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authorSilvio Rhatto <rhatto@riseup.net>2021-01-17 15:26:04 -0300
committerSilvio Rhatto <rhatto@riseup.net>2021-01-17 15:26:04 -0300
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--- a/economics/valor-social.md
+++ /dev/null
@@ -1,339 +0,0 @@
-[[!meta title="A ajuda múltipla e o valor social"]]
-
-* [Versão original](valor-social.pdf) ([fonte](valor-social.tex)).
-
-Procurando resolver um problema prático, este texto sistematiza uma
-forma de promover a ajuda múltipla através de acordos sucessivos e
-virais. Para auxiliar na sua compreensão, é definida uma forma de
-cálculo do valor social e suas consequências são avaliadas.
-
-Motivação
-=========
-
-Em geral, quando ajudamos alguém (principalmente quando ensinamos algo),
-não há muita garantia que a pessoa ajudada passará a idéia pra frente,
-seja ajudando outrem ou passando o conhecimento adiante. Mesmo em
-coletivos horizontais, não-hierárquicos e baseados na ajuda mútua, não
-há necessariamente uma cultura de passar para frente a ajuda recebida.
-Por isso, estabelecemos neste texto uma sugestão de acordos de ajuda
-múltipla tanto como proposta de prática e sobretudo como reflexão da
-distância que os grupos sociais se encontram com relação a um regime de
-dádivas e não-escassez.
-
-O acordo de ajuda múltipla
-==========================
-
-Para fomentar o aumento da ajuda entre as pessoas, criaremos o conceito
-de *ajuda múltipla* e proporemos um pequeno acordo padrão para o seu
-estabelecimento. Pois bem: *ajuda múltipla é a forma de colaboração onde
-uma ou mais pessoas -- grupo A -- auxiliam outras -- grupo B -- com a condição
-de que estas últimas efetuem ajuda múltipla auxiliando outras pessoas
--- grupo C.* Atente para o fato de que definição é *recursiva* (isto é, a
-definição necessita de sua própria definição): uma ajuda múltipla seria,
-por exemplo, Maria ajudar Lopes com a condição de que este ajude alguém
-no futuro. Note que o grupo C pode ser composto pelas mesmas pessoas do
-grupo A, mas não necessariamente: Lopes deve ajudar alguém, mas não
-necessariamente Maria[1].
-
-Viralidade (ou potência) do acordo
-----------------------------------
-
-Estamos interessados/as na possibilidade da multiplicação da ajuda e,
-para tanto, devemos melhorar nossa definição de ajuda múltipla: ajuda
-múltipla é a forma de colaboração onde uma ou mais pessoas -- grupo A --
-auxiliam outras -- grupo B -- com a condição de que estas últimas efetuem
-*pelo menos _v_ ajudas múltiplas* (onde _v_ é um número inteiro
-positivo) auxiliando outras pessoas -- grupo C, D, E, etc -- com a condição
-de que as próximas pessoas também pratiquem ajuda múltipla e assim por
-diante.
-
-Nesta segunda definição, introduzimos o que chamaremos de *viralidade:*
-não apenas a pessoa ajudada precisa participar de pelo menos mais _v_
-acordos de ajuda como as pessoas ajudadas por esses próximos _v_ acordos
-precisam, após serem ajudadas, participarem como ajudantes em pelo menos
-mais _v_ acordos[2].
-
-A idéia principal da viralidade é que ela representa o custo social de
-uma ajuda: se recebo uma ajuda, devo retribuir não exatamente a quem me
-ajuda mas a todo o grupo social, participando como ajudante em pelo
-menos _v_ outros acordos.
