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[[!meta title="Singularidade"]]

Este arquivo cont�m esbo�os e ideias para completar
[este texto](https://sarava.fluxo.info/Estudos/CriticaAoSingularismo).

Arca de No� e a auto-ajuda neo-conservadora
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Se esquecer que o mundo se tornar�, ao inv�s de uma cidade reluzente, numa
imensa favela; n�o contentes com isso, ainda lutam para que o mundo esteja
repleto de lixo tecnol�gico.

O ser humano -- para n�o dizer da pr�pria vida como a conhecemos -- tido como
futuramente obsoleto e descart�vel � o limite da obsolesc�ncia programada
praticada pelo complexo industrial, sendo a vertente tecnototalit�ria da
doutrina do design inteligente.

Para o pensamento singularista, n�o basta apenas que ocorra um obsoletismo:
este deve ser como na introdu��o de qualquer tecnologia pela ind�stria
capitalista, de forma brusca e impiedosa: a tecnologia anterior � descartada
num ato �nico, singular. O singularista, mesmo sem saber, afirma assim que o
ser humano e a vida n�o passam de tecnologias que inevitavelmente ser�o
declaradas como obsoletas.

Amplifica��o
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O que move uma pessoa � uma quest�o complexa usualmente atribu�da a uma s�rie
de teorias: paix�es, �ticas, medos, interesses pessoais. Na hist�ria,
confundem-se os eventos e tend�ncias promovidas e impulsionadas por uma pessoa
um por um grupo social. Naqueles de grande escala, apenas tem peso as a��es
individuais que de algum modo s�o amplificadas pelo aparato tecnosocial.

O papel dos lobbystas, defensores e proponentes da singularidade n�o seria t�o
preocupante se n�o houvesse tal amplifica��o.

Origem e fim
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Se o primitivismo trata erroneamente da quest�o das origens, o singularismo
trata, da mesma forma, da quest�o do fim.