio ambiente.
-
-16. Sobre a garantia de expressão: As mídias e os grupos livres trabalham no
-sentido de garantir um espaço para que qualquer pessoa, grupo (de afinidade
-política, de ação direta, de artivismo) e movimento social - que estejam em
-sintonia com esses objetivos - possam publicar sua própria versão dos fatos.
-
-17. Sobre a distinção entre produtor/a e consumidor/a: As mídias e os grupos
-livres trabalham no sentido de romper o papel de espectador(a) passivo/a e
-transformando a prática midiática ao romper com a mediação do/a jornalista
-profissional e com a interferência de editores/as no conteúdo das matérias.
-
-18. Sobre a transformação da sociedade: As mídias e os grupos livres favorecem
-conteúdos informacionais sobre transformação social ou que retratem as
-realidades dos/as oprimidos/as ou as lutas dos novos movimentos. Sobre a
-união: As mídias e os grupos livres trabalham no sentido de unir esforços para
-uma real democratização da sociedade, primando sempre por privilegiar a
-perspectiva dos/as oprimidos/as. Em função disso, esperamos uma atitude
-construtiva e tolerante entre os/as participantes do sítio; afinal, queremos
-juntar forças, não lutar entre nós.
-
-19. Sobre a intolerância: As mídias e os grupos livres lutam contra o racismo,
-o sexismo e outros tipos de intolerância.
-
-20. Sobre a remuneração pelo trabalho: As mídias e os grupos livres funcionam
-exclusivamente a partir de trabalho voluntário.
-
-21. Sobre a capitalização sobre trabalho: As mídias e os grupos livres não
-devem permitir que seus voluntários/as capitalizem em cima do seu trabalho
-voluntário, seja adicionando tal trabalho em seu currículo ou seja por obter
-benesses através do uso do nome do grupo ou da mídia livre.
-
-## Outros códigos de conduta
-
-* [Debian Social Contract, Version 1.0](https://www.debian.org/social_contract.1.0).
-* Projeto Tor:
- * [Our Social Contract](https://gitweb.torproject.org/community/policies.git/tree/social_contract.txt).
- * [Our Statement of Values](https://gitweb.torproject.org/community/policies.git/tree/statement_of_values.txt).
diff --git a/social/muamba.md b/social/muamba.md
deleted file mode 100644
index 007c6b7..0000000
--- a/social/muamba.md
+++ /dev/null
@@ -1,87 +0,0 @@
-# Clube da Muamba
-
-```eval_rst
-.. toctree::
- :maxdepth: 1
- :glob:
-
- muamba/*
-```
-
-Sabe aquela festa de rua que não acontece porque falta o gerador de energia,
-aquele filme que não é feito porque não há câmera ou aquela rádio que não
-transmite por falta de transmissor? E aquele panfleto que não é impresso porque
-ninguém tem acesso a uma máquina de Xerox ou aquele passeio que não é feito por
-falta de bicicletas?
-
-É muito frustante não conseguir fazer algo por falta de recursos. Mais
-frustrante ainda é saber que em geral muito desses recursos são possuídos por
-alguém conhecido ou, alternativamente, poderiam sê-lo caso se soubesse da
-necessidade do seu uso. Mesmo que alguém compre uma mesa de som para dar uma
-festa, essa pessoa não a usará necessariamente todos os dias, e isso vale para
-muitos dos nossos objetos pessoais: máquinas fotográficas, microfones, rádios,
-etc, nem tudo isso é usado por nós o tempo todo, mas no entanto há um forte
-apelo do mercado para que cada um de nós tenha um exemplar de cada um dos
-milhares de produtos da indústria de massa.
-
-O Clube da Muamba é uma iniciativa cultural de pensar novas formas de economia
-que não se baseiam no valor de troca, mas no valor de uso não-rival de objetos
-físicos. Para montar um clube da muamba, basta juntar seus/as amigas/os e
-colocar na roda o que cada pessoa quer compartilhar.
-
-Como funciona?
---------------
-
-Existem mil maneiras de fazer um Clube da Muamba, cabendo a cada grupo inventar
-e/ou adaptar a sua e portanto aqui deixamos apenas sugestões de como fazer o
-seu. O Clube da Muamba não é um grupo fixo ou organização institucional, mas
-uma idéia para que existam muitos Clubes da Muamba e para que a prática de
-empréstimos de equipamentos e recursos inativos se torne parte da cultura comum
-das pessoas ao ponto de ser desempenhado com naturalidade.
-
-Basta reunir um grupo de pessoas, amigos/as ou voluntários/as que esteja
-disposto a compartilhar recursos (materiais ou não), sejam livros,
-eletroeletrônicos, máquinário pesado, veículos de transporte, etc. Cada pessoa
-ou subgrupo de pessoas do clube pode então tanto compartilhar objetos que já
-possuem como juntar recursos para adquirir (conjuntamente ou não) outros bens
-para serem disponibilizados coletivamente.
