From 8874e2cd731490498ade33d001358830f043115b Mon Sep 17 00:00:00 2001 From: Silvio Rhatto Date: Sun, 23 Oct 2016 21:20:02 -0200 Subject: Cleanup old stuff --- sketches/autogestao.mdwn | 314 -------------------------------------------- sketches/ca.mdwn | 30 ----- sketches/hackers.mdwn | 2 - sketches/massa.mdwn | 41 ------ sketches/singularidade.mdwn | 41 ------ 5 files changed, 428 deletions(-) delete mode 100644 sketches/autogestao.mdwn delete mode 100644 sketches/ca.mdwn delete mode 100644 sketches/massa.mdwn delete mode 100644 sketches/singularidade.mdwn (limited to 'sketches') diff --git a/sketches/autogestao.mdwn b/sketches/autogestao.mdwn deleted file mode 100644 index 7a25260..0000000 --- a/sketches/autogestao.mdwn +++ /dev/null @@ -1,314 +0,0 @@ -[[!meta title="Apatia, gerenciamento e autogestão distribuída"]] - - The reasonable man adapts himself to the world; the unreasonable one - persists in trying to adapt the world to himself. Therefore all progress - depends on the unreasonable man. - -- George Bernard Shaw - -Não é um jogo e nem as cartas estão na mesa. Até agora, mostramos que o capitalismo se perpetua pela -busca por inovações oriundas no seu próprio descontrole, mas que apesar disso as utopias não deixaram -de morrer. Ainda existem chances e provavelmente sempre existirão. - -Nesse sentido, os dois próximos textos são sugestões de configurações sociais que em princípio não -parecem essencialmente novas, não buscam serem consideradas como "de vanguarda". O que impulsionou -a escrita de todos esses textos e principalmente destes próximos é a crença de que eles podem -contribuir para o fortalecimento do descontrole (descontrole do ponto de vista do capitalismo) e -principalmente do ruído destinado a nos levar a uma sociedade mais justa. - -Talvez muito do que aqui esteja escrito já tenha sido apropriado pelo capitalismo e pela lógica -empresarial, talvez o que houver de novidade aqui possa no futuro ser também apropriado. Talvez, -até a própria ruína do capitalismo e demais sistemas sociais produtores da miséria não dependa de -alguma descoberta e inovação da esquerda, mas do seu próprio e imprevisível colapso. - -De qualquer modo, julgamos que devemos nos arriscar: não fazer nada é jogar as chances no lixo e -terminar a vida como perdedores que nem jogaram. - -Acontece que não é um jogo e nem as cartas estão na mesa. No entanto, a rodada anterior já foi -concluída, o movimento antiglobalização já inventou novidades, o sistema se apropriou de parte delas -e o mundo segue seu curso. Agora talvez seja uma nova rodada deste não-jogo. - -O que exatamente deve ser feito, quais práticas adotadas e quais horizontes vislumbrados dependem -de cada pessoa e de cada grupo, Aqui, colocamos apenas algumas sugestões e possibilidades. Recomendamos -que cada grupo reflita e adote suas próprias. - -Estas conclusões são destinadas primeiramente aos grupos e pessoas que trabalham por um mundo mais -justo mas que no entanto tem seus esforços em muito diminuídos pelo excesso de burocracia, formalizações, -concentração de poder (mesmo que involuntária), falta de engajamento e vontade das pessoas, etc. - -Em segundo lugar, estas são conclusões sobre como uma sociedade livre e justa pode operar de forma -autogestionada, autocontrolada e de forma distribuída. - -Em nossos últimos textos temos discutido o controle social baseado no modelo de gerenciamento de fluxos -de informação, na exploração do trabalho alheio e no aprisionamento do desejo humano. Postulamos inicialmente -que o controle total não existe e podemos também dizer que hoje em dia não há meios para um descontrole total. -Todo o controle pode gerar descontrole, um modula o outro e o inapropriável se situa naquilo que pode ser -amplificado de modo a quebrar com o ciclo vicioso. - -Durante nossa discussão sobre cultura e de acordo com cada um dos exemplos utilizados ao longo dos diversos -textos, a questão do gerenciamento e do controle social desembocaram na necessidade das pessoas serem capazes -de decidirem quais práticas sociais devem escolher. Em outras palavras, autogestão distribuída. - -À luz do que já foi dito sobre cultura[1], a descrição dos procedimentos contida neste texto deve ser -entendida como um objeto cultural ou até como