aboutsummaryrefslogtreecommitdiff
path: root/index.pt.mdwn
diff options
context:
space:
mode:
Diffstat (limited to 'index.pt.mdwn')
-rw-r--r--index.pt.mdwn149
1 files changed, 149 insertions, 0 deletions
diff --git a/index.pt.mdwn b/index.pt.mdwn
new file mode 100644
index 0000000..09a51e0
--- /dev/null
+++ b/index.pt.mdwn
@@ -0,0 +1,149 @@
+[[!meta title="Bootless: gerenciador de partida anti-grampo"]]
+
+**ATENÇÂO** - este software se encontra em estágio pré-alfa!
+
+* Bootless é uma integração tecnológica que permite um computador criptografado a permanecer sem gerenciador de partida (bootloader), de modo que grampos em software sejam difícies de serem instalados.
+* O Bootless é um gerenciador de partida em software livre instalado numa mídia removível e utilizado para inicializar computadores.
+* É previsto suporte inicial para o sistema operacional Debian.
+* O Bootless atualmente usa a [Hydra Suite](https://git.sarava.org/?p=hydra.git;a=summary).
+
+TODO
+----
+
+- Vide documentação inglesa.
+
+Construindo um volume bootless
+------------------------------
+
+Primeiro, prepare o dispositivo:
+
+ export device=/dev/nome_do_dispositivo
+ export partition=numero_da_particao
+ mkfs.ext3 "$device""$partition"
+ mkdir /tmp/bootless
+ mount "$device""$partition" /tmp/bootless
+
+Clone o repositório bootless:
+
+ git clone ssh://exemplo.org/bootless.git /tmp/bootless/boot
+
+Se você já tiver uma cópia de trabalho na sua máquina, pode ser mais interessante clonar direto dela para economizar tempo e banda, mas certifique-se de atualizá-la antes. Se houver pouco espaço na pasta de destino, faça o clone usando a opção `--depth=1`.
+
+Em seguida, instale o GRUB no MBR do dispositivo, rodando `grub` e digitando em seu shell, substituindo o nome do dispositivo e da partição conforme apropriado:
+
+ root (hd1,1)
+ setup (hd1)
+
+Limpe a casa:
+
+ umount /tmp/bootless
+ rmdir /tmp/bootless
+
+Agora seu pendrive está pronto para reinicializar os nodos físicos :)
+
+Mantendo o repositório compacto
+-------------------------------
+
+Apesar de ser um repositório `git` e portanto de fácil manutenção de uma árvore distribuída, o `bootless` sofre de um problema de espaço: a cada imagem binária adicionada ou removida, o histórico do repositório cresce muito. Para evitar que o repositório cresça muito e não caiba numa pequena partição de um pendrive, é preciso reconstruir sua história.
+
+Aqui segue um exemplo usando o `git-rebase` para agregar commits. Primeiramente, faça o rebase, juntando commits com 'squash' (vide referências):
+
+ git rebase -i COMMIT
+
+No caso, `COMMIT` é o commit inicial do repositório `bootless` que estamos usando. Em seguida, é preciso que o seu repositório local seja clonado pois só assim (!) é possível salvar espaço:
+
+ cd ..
+ mv bootless bootless.old
+ git clone bootless.old bootless
+ cd -
+ git gc --aggressive
+ git prune
+ cp ../bootless.old/.git/config .git/
+
+Dependendo da situação anterior, após esse processo o repositório pode diminuir bastante de tamanho. Um grande inconveniente desse processo é que ele agride a história de modo que as outras cópias do repositório precisam de uma força para serem atualizadas:
+
+ git push --force
+
+GRUB2
+-----
+
+Adaptei o bootless para o GRUB2 utilizando o mesmo repositório. Isso significa que:
+
+ * É possível utilizar o repositório do bootless tanto com o grub-legacy quanto com o grub2.
