From b6c0ffcaf707ee1968a7f29021d20357692a84d0 Mon Sep 17 00:00:00 2001 From: Silvio Rhatto Date: Tue, 7 Aug 2018 10:05:58 -0300 Subject: Reorganization --- books/filosofia/contra-metodo.md | 98 ---------------------------------------- 1 file changed, 98 deletions(-) delete mode 100644 books/filosofia/contra-metodo.md (limited to 'books/filosofia/contra-metodo.md') diff --git a/books/filosofia/contra-metodo.md b/books/filosofia/contra-metodo.md deleted file mode 100644 index d37e60f..0000000 --- a/books/filosofia/contra-metodo.md +++ /dev/null @@ -1,98 +0,0 @@ -[[!meta title="Contra o Método"]] - -* Autor: Paul Feyerabend -* Editora: Unesp -* Edição: 1a -* Ano: 2003 - -## Geral - -* Viagens distintas: Odisseus e Sólon: descoberta e pesquisa, 252 (nota de rodapé). -* Lógica e ilógica, 259-262, 265. -* Participante/observador, 292. -* Filosofia pragmática, 293. -* Naturalismo versus idealismo, 299-300. -* Razão versus prática, 301. - -## Conhecimento do conhecimento - -* Cap. 11: importante! Mas também temos que levar em conta que Galileu era Galileu e não um Zé Ninguém, que poderia ser prontamente chamado de lunático. -* Descrição dinâmica de uma "seleção científica" envolvendo múltiplos fatores, por exemplo: - - Em suma: o que é necessário para submeter a teste a concepção de Copérnico é uma - visão de mundo inteiramente nova contendo uma nova visão do homem e de suas capacidades - de conhecer. - - É óbvio que tal nova visão de mundo levará um longo tempo a aparecer e talvez - jamais tenhamos êxito em formulá-la em sua totalidade. É extremamente improvável - que a idéia do movimento da Terra seja de modo imediato seguida pelo aparecimento, - em pleno esplendor formal, de todas as ciências que, diz-se agora, constituírem - o corpo da "física clássica". Ou, para ser um pouco mais realista, tal sequência - de eventos não apenas é extremamente improvável, mas é impossível em princípio, - dada a natureza dos humanos e das complexidades do mundo que habitam. Hoje - Copérnico, amanhã Helmholtz -- isso não passa de um sonho utópico. Contudo, - é somente depois que tenham surgido essas ciências que se pode dizer que um - teste faz sentido. - - Essa necessidade de esperar e de ignorar grande massa de observações e medições - críticas quase nunca é discutida em nossas metodologias. - - -- 164 - -## Regras e princípios - -Regular, irregular, regra: 213. - - Mas nem as regras, nem os princípios nem tempouco os fatos são sacrossantos. - O defeito pode encontrar-se nelees e não na idéia de que a Terra se move. - - -- 177 - -## Miséria do racionalismo - - A invenção de teorias depende de nossos talentos e de outras circunstâncias fortuitas, - como uma vida sexual satisfatória. Contudo, enquanto subsistirem esses talentos, - o esquema apresentado é uma explicação correta do desenvolvimento de um conhecimento - que satisfaz as regras do racionalismo crítico. - - Ora, a essa altura, pode-se levantar duas questões: - - 1. É desejável viver de acordo com as regras de um racionalismo crítico? - 2. É possível ter ambas as coisas, a ciência como a conhecemos e essas regras? - - No que me diz respeito, a primeira questão é bem mais importante que a segunda. - De fato, a ciência e as instituições relacionadas desempenham um papel importante - em nossa cultura e ocupam o centro de interesse pra muitos filósofos (a maioria - dos filósofos é oportunista). Assim, as idéias da escola popperiana foram obtidas - generalizando-se soluções para problemas metodológicos e epistemológicos. O racionalismo - crítico surgiu da tentativa de entender a revolução einsteniana e foi depois - estendido à política e mesmo à vida privada. Tal procedimento talvez satisfaça a - um filósofo de escola, que olha a vida através dos óculos de seus próprios problemas - técnicos e reconhece ódio, amor, felicidade somente conforme ocorrem nesses problemas. - Mas, se considerarmos interesses humanos e, acima de tudo, a questão da liberdade - humana (liberdade da fome, do desespero, da tirania de sistemas de pensamento - emperrados e não a "liberdade da vontade" acadêmica), então estamos procedento - da pior maneira possível. - - Com efeito, não é possível que a ciência tal como atualmente a conhecemos, ou uma - "busca pela verdade", no estilo da filosofia tradicional, venha a criar um monstro? - Não é possível que uma abordagem objetiva, que desaprova ligações pessoais entre - as entidades examinadas, venha a causar danos às pessoas, transformando-as em mecanismos - miseráveis, inamistosos e hipócritas, sem charme nem humor? - - -- 215. - -## Racional e irracional - - Meu diagnóstico e minhas sugestões coincidem com os de Lakatos - até certo ponto. - Lakatos identificou princípios de racionalidade excessivamente rígidos como a fonte - de algumas versões de irracionalismo e insistiu conosco para que adotemos padrões novos - e mais liberais. Identifiquei padrões de racionalidade excessivamente rígidos, bem - como um respeito geral pela "razão", como a fonte de algumas formas de misticismo - e irracionalismo, e também insisto na adoção de padrões mais liberais. Porém, ao passo - que o grande "respeito pela ciência" que tem Lakatos leva-o a buscar esses padrões - nos limites da ciência moderna "dos últimos dois séculos", recomendo colocar a ciência - em seu lugar como uma forma de conhecimento interessante, mas de modo algum exclusiva, - que tem muitas vantagens mas também muitos inconvenientes. - - -- 225 -- cgit v1.2.3