uma inovação cultural, se é que neste texto há alguma alusão -a comportamentos que sejam novos. De todo modo, este texto sugere comportamenteos sociais e portanto pode -ser entendido como um dado cultural. - -A autogestão distribuída ------------------------- - -A dominação das pessoas se estabelece quando as mesmas são gerenciadas de forma a se comportar conforme -normas previamente desejadas ou quando suas condutas são aceitas ou negadas. - -* O Gerenciamento é valido? Existe a possibilidade do auto-gerenciamento ou gerenciamento distribuído, - onde cada pessoa contribui favoravelmente para a probabilidade de certos eventos ocorrerem em detrimento de outros? - -* Exemplo 1: listar o que cada pessoa quer fazer coletivamente; pergunta retórica: o controle dessa listagem e - das associações entre pessoas que advir dela deve ser feito por uma única pessoa (o/a gerente) ou cada pessoa - deve saber como se associar (emergência de padrões). - -* Exemplo 2: a própria organização desta reunião pode ser observada sobre a óptica do gerenciamento - centralizado/distribuído: se todo mundo saber auto-organizar sua vida e organizar o coletivo e sua inserção nele, - a organização desta reunião e de qualquer outro processo coletivo passa a não ser gerenciado e controlado por - uma instância central. - -* Exemplo 3: sítios da Web 2.0 que exploram redes sociais são sistemas de gerenciamento de pessoas. - -Como combate à apatia, ao espetáculo (no sentido das pessoas se portarem como espectadoras, pessoas gerenciadas -que permanecem em estado de espera, letárgico e apático), ao ruído existente na lista de discussão, à dificuldade -de acompanhamento dos processos no coletivo e à inexistência de muitos processos realmente coletivos em andamento -(e não apenas às iniciativas pessoais existentes dentro de um grupo), foi elaborado o seguinte esquema mental de como ele -lidou e como qualquer pessoa pode participar de um grupo, onde três espaços básicos do coletivo são visualizados e -uma função é atribuída a cada um deles: - -* Reuniões informais: discussões, bate-papo descompromissado, elaboração de propostas de decisão e ação. -* Wiki Fechado: relatos, propostas e formalizações. -* Lista de discussão: instância de tomada de decisão. - -Ou seja: - -* Instância informal: reuniões presenciais ou via bate-papo. -* Instãncia formalizadora: lista de discussão. -* Meio de campo: Wiki Fechado. - -Num exemplo concreto, trata-se de aplicar ao máximo esse esquema mental de como lidar com o coletivo: - -* Usar a lista de discussão o mínimo possível para não gerar ruído. -* Usar os encontros informais para a maior troca de idéia. -* Usar o wiki ao máximo para passar o que foi discutido informalmente para a lista e vice-versa. - -Esse esquema mental nada mais faz do que sugerir um modelo pessoal de entendimento e participação no processo coletivo, -onde a pessoa pode determinar a melhor forma de se comunicar e submeter propostas, idéias e relatos sem que suas -mensagens façam parte de um ruído (isto é, excesso de mensagens sendo enviadas à lista) ou caiam num processo de -formalização muito burocrático. - -Com relação às reuniões informais, não há problema de autonomia se as pessoas combinarem previamente, avisarem -a lista e depois acrescentarem relatos ao wiki (e informarem a lista dessas alterações). Inclusive, as reuniões -informais, se feitas dessa forma, evitam o problema de gastarmos semanas tentando encaixar na agenda de todo mundo -uma reunião onde no fim das contas aparecem poucas pessoas. Desse modo, quando alguém quiser ou sentir que uma -reunião é necessária, basta combinar com outras pessoas interessadas, comunicar na lista e pronto :) - -Tal modelo nem precisa ser aprovado pelo coletivo, pois é um modelo de entendimento e relacionamento pessoal de -como as coisas podem fluir e como processos interessantes podem emergir, lembrando que emergência pode ser entendida -como pequenas regras (ou modelos, esquemas) de comportamento que cada pessoa mantém e aplica. - -Por fim, a questão da apatia versus o protagonismo. Tal modelo de relacionamento proposto só funciona de modo -saudável se todas as pessoas forem protagonistas, deixando sua apatia e sua preguiça de lado. Caso contrário, -ela levará a um gerenciamento centralizado