-
-Por isso, os acordos não devem ser entendidos como moedas de troca: a
-moeda abstrai e aliena as relações sociais – já que pode ser trocada –
-enquanto que o acordo reforça e encoraja relações sociais. A moeda
-conserva valor (uma vez que ela é criada, basta que circule)[3]. Os
-acordos, ao contrário, geram valor o tempo todo por causa de sua
-viralidade. Eles criam valor social sem precisarem ser trocados, já que
-eles se reproduzem. Assim, devem ser entendidos mais na lógica da dádiva
-do que do contrato social.
-
-Modelo de acordo viral
-----------------------
-
-Na prática, convém termos um modelo de acordo para facilitar o
-dia-a-dia: pessoas nos pedem ajuda e em geral precisamos dar uma
-resposta rápida. Um modelo de acordo – onde o/a proponente pode ser
-qualquer uma das partes envolvidas e os acordos podem ser de múltiplas
-partes – deve ser simples e eficaz e por isso o texto do modelo de
-acordo abaixo serve para criar pequenos acordos entre pessoas:
-
- Acordo de ajuda múltipla
- ------------------------
-
- O/a proponente/a deste acordo tem como objetivo multiplicar seus esforços de
- ajuda. Para tal, é utilizado o princípio da reprodução viral de atividades
- culturais.
-
- Neste acordo, as pessoas ajudantes concordam a ajudar as pessoas, doravante
- denominadas como ajudadas, desde que as ajudadas concordem em participar como
- ajudantes em pelo menos X próximos acordos deste mesmo tipo (nos quais, por sua
- vez, as pessoas ajudadas deverão participar como ajudantes em pelo menos X
- acordos deste mesmo tipo e assim sucessivamente).
-
- A contrapartida não precisa ser necessariamente no mesmo teor da ajuda
- prestada.
-
-Esse modelo de acordo não pretende apenas incentivar a iniciativa e o
-protagonismo como também encorajar quem não ajuda ou não pede ajuda por
-conta de algum receio. Não podemos também deixar de mencionar que estes
-tipos de acordo só fazem sentido e apenas serão necessários enquanto a
-ajuda mútua/múltipla não for uma prática cultural comum e generalizada,
-quando então a prática descartará a necessidade de microacordos.
-
-O modelo acima é apenas uma sugestão: muitos outros podem ser feitos e
-inclusive é possível ainda tornar tais acordos acopláveis em licenças de
-manipulação de conteúdo. Desde que os acordos funcionem para criarem
-valor no grupo social, tão melhor. Sugestões de melhoria desse modelo
-seriam abrir margem para uma melhor definição de contrapartidas e
-estipular um prazo para que o acordo seja cumprido. Sugerimos que ao
-menos a simplicidade, a clareza e o tamanho reduzido do acordo sejam
-preservados.
-
-O valor social
-==============
-
-Como se comportaria um grupo social onde tal prática de acordos se
-iniciasse ou fosse já endêmica? Para nos auxiliar nesta e noutras
-perguntas, podemos recorrer a um mínimo de sistematização. Considerando
-um grupo social de _m_ pessoas, podemos definir a função *valor social*
-como sendo
-
-[[!teximg code="S = \displaystyle\sum_{p=1}^{m}\frac{\left(p\ n_p\right)^{v}}{mr}"]]
-
-onde [[!teximg code="n_p"]] é a quantidade de acordos existentes envolvendo _p_
-pessoas[4], cada acordo com viralidade[5] _v_ e _r < m_ é o número de
-pessoas que *poderiam* [6] ter efetuado acordos mas que ficaram de fora
-(isto é, não fizeram acordo nenhum). O valor social assim definido exibe
-uma série de propriedades interessantes sob o ponto de vista das
-interações sociais, que pode ser revelado pela simples análise das
-componentes da somatória.
-
-Primeiramente, esse valor é uma propriedade do sistema social como um
-todo e não de um ou outro indivíduo. Em segundo lugar, quanto mais
-acordos envolvendo múltiplas partes, maior será o valor social: muitos
-acordos entre poucas partes podem ter um peso menor do que poucos
-acordos entre múltiplas partes. Um grupo social com muitos acordos de
-múltiplas partes possui maior ação coletiva (maior participação
-coletiva, maior coletividade) do que uma sociedade com acordos entre
-apenas poucas partes.
