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[[!meta title="O Método - Volume VI"]]
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## Geral
* Eugenia, eliminação de desviantes e dissidentes, 76.
* Crises, novas soluções, soluções neuróticas e patológicas, 85.
* Quadro da auto-ética, 93.
* Definição de antropoética, 159.
* Os nove mandamentos da antropoética, 163.
* Bem viver, 171.
* Metamorfose, 179.
* "Tudo o que não regenera, degenera" (pág. 197 e ao longo do livro).
## Amor
O amor é a expressão superior da ética. Segundo Tagore, "o amor verdadeiro exclui
a tirania, assim como a hierarquia".
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## Compreensão
Trata-se de um erro intelectual reduzir um todo complexo a um único dos seus
elementos e esse erro se tornsa pior em ética do que em ciência. A redução
impede a compreensão do outro. Hegel sintetizou a redução na já citada frase
sobre o assassino. Reduzir a mentiroso aquele que não tem consciência de estar
mentindo para si mesmo significs inventar um culpado. Enclausurar para sempre
na culpabilidade aqeuele que cometeu um erro de julgamento político numa época
conturbada faz parte infelizmente da banalidade da incompreensão, que produzir
um consumo enorme de culpados. As disputas ideológicas e políticas
transformam-se em ódio e desprezo pelo outro por meio da redução e da
identificação de uma pessoa com idéias consideradas nocivas.
O importante é não reduzir o ser humano à sua ideologia nem às convicções
culturalmente nele gravadas. Assim, não se pode reduzir Aristóteles ou Platão,
ou tantos outros seres, de resto, sensíveis, ao fato de que aceitavam a
escravidão como coisa natural. Mas não se pode esquecer isso, o que nos ajuda a
compreender que mesmo nos mais belos espíritos existem manchas de desumanidade
e de incompreensão.
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Ora, não há hierarquia mas antes permutações rotativas entre as três instâncias
cerebrais, ou seja, razão/afetividade/pulsão. Conforme os indivíduos e os
momentos, há dominação de uma instância sobre as outras, o que indica não
apenas a fragilidade da racionalidade, mas também que a noção de
responsabilidade plena e lúcida só tem sentido para um ser controlado em
permanência pela sua inteligência racional.
Além disso, todo indivíduo tem em potencial uma multipersonalidade; a
duplicação da personalidade, no seu aspecto patológico extremo, só faz revelar
um fenômeno normal pelo qual nossa personalidade se cristaliza diferentemente
não apenas em função dos papéis sociais que desempenhamos, mas conforme a ira,
o ódio, a ternura, o amor, tudo o que nos leva realmente a passar de uma
personalidade para outra, modificando as relações entre razão, afetividade e
pulsão.
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## A modéstia ética
Prega o abandono de todo sonho de controle (inclusive do seu controle).
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