nas poucas pessoas que forem ativas. Sentiu que uma troca de idéias -deve ser feita? Vá, faça, se possível informe a lista com antecedência e depois adicione o conteúdo no wiki e -avise a lista dessa adição. - -Quem não tem iniciativa está destinado/a a ser gerenciado/a e governado/a. - -Autogestão ----------- - -* Fazer e tornar público na medida do possível. - -* Número máximo de pessoas com as quais alguém consegue se relacionar. - -* Espaços formais e informais, momentos formais e informais. - -* Os processos devem ser de modo a _viabilizar sempre_ o trabalho de todos/as, levando em - conta as limitações das pessoas (tempo, capacidade, vontade, etc). - -* Entender os fatores que devem ser considerados na autogestão de quaisquer procedimentos - coletivos (escalabilidades, fluxo de informação, etc). - -* As pessoas devem determinar os fluxos e os processos e não os sistemas que devem determinar - a forma de organização e o trabalho das pessoas (nem as pesoas devem se realizar apenas - mediante a existência dos sistemas, devem ser independentes deles). - -* Os fluxos exercidos são realizados apenas a partir das vontades e desejos das pessoas, - sendo que estes sentimentos devem ser compreendidos também de acordo com a vontade de que - a liberdade e o bem-estar de uma pessoa contemplem e reforce a de outra. - -Exemplos --------- - -* Agendas pessoais públicas. - -* Aproveitamento de material. - -* Equipamentos coletivizados: o uso constante de espaços e equipamentos pelos - seus donos é impraticável. Um "fundo" comum mas sem ser necessariamente um - depósito comum: esquema de empréstimos distribuído. - -Informatizando --------------- - -A autogestão hoje pode ser muito enriquecida através da assimilação de conceitos -e protocolos oriundos da teoria da informação. Teoria que foi criada para -a centralização e o controle, mas que igualmente pode ser utilizada para a -descentralização do mesmo. - -O modelo de uma organização autogestionada ou mesmo de grupelhos tem também -muito o que herdar das experiências da educação, da pedagogia e das escolas -libertárias onde existem espaços e estruturas disponíveis para a investigação -pessoal ou coletiva impulsionada pela vontade de conhecer. - -Sem controle centralizado significa dizer que a priori não há necessidade -de conhecimento global, mas apenas local (o que vale na maioria dos casos). -Portanto, a terceira contribuição à autogestão pode vir da chamada -"emergência de padrões" e da "inteligência coletiva": comportamentos -simples e adotados por várias pessoas que levam a um fluxo complexo. -Mas cuidado: se a subversão depender de comportamentos simples e previsíveis, -pode também existir uma possibilidade maior de enfraquecimento da resistência. - -A cibernética é a ciência do controle do ruído, é uma tentativa de estabelecer -controles e lidar com descontroles. O caos é a ciência de tentar encontrar e -controlar padrões não determinísticos. Se a cibernética já é uma ciência há -muito estabelecida, o caos ainda é um ramo relativamente novo. No entanto, -da cibernética para o caos uma mudança de ocorreu: do estudo dos sistemas -de eliminação de ruído, já bem estabelecidos pela cibernética, passou-se para -o estudo do próprio ruído, nem sempre passível de eliminação (mesmo em sistemas -bem simples). O caos hoje é o atual ramo do conhecimento onde se efetua a batalha -entre o controle e o descontrole. - -É imprescindível para um grupo autônomo também ter autonomia e autocontrole -sobre sua estrutura informacional e portanto depender o mínimo possível de -estruturas corporativas, pois estas podem, ao mesmo tempo que facilitar -o trabalho do grupo, também dele obter informações fundamentais e por isso também -ser capaz de, em algum momento, controlá-lo. - -Resiliência ------------ - -O monitoramento em massa e a consequente seleção de alvos funcionam muito bem porque -mesmo nos movimentos sociais existe concentração de poder, controle e gerenciamento, -de modo que, com a remoção de apenas algumas poucas pessoas, é possível acabar -completamente com muitos movimentos. - -Em grupos onde há um gerenciamento distribuído, onde há autocontrole e autogestão, -os grupos se tornam muito mais resistentes à seleção de alvos. - - ^ - |. - | . - | . - | . - | . - | . - | . - |-----------------------------> - - Gráfico 1: Tráfego em função do número de pessoas - -Hoje, porém, os grupos -- mesmo os autônomos --, tem suas estruturas muito diferentes -do modelo autogestionario, autocontrolado e autogerenciado. Inclusive isso é verdade -mesmo para aqueles que adotam a forma de organização horizontal e anti-hierárquica. - -Os grupos são compostos por inúmeras pessoas que, no entanto, deles pouco participam -ou neles desempenham papéis menores nas decisões tomadas e nas tarefas executadas. - -O gráfico acima mostra um levantamento das mensagens que circularam dentro de um -dado grupo durante um certo período. Logo de cara percebe-se que poucas pessoas são -responsáveis pela maior parte das mensagens nele trafegadas, ou seja, poucas pessoam -tomam conta e gerenciam a comunicação dentro e fora do grupo, eventualmente também -sendo elas as responsáveis pela própria gestão interna. - -O gráfico, no entanto, não é apenas representativo de um comportameteo dominante -nos movimentos sociais. Ele é na verdade representante da própria característica -do sistema social vigente que, mesmo possuindo uma massa enorme de gente que -efetivamente realiza trabalho, a mesma não participa dos processos de gestão e -controle social, tanto porque o trabalho suga boa parte de suas energias ou também -porque elas não tem percepção ou mesmo interesse na necessidade de serem aptas -de modificarem o próprio destino. - -Portanto, as pessoas atuam (ou deixam de atuar, afinal, acabam por não participar -em toda sua plenitude) nos movimentos com a mesma tendências de delegação de poder -com que entregam seus destinos aos gestores sociais. - -Concordo em parte: sim, o controle não é automático simplesmente porque, -em primeiro lugar, monitoramento e controle demandam custos e até hoje -não compensou monitorar todas as pessoas cadastradas aumenta demais os -limitados orçamentos destinados a isso (o que é válido principalmente -em países subdesenvolvidos que tem pouca verba destinada a esse tipo -de coisa). Em segundo lugar, monitorar todo mundo não é necessário pra -ter um bom mapa esquemático sobre uma dada organização. Terceiro, porque -efetivamente nenhuma agência de inteligência é realmente inteligente, -algumas se aproximam mais, outras menos, mas nenhuma é completamente -eficaz. Agora, dado o barateamento da informática e a quantidade enorme -de desenvolvimento na computação de sistemas de mineração de dados, -começam a surgir sistemas de monitoramento em massa que aumentam muito -a eficácia tanto das agências de inteligência quanto da nova indústria -cultural. Não quero com essa afirmação dizer que agências de -inteligência são a mesma coisa que olheiros/as da indústria cultural, -apenas falo que ambas tem interesses muito próximos, ainda que para -finalidades diversas, na utilização de algoritmos de mineração de dados. - -Sobre isso recomendo o seguinte artigo: - - The Economics of Mass Surveillance and the - Questionable Value of Anonymous Communication - http://freehaven.net/anonbib/cache/danezis:weis2006.pdf - -Ele não fala apenas sobre monitoramento em massa e segurança. Uma -leitura atenta mostra que inclusive ele toca no ponto da gestão -dos grupos. Se você ler, conto um segredo sobre ele! :P - -Concordo em parte. A programação da TV tende a evitar inovações mas -aos poucos elas são sim introduzidas, bem aos poucos. O que discordo -é acreditar que a análise para a TV vale para outros instrumentos -midiáticos. Paro tubo de ensaio, por exemplo, isso não vale, porque -não existe um "canal" e uma programação única veiculada -sincronizadamente para uma massa de telespectadores/as. Nessas novas -formas de comunicação a inovação não acarreta em prejuízos, já que é -o usuário/a que monta a sua programação. - -Concordo que muita coisa permanece subterrânea, mas nem tudo fica, -especialmente aquilo que já circula pela rede mundial de computadores. -Sim, sabotagens são possíveis :) - -Uma dos pressupostos do combate ao terror é a seleção de alvos, mas o suposto -terrorismo funciona como células independentes com pouca ou nenhuma comunicação -entre si; por isso, na prática o objetivo do combate ao terror é a -desmobilização dos movimentos sociais legítimos. - -Misc ----- - - "Quando um