-
-Já a quantidade _m_ de pessoas do grupo e o total _r_ de pessoas que não
-participaram de nenhum tipo de acordo contribuem na diminuição do valor
-social: se poucas pessoas (em relação ao total _m_) fazem acordo, temos
-uma sociedade com pouca ajuda múltipla e, portanto, para que _S_ atinja
-valores significativos, é preciso que _m_ se torne quantitativamente
-menor em relação aos valores dos componentes [[!textimg code="\left(p\ n_p\right)^{v}"]].
-O mesmo vale para _r_: os componentes devem ser mais significativos do
-que a quantidade de pessoas que poderiam estar em acordos mas que
-ficaram de fora, ou seja, _S_ leva em conta a inclusão ou exclusão
-social da ação coletiva[7].
-
-Por fim, a viralidade potencializa a multiplicação de acordos: quanto
-maior for a viralidade, maior é o valor dos acordos, pois cada acordo é
-um acordo de ajuda futura e portanto de investimento na potencialidade
-das ações coletivas.
-
-Poderíamos ter definido um valor social de outra forma, mas sabemos que
-não há definição de valor que não haja um propósito e muito menos há uma
-definição sob a qual todas as outras se reduzem: o valor é uma
-propriedade definida pelo grupo social e deve servir a este: devemos
-buscar definições e convenções de valor (ou também suas indefinições)
-que nos sirvam. Não só acreditamos que esta teoria do valor sirva para
-mostrar como a ajuda múltipla implica numa maior ação coletiva como
-ainda exibe propriedades interessantíssimas do ponto de vista de
-sistemas dinâmicos.
-
-Por simplificação, podemos reescrever a equação anterior como
-
-[[!teximg code="S = k\displaystyle\sum_{p=1}^{m}\left(p\ n_p\right)^{v}"]]
-
-onde [[!teximg code="k = \frac{1}{mr}"]]. É claro que o valor de _k_
-pode mudar num dado grupo social – por exemplo: mais pessoas ingressando
-ou saindo do grupo ou então com um aumento ou diminuição de protagonistas
-de acordos – mas podemos considerá-lo como constante num dado momemto, ou seja,
-[[!teximg code="k = k(t)"]] e independente de outras variáveis.
-
-O que realmente nos interessa agora, no entanto, é que chega um momento
-em que o grupo social está com tantos acordos que, da forma como
-definimos na equação [eq:simples], _S_ começa a crescer absurdamente e
-já não passa a representar o valor efetivo de um corpo social onde a
-ajuda múltipla se faz presente. Em outras palavras: chega um momento em
-que as pessoas já estão tão endividadas de acordos a cumprir que mais
-dívidas não afetarão consideravelmente no seu comportamento de ajuda
-múltipla. Para refrear o crescimento indiscriminado de _S_,
-redefiniremos nossa função como
-
-[[!teximg code="S = k\ ln\displaystyle\sum_{p=1}^{m}\left(p\ n_p\right)^{v}"]]
-
-onde _ln_ cumpre um amortecimento no crescimento da somatória, mostrando
-que o valor efetivo do grupo cresce logaritmicamente: temos um rápido
-crescimento do valor conforme os acordos se iniciam e se multiplicam e,
-conforme o endividamento social cresce, a sociedade atinge patamares de
-valor altos demais para que um maior acréscimo se torne significativo.
