[[!meta title="Senhas"]] Publicado originalmente em [Abre-te Sésamo: as senhas da nossa vida digital | Oficina Antivigilância](https://antivigilancia.org/pt/2015/06/abre-te-sesamo-as-senhas-da-nossa-vida-digital-2/). Senha forte Senha fraca Arranca a matraca da anta Repete demais as vogais Mergulho do murro boçal Tá cheio de encontro consonantal DV%y-%!I! \C1Xg1#a=-~a1uR1R"W\lJPJIWH? nDyqtC!! É palavrão de poesia malcriada! Senha é poesia E pode ser carente de rima! É poesia secreta Conhecida só por quem autora Estes versos não mais são Pois difundidos já estão E senha compartilhada Em geral é uma grande roubada Nem todo segredo é senha! Desabafos Confidências e conspirações Não são senhas Mas segredos por elas protegidos Senha é poesia Mesmo sem significar De preferência dadaísta Com palavras tiradas no dado Ou sorteadas da sacola Métrica escalafobética Desnumerológica De palavras inventadas Lúdica, brincalhona Uma ode à entropia Piada interna Que só você entende Que nem você compreende Mas que só você sabe Riovém de finício algum Prapilépricas quipergísticas Vitrola esmola? Vodininfantes!!! Enrolou tua língua? Então atrasa o lado da trairagem! Sendo arte do sigilo A regra de poesia é o estilo Só que estilo demais É padrão demais E entropia de menos A força de uma senha Vem da criatividade de quem poeta De usar e abusar do espaço da poesia Que é um lugar composto de símbolos Caracteres Palavras Versos e aglomerações maiores Este aqui é um desafio e um manifesto Reconhecendo um novo gênero literário Tímido, complicado Mas inclusivo Junte-se a este movimento! Seja poeta, poetiza de senhas Mas não divulgue suas composições do gênero! Se decorares alguns destes versos Serás capaz de memorizar tuas próprias senhas Ó, criptopanque! E o oponente Será capaz de deduzir nosso subconsciente?