grupo de desejos se agrupa e tenta deixar escoar um pouco - desta demanda represada, eles são represados." - - http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/10/398279.shtml - -* Disciplinarização, trabalho, produtividade, preguiça e desejo. -* Conhecimento do todo (informação global do sistema) ou apenas de algumas partes (informações locais): emergência. -* O problema, como foi diagnosticado, parece ter raíz no gerenciamento e na administração centralizadoras e/ou alheia (externa) às pessoas. A autogestão distribuída pode ser um pressuposto. -* Desejo pode gerar descontrole. -* A pixação e o grafite em princípio são manifestações não gerenciadas. -* A tirania das organizações sem estrutura: relações entre instâncias formais de democracia e informais de tirania. -* Espectro de desejos e espectro de energia. -* Na sociedade de controle, não há apenas a disciplina individual e a biopolítica das massas, mas uma junção das mesmas: é possível simultaneamente vigiar um indivíduo específico assim como qualquer massa que ele integre. -* Capital humano: a sala de bate-papo foi substituída pela lista de contatos do Orkut e do MSN. Economia dos contatos. -* A racionalidade dos gestos do trabalhador/a se faz muito mais presente na informática do que em outras áreas principalmente porque é nela em que os menores atos tem grande alcance. Racionalização que também provoca lesões por esforços repetitivos. -* Nome de um grupo ou pessoa é um bem rival, já que é utilizado na atividade política. Em muitos casos, o uso contraditório do nome pode levar a perda de credibilidade, em outros pode ser operacional. -* Parece mais sensato nos referirmos a _conteúdo_ e não à cultura. -* Cuidado com a busca pela regularidade nas ações (reuniões, etc). -* Verificar se isso aqui é interessante: [Informação e inteligência coletiva no ciberespaço: uma abordagem dialética](http://www.cienciasecognicao.org/artigos/v11/317144.html). -* Redes com escala, redes sem escala, redes com escala exponencial e resiliência. -* O erro das análises de Bauman e Adorno está em não contar com a possibilidade do gerenciamento totalmente distribuído, onde qualquer pessoa possa ser ao mesmo tempo consumidora, produtora, gerenciadora, distribuidora, etc, e isso se extende para qualquer tipo de cadeia produtiva e não apenas para conteúdos culturais. - -Referências ------------ - -1. [A cultura sob o ponto de vista da sociedade do controle e descontrole](http://wiki.sarava.org/Estudos/CulturaControleDescontrole). diff --git a/sketches/ca.mdwn b/sketches/ca.mdwn deleted file mode 100644 index 1c2b5ce..0000000 --- a/sketches/ca.mdwn +++ /dev/null @@ -1,30 +0,0 @@ -[[!meta title="A falência das Autoridades Certificadoras"]] - -A internet funciona através de -um empilhamento de protocolos, cada um dos quais pode atribuir mais ou -menos autonomia aos usuários/as ou, inversamente, maior controle e -ingerência por parte de governos e corporações. - -Assim, enquanto a suíte de protocolos [TCP/IP](https://secure.wikimedia.org/wikipedia/pt/wiki/TCP/IP), -responsável pela transmissão dos pacotes de informação na rede, promove distribuição de -controle, o [DNS](https://secure.wikimedia.org/wikipedia/pt/wiki/Dns), de onde -emana a ontologia básica da rede, implementa centralização no nível acima da -[pilha de camadas](https://secure.wikimedia.org/wikipedia/pt/wiki/Modelo_OSI). - -Isso já foi observado por -[Galloway](http://mitpress.mit.edu/catalog/item/default.asp?ttype=2&tid=10069) -e muitos outros/as. Libera-se numa camada para aprisionar na posterior. -Distribui-se para garantir hegemonia, para que a mensagem chegue a todos -os destinos, tendo o cuidado de regular a arquitetura do emissor. - -O caso das [conexões criptografadas](https://manual.fluxo.info/criptografia/internet.html#conexao-segura-criptografia-na-rede), -como [HTTPS](https://secure.wikimedia.org/wikipedia/pt/wiki/Https) e -[TLS](https://secure.wikimedia.org/wikipedia/pt/wiki/Tls), não é diferente. - -É até pior: controlada pelo mesmo cartel que, no Brasil, foi o maior lobista -pela aprovação da [Lei Azeredo](https://links.sarava.org/tags/azeredo) numa -intrincada relação com os fabricantes de [navegadores](%0Ahttps://secure.wikimedia.org/wikipedia/pt/wiki/Navegador). - -A recentre crise