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author | Silvio Rhatto <rhatto@riseup.net> | 2017-02-24 12:16:00 -0300 |
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Books: metodo: updates
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-rw-r--r-- | books/filosofia/metodo.mdwn | 40 |
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diff --git a/books/filosofia/metodo.mdwn b/books/filosofia/metodo.mdwn index 986b49e..eb9d99d 100644 --- a/books/filosofia/metodo.mdwn +++ b/books/filosofia/metodo.mdwn @@ -285,13 +285,22 @@ Há também uma ligação fundamental entre simplexidade e bem viver. O ego-autocentrismo parece invulnerável. O indivíduo não pode agir senão para si e para os seus. Como tudo aquilo que é invulnerável, o ego-autocentrismo tem seu ponto vulnerável, não no calcanhar, mas na cabeça, ou melhor dizendo, na - computação. O poonto forte de todo o ser computante, que é extrair informação + computação. O ponto forte de todo o ser computante, que é extrair informação do seu universo, é também o seu ponto fraco: a possibilidade de erro. A computação pode enganar-se nos seus cálculos, ou tratar uma informação enganadora. Assim, todo o indivíduo pode tornar-se o instrumento da sua própria perda enquanto julga trabalhar para a sua salvação. - -- 197 + O ser computante pode até ser despossuído do seu próprio ego-autocentrismo, + como no caso da célula parasitada por um vírus, o qual, fazendo-a executar o + seu programa de reprodução, a faz agir para a sua própria destruição e para a + multiplicação do seu assassino. Os humanos tornaram-se mestres na sujeição dos + animais que, embora conservem a autonomia cerebral, isto é, o + ego-autocentrismo, estão de fato subjugados às finalidades dos subjugadores e + sobretudo tornaram-se mestres na sujeição do homem pelo homem, como já + indicamos. + + -- 197, 198 ### A discriminação cognitiva de "si" @@ -302,3 +311,30 @@ Há também uma ligação fundamental entre simplexidade e bem viver. Ou, analogamente, se um organismo parasse de se reconhecer, seu sistema imunológico poderia atacar a si mesmo. + +### Computo ergo sum + +* Autos: idem e ipse (196). +* Eu: auto-referência subjetiva do ser vivo (190). +* Mim: auto-referência objetiva do ser vivo (190). + + O cogito começa a aparece como um anel espiral. + + -- 202 + + Ora, evidentemente, as demonstrações "idealistas" que desprendem o sujeito da + órbita física e do mundo das coisas não são de modo algum comprobatórias. Em + geral, o cogito é insuficiente como prova científica ou lógica para dizer + alguma coisa sobre a natureza material ou imaterial do mim, sobre a sua + realidade transcendental ou fenomênica. Toda a busca de prova, deste domínio, + necessita da comunicação do cogitante com o universo exterior e da + intercomunicação dos cogitantes entre eles. Ora, o cogito funda-se + exclusivamente na autocomunicação do sujeito consigo mesmo e a sua validade + concerne, exclusivamente, a qualidade de sujeito. E é precisamente esse caráter + de autocomunicação que, embora constitua o seu limite, constitui a riqueza do + cogito, pensamento recorrente em ação, gerando e regenerando o seu próprio + começo, a sua própria origem, produzindo nesse mesmo processo sua unidade + complexa e as suas qualidades emergentes, que são aqui as qualidades próprias + do sujeito consciente. + + --- 204, 205 |