-
-Logística
----------
-
-Nossa idéia é que não haja gerência cuidando dos empréstimos ou do contato
-entre as pessoas, mas sim que a logística se realize através de autogestão
-distribuída: cada pessoa ou grupo de pessoas que for dono de um dado recurso
-adiciona essa informação numa tabela, juntamente com informações adicionais
-sobre o recurso e disponibilidade de empréstimo. Assim, a pessoa ou grupo de
-pessoas que necessitar de um dado recurso disponível precisa apenas entrar em
-contato com os/as donos do recurso.
-
-Vaquinha contínua
------------------
-
-A vaquinha perpétua é uma forma de aquisição constante, permanente ou variável
-de equipamentos: um grupo de pessoas mantém um fundo coletivo que é gasto em
-bens diversos conforme a necessidade de incluí-los no Clube.
-
-Projetos similares
-------------------
-
-* [Vizinhocas](https://github.com/coolmeia/vizinhocas).
-* [NeighborGoods](http://neighborgoods.net).
-
-Conservação de equipamentos
----------------------------
-
-De preferência:
-
-* Mantenha ferramentas e equipamentos sempre prontos para o uso!
-* Para não perder equipamentos ou ter dificuldades em encontrá-los, mantenha-os
- sempre num mesmo local.
-
-Centro de Estocagem de Bugigangas
----------------------------------
-
-O que fazer com o monte de coisas acumuladas? Um Centro de Estocagem coletivo
-numa vizinhança pode dar conta de aproveitar melhor as coisas que não temos um
-uso imediato.
diff --git a/social/muamba/clube.md b/social/muamba/clube.md
deleted file mode 100644
index 7d72e90..0000000
--- a/social/muamba/clube.md
+++ /dev/null
@@ -1,89 +0,0 @@
-# Clube da Muamba $nome
-
-O Clube da Muamba $nome pode ser composto por pessoas que fazem parte de uma
-mesma vizinhança. Para saber a respeito da disponibilidade e viabilidade do
-empréstimo de um dos recursos listados, entre em contato com o/a dono/a ou
-zelador/a e eventualmente também com quem está atualmente com ele.
-
-Por uma questão de logística, as muambas podem estar separadas por região, o
-que não impede de uma pessoa de outra região pedir algo emprestado que esteja
-em outra, desde que consiga resolver o problema do transporte :)
-
-Lista de Muambas
-----------------
-
-| Equipamento | Detalhes | Disponibilidade | Dono/a ou Zelador/a | Com quem está atualmente |
-|------------------------|----------|-----------------|---------------------|--------------------------|
-| Exemplo de equipamento | troca | Total | email@de.contato | email@de.contato |
-
-Viajantes
----------
-
-Esta seção existe para permitir que pessoas que viajarão de um local para outro
-possam trazer muambas para outras pessoas e grupos (serviço voluntário de mula
-:P). Recomenda-se dar preferência para trazer muambas a grupos ou objetos que
-constarão no clube da muamba e deixar muambas para uso exclusivamente pessoal
-com menor prioridade (mas que nem por isso sejam desencorajados os traslados de
-muambas pessoais.
-
-| Viajante | Local de origem | Local de destino | Data de partida | Data de chegada (ou retorno) | Observações |
-|----------|-----------------|------------------|-----------------|------------------------------|-------------|
-| - | - | - | - | - | - |
-
-Lista de Reparos
-----------------
-
-Nesta tabela as pessoas e/ou grupos podem colocar os bens que, por motivos de
-força maior, poderiam mas não estão no Clube se estivessem em condições de uso.
-Também aqueles que são inviáveis para o dono consertar mas de conserto
-vantajoso para terceiros! :)
-
-| Recurso | Detalhes | O que precisa(ou gostaria) | Possibilidade de vaquinha |
-|---------|----------|----------------------------|---------------------------|
-| - | - | - | - |
-
-Lista de Livros
----------------
-
-Aqui ficam listados os livros, revistas, etc que estão na roda, formando assim
-nossa biblioteca distribuída e autogestionada :)
-
-| Livro | Autor | Disponibilidade | Dono/a ou Zelador/a | Com quem está atualmente |
-|-------|-------|-----------------|---------------------|--------------------------|
-| - | - | - | - | - |
-
-Lista de Filmes
----------------
-
-Esta é uma lista experimental onde ficam listados os filmes que estão na roda,
-formando assim nossa videoteca distribuída e autogestionada. Adicione apenas
-filmes em '''cópias físicas removíveis''' (DVDs, VHS, VCD), já que estamos
-fomentando o empréstimo de bens físicos. Ou seja: se você tiver uma lista
-imensa de filmes no seu disco, opte por utilizar um sistema de compartilhamento
-P2P para aliviar o volume desta lista.
-
-| Filme | Áudio/Legenda | Mídia | Disponibilidade | Dono/a ou Zelador/a | Com quem está atualmente |
-|-------|---------------|-------|-----------------|---------------------|--------------------------|
-| - | - | - | - | - | - |
-
-Lista de Vontades
------------------
-
-Nesta tabela as pessoas e/ou grupos podem colocar os bens que gostariam que
-estivessem no Clube.