-
-Temos que, pela própria definição, _S_ é uma função de estado, uma vez
-que, definido um grupo social e suas interações a partir das variáveis
-_n_, _m_, _v_, _r_, etc, temos que _S_ é um indicativo do estado do
-sistema – indicando, por exemplo, se ele possui mais ou menos acordos (e
-qual a potência e alcance dos acordos) do que outro grupo social
-igualmente caracterizado. Além disso, obedece a
-
-[[!teximg code="\frac{dS}{dt} \geq 0"]]
-
-Portanto, chamaremos nossa última definição de _S_ (equação [eq:valor])
-como *entropia econômica do grupo social*. Tal entropia mede,
-inicialmente, *o grau de endividamento do corpo social.* O endividamento
-é então a única forma de acúmulo possível: uma vez que alguém ajuda
-outrem, não é essa pessoa que detém um crédito: muito pelo contrário, as
-pessoas ajudadas contraem uma dívida com todo o corpo social, já que os
-acordos estipulam que a pessoa ajudada deve ajudar qualquer outra pessoa
-e não necessariamente quem a ajudou.
-
-A entropia tem sido fonte de controversias e mal-entendidos quanto à sua
-interpretação. Pela nossa definição, temos que uma entropia maior se
-deve exclusivamente a um aumento da complexidade do sistema social,
-complexidade que medimos utilizando um conjunto de variáveis que
-consideramos como características do sistema[8] que de algum modo
-representam o seu estado. Aqui, utilizamos número de acordos, viralidade
-dos acordos, etc, o que caracteriza uma abordagem de *granulação
-grosseira,* ou seja, de baixa resolução. Um cálculo de valor com maior
-resolução deveria levar em consideração, por exemplo, os acordos
-separadamente ao invés de agrupá-los por partes envolvidas.
-
-Descontrole social
-==================
-
-Esta se torna então uma teoria do descontrole social: o aumento da
-entropia é, aqui, não só benéfica como desejável, já que ela indica um
-aumento do número de interações. Se nas teorias do controle a entropia
-tem um aumento indesejável, aqui se torna o comportamento almejado.
-
-Sendo os acordos diretos, isto é, não mediados, temos ainda mais
-descontrole: é importantíssimo que tais acordos não sejam mediados por
-bancos de dados. Por banco de dados entendemos qualquer iniciativa de
-tentar *efetivamente* calcular _S_ para um dado grupo social (e não o
-registro pessoal que cada indivíduo mantiver a respeitodos acordos que
-participou). A mera existência de um banco de dados centralizado capaz
-de calcular a cada instante o valor social tem os seguintes riscos:
-
-- Dá margens para o estabelecimento de controles sociais com a
- identificação das pessoas mais protagonistas (que participam de mais
- acordos), das pessoas mais prestativas (as que mais ajudam), as que
- mais são ajudadas e as que menos contribuem com ações coletivas,
- possibilitando assim represálias, etc.
-
-- Se, por um lado, o banco de dados “facilita” a busca de pessoas que
- querem ajuda e que podem ajudar, por outro diminuem a necessidade
- das pessoas de travarem contato pessoal para iniciarem seus acordos,
- já que o banco de dados detecta e aproxima as pessoas
- automaticamente.
-
-- Acredita-se que seja de interesse do grupo social que a prática da
- ajuda múltipla faça parte da sua cultura e não uma dependência do
- banco de dados (o que seria um culto ao banco de dados).
-
-É com esse sentido de oposição aos bancos de dados que estabelecemos o
-conceito de valor social: não nos interessa calcular efetivamente o
-valor de _S_ para um dado grupo social e muito menos caracterizar cada
-grupo em função desses parâmetros, o que além de policialesco não
-representa o real valor social do grupo (afinal, nem discutimos as
-diferenças qualitativas de cada acordo). Queremos, ao contrário, mostrar
-*como se comporta* um grupo social adepto de acordos virais de ajuda
-múltipla. Podemos resumir isso com a seguinte expressão: *criamos um
-cálculo para auxiliar na compreensão o valor social mas jamais queremos
-que ele seja usado para quaintificá-lo,* mesmo porque muitos valores
-escapam da fórmula que estabelecemos. Não necessitamos de um banco
-porque, na ajuda múltipla, o sistema bancário já emerge do próprio
-tecido social.