no [modelo SSL](https://links.fluxo.info/tags/ssl) requer -novos protocolos que não necessitem do -[cartel](http://lair.fifthhorseman.net/~dkg/tls-centralization/). diff --git a/sketches/hackers.mdwn b/sketches/hackers.mdwn index 66dcb91..5ab6a71 100644 --- a/sketches/hackers.mdwn +++ b/sketches/hackers.mdwn @@ -1,7 +1,5 @@ [[!meta title="Os aspectos políticos do hacking"]] -* Status: mega esoboço! - Hacker crackdown: 4154 When rumor about LoD's mastery of Georgia's switching network got diff --git a/sketches/massa.mdwn b/sketches/massa.mdwn deleted file mode 100644 index d256cd0..0000000 --- a/sketches/massa.mdwn +++ /dev/null @@ -1,41 +0,0 @@ -[[!meta title="Vigilância de massa e gulag ubíquo"]] - - Give me six lines written by the most honest man in the world, and I will find enough in them to hang him. - - -- https://en.wikiquote.org/wiki/Cardinal_Richelieu - - "Stop this now. There's not a man or woman in this room who won't look like a traitor once you start - to pull our life stories inside out. A man can't remember where he was on the night of the tenth? - Then he's lying. He can remember? Then he's too damn flip with his alibi. You go one more yard with this - and everyone who tells the truth will become a barefaced liar, everyone who does a decent job will - be working fir the other side. You carry on like this and you'll sink our service better than the - Russians ever could. Or is that what you want? - - -- A Perfect Spy - -Talvez menos linhas sejam necessárias para condenar alguém. Talvez apenas com a citação acima já seria possível condenar o pobre Cardeal Richelieu. - -O acúmulo de dados pela vigilância de massa compromete qualquer pessoa em crimes previstos num entulho jurídico -acumulado ao longo de centenas de anos. - -Somos agentes duplos, títeres de qual jogo doentio? ---------------------------------------------------- - - It's the oldest question of all, George. Who can spy on the spies? - - -- Tinker, Tailor, Soldier, Spy - -Prisão ------- - - "My Brain is the key that sets me free." - - -- Houdini - -Interrogatório --------------- - - If bogies ask, it's because they don't know. So don't tell them. If they ask and they do know, - they're trying to catch you out. So don't tell'em either. - - -- A Perfect Spy diff --git a/sketches/singularidade.mdwn b/sketches/singularidade.mdwn deleted file mode 100644 index e47a5d0..0000000 --- a/sketches/singularidade.mdwn +++ /dev/null @@ -1,41 +0,0 @@ -[[!meta title="Singularidade"]] - -Este arquivo contém esboços e ideias para completar -[este texto](https://sarava.fluxo.info/Estudos/CriticaAoSingularismo). - -Arca de Noé e a auto-ajuda neo-conservadora -------------------------------------------- - -Se esquecer que o mundo se tornará, ao invés de uma cidade reluzente, numa -imensa favela; não contentes com isso, ainda lutam para que o mundo esteja -repleto de lixo tecnológico. - -O ser humano -- para não dizer da própria vida como a conhecemos -- tido como -futuramente obsoleto e descartável é o limite da obsolescência programada -praticada pelo complexo industrial, sendo a vertente tecnototalitária da -doutrina do design inteligente. - -Para o pensamento singularista, não basta apenas que ocorra um obsoletismo: -este deve ser como na introdução de qualquer tecnologia pela indústria -capitalista, de forma brusca e impiedosa: a tecnologia anterior é descartada -num ato único, singular. O singularista, mesmo sem saber, afirma assim que o -ser humano e a vida não passam de tecnologias que inevitavelmente serão -declaradas como obsoletas. - -Amplificação ------------- - -O que move uma pessoa é uma questão complexa usualmente atribuída a uma série -de teorias: paixões, éticas, medos, interesses pessoais. Na história, -confundem-se os eventos e tendências promovidas e impulsionadas por uma pessoa -um por um grupo social. Naqueles de grande escala, apenas tem peso as ações -individuais que de algum modo são amplificadas pelo aparato tecnosocial. - -O papel dos lobbystas, defensores e proponentes da singularidade não seria tão -preocupante se não houvesse tal amplificação. - -Origem e fim ------------- - -Se o primitivismo trata erroneamente da questão das origens, o singularismo -trata, da mesma forma, da questão do fim. -- cgit v1.2.3