-
-| Recurso | Detalhes | Quem gostaria ou precisa | Possibilidade de vaquinha |
-|---------|----------|--------------------------|---------------------------|
-| - | - | - | - |
-
-Lista de Reparos
-----------------
-
-Nesta tabela as pessoas e/ou grupos podem colocar os bens que, por motivos de
-força maior, poderiam mas não estão no Clube se estivessem em condições de uso.
-Também aqueles que são inviáveis para o dono consertar mas de conserto
-vantajoso para terceiros! :)
-
-| Recurso | Detalhes | O que precisa(ou gostaria) | Possibilidade de vaquinha |
-|---------|----------|----------------------------|---------------------------|
-| - | - | - | - |
diff --git a/social/muamba/emprestimos.md b/social/muamba/emprestimos.md
deleted file mode 100644
index c4cc8fa..0000000
--- a/social/muamba/emprestimos.md
+++ /dev/null
@@ -1,19 +0,0 @@
-# Termo de empréstimo
-
-Plano Básico
-------------
-
-Adoro emprestar minhas coisas! Empresto a muamba que você me pediu desde que:
-
- - Você devolva conforme nosso combinado :)
- - Caso haja alguma quebra ou perda da muamba, você se compromete a ressarcir o prejú.
- - Se eu precisar dela antes do nosso combinado, você topa devolvê-la.
-
-Planos específicos
-------------------
-
-* Coisas frágeis (discos de vinil): como cuidar.
-* Como proceder em casos de quebras:
-* Peças substituíveis.
-* Peças insubstituíveis.
-* Entrega e devolução.
diff --git a/social/rede.md b/social/rede.md
deleted file mode 100644
index 551eefb..0000000
--- a/social/rede.md
+++ /dev/null
@@ -1,82 +0,0 @@
-# Princípios e processo da rede $rede
-
-Originalmente [Princípios e processo da rede `$rede`](https://rectech.sarava.org/publico/processo).
-
-Sobre
------
-
-A rede `$rede` é um fórum de coletivos técnicos anticapitalistas, antifascistas,
-antisexistas, antihomofóbicos e antiracistas e que rejeitam qualquer forma
-de dominação e discriminação social.
-
-O objetivo do fórum é possibilitar o intercâmbio, a ajuda mútua e a cooperação
-entre os coletivos participantes e também uma interface pública de debates.
-
-Assim, `$rede` não é um coletivo mas sim uma rede.
-
-Como funciona
--------------
-
-A rede por padrão permanece em estado de dormência até ser ativada, quando por
-exemplo algum(s) coletivo(s) sugere(m) uma atividade, encontro ou cooperação.
-
-Processo de participação
-------------------------
-
-A participação na rede `$rede` é restrita a coletivos que atendam os critérios de
-afinidade, confiabilidade e comprometimento com a rede. Novos coletivos podem
-entrar na rede após processo de decisão favorável e caso eles concordem
-com a presente carta.
-
-Uma vez dentro da rede, os coletivos podem indicar quais dos seus membros devem
-ser inscritos ou retirados das plataformas de comunicação da rede `$rede`.
-
-Cada indivíduo deve, ao ingressar nas plataformas de comunicação da rede `$rede`,
-se apresentar e afirmar que atuará de forma construtiva, caso contrário estará
-passível de remoção.
-
-Processo de decisão
--------------------
-
-Nenhuma pessoa ou grupo pode tomar decisões que afetem a autonomia da rede sem
-consultá-la anteriormente e obter um consenso positivo.
-
-As decisões na rede são baseadas em propostas que devem ser enviadas para a
-lista de discussão fechada da rede.
-
-O prazo mínimo de decisão é de duas semanas passível de adiamento e as decisões
-são atingidas por consenso. Caso um coletivo não se manifeste sobre uma proposta
-ele será considerado como em concordância com a proposta enviada.
-
-Privacidade
------------
-
-A rede `$rede` é semipública, isto é, parte de sua comunicação e organização é
-restrita aos coletivos participantes, enquanto que outra parte é pública e aberta
-a qualquer grupo ou pessoa.
-
-Informações que circulem em instâncias de comunicação privadas precisam de
-autorização para serem disponibilizadas em meios públicos (desclassificação).
-
-É uma escolha de cada participante se manter como membro privado.
-
-Interfaces de comunicação
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-
-A rede `$rede` possui as seguintes interfaces de comunicação:
-
-- Lista de discussão fechada com arquivo restrito a participantes.
-- Lista de anúncios moderada com inscrição e arquivos abertos.
-- Plataforma web colaborativa.
-
-Tais interfaces são hospedadas por coletivos participantes ou afins e seu
-acesso e continuidade são cruciais para a manutenção da memória da rede.
-Assim, é imprescindível que a rede disponha de backups dessas plataformas
-sempre que necessário.
-
-Sobre este texto
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-
-Este processo foi baseado no "Template para Carta de princípios e processo de
-redes v1.0". Licença deste documento: GNU Free Documentation License:
-http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html