-
-Desdobramentos
-==============
-
-Não sabemos os desdobramentos desta teoria do valor e desta prática de
-acordos aqui sugeridas. Num primeiro momento, podemos vislumbrar que, no
-limite desta teoria, o endividamento excessivo devido a acordos deve
-produzir uma prática social indistinguível de uma economia de dádivas
-onde não há expectativa de retribuição direta ou o uso da dádiva como
-demonstração de poder[9]. No caso da pedagogia também podemos
-vislumbrar um ótimo uso da ajuda múltipla: pessoas que aprenderam algo
-podem ensinar para outras, multiplicando o conhecimento ao invés de
-sempre recorrerem aos luminares do saber.
-
-Por outro lado, a existência e a propagação dos acordos pressupõem um
-grupo social pertencente a redes de relacionamentos afins, o que em
-certo sentido limita a aplicação da ajuda múltipla: e quem não participa
-da rede? E no caso de grupos em conflito interno?
-
-Estas são apenas sugestões de desdobramentos possíveis: convidamos todas
-as pessoas que queiram contribuir para a análise de regimes econômicos
-fora do mercado para que pensem conjuntamente no que aqui foi meramente
-delineado. A experimentação também é encorajada: sem ela, toda esta de
-discussão não passa de uma teoria descolada dos grupos sociais.
-
-Referências
-===========
-
-1. Notar que esta definição de ajuda múltipla não é necessariamente
- equivalente à de ajuda mútua utilizada em muitos estudos sobre
- economia da dádiva: em alguns deles, a ajuda mútua ocorre quando
- cada uma das partes envolvidas no acordo deve se ajudar
- reciprocamente, enquanto que na ajuda múltipla isso não é
- necessário. Não pretendemos neste texto sugerir a suposta
- superioridade do conceito de ajuda múltipla sobre a ajuda mútua.
- Muito pelo contrário: na falta de um devido estudo sobre a
- literatura existente, preferimos utilizar um termo distinto da ajuda
- ou apoio mútuo (mas que eventualmente possa ter o mesmo
- significado).
-
-2. É claro que o valores de _v_ podem ser estipulados em cada acordo.
-
-3. Por *conservar valor* não queremos dizer que a moeda não sofre
- valorização e desvalorização, mas sim que a moeda “congela”
- trabalho.
-
-4. Começamos nossa somatória com _p = 1_ pois, apesar de ser um caso
- em princípio bizarro (uma pessoa fazendo acordo consigo mesmo), não
- deixa de ser uma possibilidade: posso, por exemplo, fazer um acordo
- comigo mesmo e, caso o cumpra, ajudarei mais pessoas, sendo caso
- clássico disso é a solidariedade de ex-viciados, por exemplo. Outro
- argumento para manter _p = 1_ é a simplicidade.
-
-5. Poderíamos, é claro, supor um sistema onde cada acordo tivesse uma
- viralidade _v_ própria, mas a complexidade do cálculo seria
- desnecessária para esta primeira exposição do assunto.
-
-6. Que fique claro: _r_ não inclui pessoas que não podem ajudar, mas
- apenas as que podem mas que ficaram de fora dos acordos.
-
-7. Alternativamente, poderíamos definir o divisor como _m^r_ ao invés
- de _mr_, o que faria com que _S_ fosse muito mais sensível à
- inclusão ou exclusão social. Optamos, no entanto, por uma abordagem
- em que _m_ e _r_ contribuem com igual teor.
-
-8. Num sistema mais próximo da realidade teríamos trocentas outras
- variáveis.
-
-9. O uso da dádiva como demonstração de poder seria, por exemplo uma
- pessoa com mais recursos dar um presente a outra com menos recursos
- de forma que seja causado um vínculo de relação seja paternalista,
- humilhante, etc.