+ * O grub-legacy utiliza o arquivo `menu.lst` enquanto que o grub2 usa o `grub.cfg`. Ambos arquivos precisam ser mantidos atualizados enquanto ambas as versões do grub forem suportadas.
+
+No caso da instalação de um pendrive usando grub2, é necessário utilizar o seguinte comando de instalação ao invés de simplesmente invocar o `grub`:
+
+ grub-install --root-directory=/tmp/bootless $device --force
+
+Procedimento completo de exemplo:
+
+ export device=/dev/nome_do_dispositivo
+ export partition=numero_da_particao
+ mkfs.ext3 "$device""$partition"
+ mkdir /tmp/bootless
+ mount "$device""$partition" /tmp/bootless
+ git clone --depth=1 ssh://gitosis@exemplo.org/bootless.git /tmp/bootless/boot
+ grub-install --root-directory=/tmp/bootless $device
+ umount /tmp/bootless
+ rmdir /tmp/bootless
+
+Em casos emergencias pode ser muito útil usar o seguinte comando para gerar uma imagem bootavel:
+
+ grub-mkrescue -o bootless.img bootless/
+
+Versões específicas de kernel
+-----------------------------
+
+Às vezes pode ser necessário criar manualmente a initramfs após uma atualização de kernel (reparei isso em máquinas rodando Ubuntu). Abaixo, comando para atualizar o initramfs para uma versão específica de kernel:
+
+ update-initramfs -v -u -k 2.6.32-26-generic
+
+Hydra Suite
+-----------
+
+Criando o repositório:
+
+ hydra exemplo bootless init ssh://gitosis@exemplo.org/bootless.git
+ hydra exemplo bootless make /dev/sdb1
+ hydra exemplo bootless git pull
+ hydra exemplo bootless git commit -a
+
+Criando uma imagem:
+
+ hydra exemplo bootless image
+
+Isso criará o arquivo bootless.img na pasta atual. Para especificar um nome de arquivo distinto, use
+
+ hydra exemplo bootless image arquivo.img
+
+Para gerar a imagem e gravá-la simultaneamente numa mídia removível localizada em `/dev/sdb`, use
+
+ hydra exemplo bootless image arquivo.img /dev/sdb
+
+Se você quiser gerar uma imagem apenas para ser gravada em `/dev/sdb`, isto é, sem um arquivo.img sobrando, use
+
+ hydra exemplo bootless image /dev/sdb
+
+Customização
+------------
+
+Algo que vale a pena pensar para possíveis mudanças futuras no `bootless`: atualmente utilizamos uma nomenclatura única no `LVM` de todas as máquinas, o que permite compartilharmos a `initrd` entre os sistemas.
+
+Se utilizássemos nomes distintos para cada máquina, precisaríamos de uma `initrd` por sistema -- o que aumentaria muito o tamanho do repositório -- ou então ter alguma forma de customizar a imagem de inicialização para suportar esse esquema.
+
+Usar uma nomenclatura única simplifica a manutenção do bootless, porém pode complicar o gerenciamento de volumes, por exemplo quando quisermos abrir o disco de um servidor em outro.
+
+Temos três [alternativas](http://wiki.debian.org/InitrdReplacementOptions):
+
+ * [initramfs-tools](http://packages.debian.org/stable/initramfs-tools), que é utilizado atualmente.
+ * [yaird](http://packages.debian.org/sid/yaird), supostamente a ser utilizado no futuro.
+ * [dracut](http://packages.debian.org/stable/dracut), uma [outra possibilidade](https://lwn.net/Articles/317793/).
+
+É preciso fuçar na documentação desses softwares para saber como a montagem de volumes pode ser customizada.
+
+O arquivo conf.d/cryptroot das initrds usadas atualmente contém o seguinte:
+
+ target=root,source=/dev/mapper/vg-root,key=none,rootdev,cipher=aes-cbc-essiv:sha256
+
+O ideal seria ter várias entradas nesse arquivo. Talvez seja o caso de estudar também o `/usr/share/initramfs-tools/hooks/cryptroot`.